Por Anisio Pires (*)
Sim, a Venezuela mostrará ao mundo neste 21 de novembro que é dona de seu destino.
Desde 1999, quando o povo chegou ao poder pelas mãos do Comandante Chávez, começamos a construir na Venezuela nossa segunda e definitiva independência, junto a outros povos latino-americanos. Essa independência definida como “a capacidade de atuar, fazer e escolher sem intervenção ou tutela alheia” é uma necessidade vital para as pessoas, instituições e, sobretudo, para um Estado. Sem independência, não há soberania popular nem livre arbítrio para que os habitantes de uma comunidade possam se desenvolver plenamente como seres humanos. Somente com independência podemos ser livres e crescer a partir de nossos acertos e erros. Espártaco, Mandela e milhares de “presos de consciência” no mundo tem provado que, se não te deixas tutelar, tua grandeza humana jamais poderá ser dominada ou controlada, por maiores que sejam as dificuldades.
Teremos a 29º eleição em 22 anos, com o sistema eleitoral mais seguro e confiável do mundo, acostumados a ser qualificados de “ditadura”, tanto por direitistas como por “democratas”. Já passamos 22 anos sendo submetidos à calunias, agressões, bloqueios e atentados e nem assim conseguem nos derrotar. Poderão seguir fazendo alguns danos, mas não nos vencerão.
Nessas eleições estarão em disputa 3.082 cargos: governos de estado (23), prefeituras (335) e seus respectivos poderes legislativos estaduais e municipais. Sabem quantos candidatos se inscreveram de acordo com o boletim oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE)? 70.244.
Sabem quantos candidatos apresentaram as forças populares e bolivarianas? 3.082.
A matemática não falha. Alguns a denominam a “Linguagem de Deus”, no sentido de símbolo universal da verdade e da justiça. E ela mostra que 95,61% das candidaturas (67.162) representam as forças opositoras ao projeto bolivariano, quase todas da direita. No entanto, os analistas anunciam uma estrondosa vitória popular. Por que será? A resposta é simples. Porque faz décadas que vimos entoando uma consigna que nos pertence, que nunca nos cansaremos de repetir e que se converte em verdade quando a colocamos em ação: “O povo unido, jamais será vencido”.
A unidade permitiu vencer em 2020 na Bolívia por 55,1% dos votos, apesar do sangrento golpe militar contra Evo Morales. A unidade permitiu recentemente a esmagadora vitória sandinista por 75%, depois de toda a violência gerada pela direita opositora. Frente a uma oposição tutelada pelo imperialismo e dividida de maneira canibalesca em mil pedaços, a unidade popular na Venezuela é a prova de que só sendo livres e independentes é possível prevalecer a razão e o bom senso que conduzem os povos à unidade solidária.
Por isso, na Venezuela as forças populares, representadas pelo Gran Polo Patriótico e tendo à frente o PSUV, vêm dizendo que #JuntosSomosMas . Sua consigna do 21N é #VenezuelaTieneConQue . Temos a força e a sabedoria do povo para enfrentar os inimigos da Pátria, externos e internos, e assim conquistar a felicidade de todas e todos. Que triunfe a verdade, a alegria e o amor.
Que viva a democracia bolivariana!
(*) Anisio Pires sociólogo venezuelano (UFRGS/Brasil), professor da Universidade Bolivariana de Venezuela (UBV).