Um giro à esquerda em Campinas, em São Paulo e no Brasil

Por Leandro Eliel P. Moraes (*)

Militante do PT Campinas

Esta mensagem é dirigida àqueles e àquelas que defendem a necessidade de mudanças nos rumos do nosso Partido. Acreditamos que a orientação política adotada pela maioria do PT Campinas, assim como em São Paulo e a nível nacional, poderá nos levar a um duplo risco: a derrota eleitoral em 2026 e a transformação do PT em mera legenda eleitoral.

Para evitar esse cenário, é fundamental alterarmos os rumos do PT e do governo federal. Um giro à esquerda no PED, no próximo dia 6 de julho, pode contribuir para uma nova estratégia política que reconecte o PT com as lutas sociais, fortaleça uma direção que oriente a militância em seus diversos espaços de atuação, promova uma política de formação permanente, estabeleça uma comunicação eficaz com a militância e a classe trabalhadora, mantenha o Partido enraizado nos territórios.

Com essas mudanças, estaremos em melhores condições para defender o governo Lula, alterar a política econômica, romper com o Centrão, construir alianças com setores populares para enfrentar os ataques do Congresso Nacional nas ruas, organizar uma campanha eleitoral que mobilize a classe trabalhadora em defesa de seus interesses imediatos e históricos.

No cenário nacional

Temos três candidaturas dispostas a promover esse giro à esquerda, enquanto a candidatura da CNB comporta-se como se fosse ministério do governo, sem entusiasmar sequer sua própria base interna. Valter Pomar (120) destacou-se como a candidatura com maior capacidade política para impulsionar essas mudanças. As demais candidaturas da esquerda petista também demonstram disposição para o giro à esquerda. Nosso desafio para domingo, 6 de julho, é garantir maioria de votos para as chapas da esquerda petista, levar ao segundo turno uma das três candidaturas mais combativas, impedir a domesticação do PT, representada pela candidatura de Edinho.

Em São Paulo

A candidatura moderada de Kiko Celeguim repete a postura de Edinho, apostando na continuidade de uma política que nos levou à derrota nas últimas eleições – quando conquistamos apenas quatro cidades no estado – e que não enfrenta adequadamente o governo estadual.

Infelizmente, setores da esquerda petista, como DS e MS, decidiram apoiar a CNB no PED Estadual, causando profundo desconforto em suas bases. Jandyra Uehara (320) surge como alternativa para quem defende um giro à esquerda em SP.

Em Campinas

A situação não é diferente. Setores da esquerda petista deram um giro à direita, apoiando a candidatura moderada de Pedro Tourinho, enquanto outros respaldam Cecílio Santos. Ambos os campos, hegemônicos no PT Campinas, reproduziram uma orientação política que anulou o PT como força real nas lutas sociais da cidade, terceirizou a oposição ao governo Dário para a bancada de vereadores, esvaziou as instâncias partidárias, criou uma direção paralela e centralizadora, mesmo com maioria no Diretório Municipal. Há anos, não temos uma política de formação permanente, comunicação eficaz com a militância e a população, espaços de socialização para novos filiados.

Além disso, na última eleição, pela primeira vez na história, não houve aprovação da tática eleitoral, da chapa de vereadores ou do programa em nenhuma instância partidária. A decisão foi tomada por poucos, e a convenção revelou-se um desastre para a militância. O programa elaborado pela militância foi trocado por um marketing político que transformou nosso candidato em um bom gestor e não teve recorte de classe em toda a campanha. Os resultados eleitorais comprovaram as consequências desse processo.

Durante o PED, Tourinho e Cecílio abordaram parte desses problemas – impossíveis de esconder –, prometendo soluções. Mas a pergunta permanece: por que não fizeram nada disso em gestões anteriores? Nenhuma dessas duas candidaturas enfrentou o problema central: a estratégia política equivocada da maioria do PT Nacional, que eles apoiam.

A única candidatura que propõe o giro à esquerda e a mudança na estratégia do PT é Adriano Bueno (520) e a chapa “Em Campinas, a Esperança Vermelha (620)”.

Chamado à militância

Convocamos a militância de esquerda do Partido, insatisfeita com as posições moderadas e conciliatórias de suas correntes, a apoiar nossas candidaturas:

120 – Valter Pomar (Presidente Nacional)
220 – Em Tempos de Guerra, a Esperança é Vermelha
320 – Jandyra Uehara (Presidenta Estadual)
420 – Em Tempos de Guerra, a Esperança é Vermelha
520 – Adriano Bueno (Presidente Municipal)
620 – Em Campinas, a Esperança é Vermelha

Viva o PT!

Viva a classe trabalhadora e a luta pelo socialismo!


(*) Leandro Eliel P. Moraes é militante do PT de Campinas

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