Saiu o Jornal Página 13 de julho

Saiu a edição de julho do Jornal Página 13, de número 268. O jornal pode ser descarregado na íntegra aqui. Abaixo, é possível conferir o editorial.

BOA LEITURA!

Para derrotar a extrema-direita, é necessário enfrentar o neoliberalismo

Esta edição do Página 13 aborda três temas principais: a reunião do Diretório Nacional do PT, o Novo Ensino Médio e o governo Tarcísio. Os temas estão, obviamente, vinculados. Enquanto o governo faz concessões aos conservadores, enquanto a direção nacional do PT não defende uma mudança de rumos do governo (e do próprio Partido), a direita tem plano A e plano B para 2026.

Ambos os planos estão articulados, tanto no plano nacional quanto internacional. Há quem ache que vamos derrotar a extrema-direita unindo os democratas. Da nossa parte, achamos que, para derrotar a extrema-direita, é necessário enfrentar o neoliberalismo. Motivo pelo qual consideramos que a esquerda deve se diferenciar de figuras como Biden e Macron. O resultado da eleição na Inglaterra e na França, assim como a situação nos Estados Unidos, confirmam isso.

Como já ocorreu no passado, estamos vendo agora, de novo, que, em momentos de crise do capitalismo, os defensores da “democracia liberal” contribuem para o ascenso da extrema-direita. Também como no passado, é a esquerda realmente existente que constitui a última trincheira, a última possibilidade de derrotar a extrema-direita. Por isso mesmo, a esquerda não pode aceitar como seu limite “defender a democracia liberal”. Uma coisa é fazer uma frente eleitoral, outra coisa é aceitar – como programa máximo – o programa dos liberais.

É o que vêm fazendo setores da esquerda, que adoram falar de seu amor pela “democracia”, mas capitulam em debates democráticos fundamentais, por exemplo na denúncia do golpe de 64, na segurança pública, na defesa dos direitos das mulheres, na aceitação do parlamentarismo lirista etc. A verdade é a seguinte: ou defendemos políticas populares, ou mudamos a economia e a sociedade, ou “radicalizamos a democracia” (como, no passado, diziam algumas pessoas, que hoje pouco ou nada falam disso), ou o fascismo seguirá nos infernizando.

E por falar em radicalizar a democracia, a paz e os direitos humanos, que mais falta acontecer para que nosso Partido defenda que o governo Lula rompa com Israel?

Os editores