Por Valter Pomar (*)
A jornalista Monica Waldvogel associou o PT ao Hamas.
Detalhes da associação estão aqui:
https://veja.abril.com.br/coluna/veja-gente/monica-waldvogel-associa-pt-ao-hamas-na-palestina-e-cria-crise-na-globo
Como o Partido dos Trabalhadores nunca manteve relações com o Hamas, o jeito foi sustentar a tese com base nas assinaturas de alguns petistas em um manifesto de 2021:
Ato contínuo começou a pressão contra os que assinaram aquele manifesto, como se pode ver no texto disponível no endereço a seguir:
Se for verdade o que está dito nos endereços abaixo, tem gente que não está suportando a pressão:
O incrível é que no exato momento em que tais pessoas estão sendo cobradas a se explicar sobre o Hamas, Israel está promovendo um genocídio em Gaza.
Ou seja: enquanto algumas pessoas discutem se uma determinada organização é terrorista ou não, existe um Estado terrorista bombardeando e assassinando milhares e milhares de civis.
Fato destacado pela presidenta nacional do PT, na mensagem postada por ela no X:
“A resposta do governo de Israel aos ataques do último sábado anuncia-se como uma brutalidade ainda mais abrangente contra a população civil da Faixa de Gaza. Dois milhões de palestinos, confinados há mais de uma década em um verdadeiro campo de concentração, sem direitos e sem perspectivas, são tratados agora como sub-humanos, sem acesso a água, comida e energia. O que se anuncia, sob pretexto de retaliação militar e segurança do estado, é um massacre com as dimensões de um genocídio. Repudiamos a violência e esta é a posição do PT, solidário com as vítimas de todas as partes desde a retomada do conflito armado. Por isso estimulamos o governo brasileiro a atuar com firmeza por um cessar-fogo imediato e pela construção da única saída pacífica possível: o reconhecimento de dois Estados, Israel e Palestina, com pleno direito à soberania, ao desenvolvimento econômico e às tradições históricas de cada um. A ofensiva militar anunciada pelo governo de extrema-direita de Netanyahu só vai resultar em mais ódio e destruição. É hora de todos no mundo, governos e sociedade civil, ajudarem a construir uma solução pacífica e duradoura para essa região, o que necessariamente passa pela desocupação dos territórios palestinos”
Ao contrário do que diz certa mídia, não foi o Hamas que começou a guerra contra Israel.
Aliás, para sermos corretos com a história, no passado não muito distante foi Israel que investiu no Hamas, para enfraquecer a OLP, mais ou menos como os Estados Unidos investiram nos talibãs e na Al Qaeda.
Voltando ao ponto: não foi o Hamas que começou a guerra.
Quem começou a guerra foi Israel.
Há 75 anos.
Guerra contra o povo palestino.
E o atual governo de Israel quer terminar a guerra.
E para isso está, neste exato momento, tentando levar a cabo a “Solução final da questão palestina”.
Para o atual governo de Israel, os palestinos não são humanos.
E Gaza está sendo tratada como foi o Gueto de Varsóvia.
Apesar da desproporção de forças, Israel vai fracassar, como fracassaram no passado distante e recente outras potências coloniais.
E algum dia os dirigentes de Israel terão seu “Tribunal de Nuremberg”.
Quando Israel vai fracassar e a que custo vai fracassar, depende de muitas variáveis.
Uma destas variáveis é saber qual percentual da esquerda vai continuar se explicando sobre o Hamas, talvez na esperança de não ser alvo da campanha de difamação do sionismo e do longo braço do Mossad.
Sem falar daqueles que são representantes de fato do Estado de Israel.
Convenhamos: se Israel quisesse mesmo derrotar o Hamas, acabaria com a ocupação.
Mas não o fará. E por isso Israel terá que ser derrotado.
E enquanto isso não acontece, o povo palestino tem todo o direito de lutar contra os ocupantes.
Palestina livre!
(*) Valter Pomar é professor e membro do diretório nacional do PT
Uma resposta
Estado d Israel e Terrorista e PIRATA. Terrorista por considerar crianças como um exército da Palestina. Na verdade exterminando crianças e mulheres. Não haverá mais gerações futuras. E uma maneira da exterminacao de povo. Israel já perdeu junto com o boneco de pano, assim como na Ucrânia.