O PED acabou e a luta continua: contra o imperialismo dos Estados Unidos e Trump, contra a extrema-direita e seus pré-candidatos em 2026, contra o golpe parlamentarista e a maioria de direita do Congresso nacional, contra o capital financeiro e seus representantes no Banco Central, contra o agronegócio e o modelo primário-exportador, contra tudo aquilo e contra todos aqueles que exploram e oprimem o povo brasileiro.
Participaram do PED 549.970 filiados e filiadas em todo o país. No Brasil, nenhum outro Partido seria capaz de tamanha mobilização. Mas ainda estamos muito longe do que necessitamos. Basta dizer que 81% dos nossos 2 milhões e 949 mil filiados e filiadas não votaram. Este não é um problema novo: no PED de 2013 tivemos um comparecimento proporcionalmente maior do que em 2025, mas mesmo então votaram menos de 25% dos nossos então 1 milhão e 86 mil filiados.
A maior parte dos que votaram no PED são filiados, mas não são militantes. Um dos nossos maiores desafios é converter estes filiados em militantes, para que nossas direções possam realmente expressar a vontade da militância, como desta vez aconteceu em algumas cidades e estados, mas não foi a regra em todo o país.
Mas para que essa conversão aconteça, precisamos de uma linha política acertada e de uma organização superior a atual, incluindo tolerância zero com o coronelismo, que esteve fortemente presente no PED de 2025 e nos anteriores, sob as mais variadas formas: filiações industriais, compra de votos, ingerência explícita de pessoas vinculadas a partidos de direita, pessoas votando no lugar de outras, eleitores mortos, atas adulteradas, abuso de poder econômico, uso da máquina, influência eleitoral de emendas parlamentares, assédio de diversos tipos, intimidação contra fiscais, manipulação das comissões organizadores por parte de determinadas chapas e candidaturas, pouco ou nenhum debate oficial entre as posições concorrentes etc.
Nós participamos do PED valorizando o debate político, respeitando as regras e questionando a naturalização, em nosso meio, de práticas que não devem estar presentes em um partido de esquerda: ninguém, absolutamente ninguém, pode agir como se fosse dono do Partido.
Travamos o bom combate e seguiremos travando, em defesa de um PT militante, um PT colado nas lutas sociais, um PT engajado na construção de um Brasil soberano, democrático, com bem-estar social, igualdade, desenvolvimento, industrialização, integrado à América Latina e Caribe, um Brasil que contribua para um mundo melhor, um Brasil socialista.
Seguiremos travando o bom combate porque o Brasil precisa da classe trabalhadora, a classe trabalhadora precisa do PT e nosso Partido precisa desta militância comprometida, que tem a esperança vermelha e sabe que o coração fica do lado esquerdo do peito.
Viva o PT!
Viva a classe trabalhadora!
Viva o socialismo!
Palestina livre!
Brasil, 15 de julho de 2025
A direção nacional da tendência petista Articulação de Esquerda, em nome dos que fizeram a campanha da chapa “Em tempos de guerra a esperança é vermelha” e de Valter Pomar à presidente nacional do PT
Uma resposta
Valter e AE votaria em sua chapa mas meu nome nem estava na lista e nada foi feito. Votacao foi na subsede de Sao Joao da boa vista nunca desfiliei ja mudei cidade titulo porem nao veio filiacao