Por Fausto Antonio (*)
Epigrafia do conjunto indissociável de classe e raça
Moro e Bolsonaro são políticos brancos, burgueses e contrários à soberania nacional. Classe e raça, a parelha indissociável e fundamental para entender e mudar o Brasil, explica historicamente o que eles são e as forças internas e externas que representam e , especialmente, servem. Sendo o que são, não serão enquadrados pelo sistema de justiça burguês. Numa síntese, Moro, ariete para criminalizar Lula, o PT e destruir economicamente o país, é quinta coluna dos EUA e, Bolsonaro, em razão do seu histórico, do golpe de 2016, é força eleitoral fascista-racista, antiPT e Lula, e está, como sempre esteve, a serviço da burguesia. Em comum, os dois são vassalos dos EUA e do bloco sionista.
***
A burguesia branca e racista brasileira precisa , apoia e apoiará o bolsonarismo nas disputas municipais, 2024, e estaduais e nacional, 2026. A direita histórica, concorde com as atuações do PSDB, DEM e PMDB como partidos orgânicos do neoliberalismo e, principalmente, do imperialismo, tem o controle político, além do especificamente eleitoral, do bolsonarismo. A razão desse controle pode ser entendida , por exemplo, pelo perfeito encontro ideológico , político e do alvo ou do objetivo do lavajatismo e do bolsonarismo. Aqui há necessidade de uma breve consideração a respeito dos ícones do lavajatismo e do bolsonrismo.
Moro e Bolsonaro são políticos brancos, burgueses e contrários à soberania nacional. Classe e raça, a parelha indissociável e fundamental para entender e mudar o Brasil, explicam historicamente o que eles são e as forças internas e externas que representam e , notadamente, servem. Sendo o que são, não serão enquadrados pelo sistema de justiça burguês e racista persistente no país. Numa síntese, Moro, ariete para criminalizar Lula, o PT e destruir economicamente o país, é quinta coluna dos EUA e, Bolsonaro, em razão do seu histórico, do golpe de 2016, é força eleitoral fascista-racista, antiPT e Lula, e está, como sempre esteve, a serviço da burguesia. Em comum, os dois são vassalos dos EUA e do bloco sionista.
Feito o enquadramento dos vassalos do império. Não podemos deixar de destacar que a conjuntura internacional, como sempre, estará influindo fortemente na nacional. Sendo assim, a direita histórica e o bolsonarismo, tanto faz, terão o apoio, na linha de dominação e do espectro total, da simbiose do imperialismo -sionismo. Em artigo publicado na Página 13, Prender” Bolsonaro e “soltar” o bolsonarismo | Página 13 , enfatizamos este fato político, que possibilita o entendimento do bolsonarismo, no primeiro momento, como mero instrumento eleitoral da direita brasileira. A partir da análise do golpe de Estado de 2016, da posterior prisão de Lula, da eleição fraudulenta de 2018 e da ascensão do bolsonarismo, constatamos que a burguesia racista brasileira e as suas agências, no domínio do Estado , alimentaram e depois se serviram do bolsonarismo, notadamente na oposição ao PT, Lula e ao governo desse campo político.
As bases orgânicas do bolsonarismo estão fossilizadas nas forças armadas e no sistema policial e,graças à aliança com a direita histórica, hegemoniza e tem sob controle os sistemas jurídico, financeiro, econômico e de comunicação . Nas reentrâncias da sociedade brasileira, com largo alcance popular, avulta a base evangélica neopentecostal. Aqui, o nosso foco de análise e posterior desmonte do alicerce do bolsonarismo tem, como ponto nuclear, a atuação bancada, desde o advento dessa sistematização interventiva, pelo imperialismo. Há uma política dirigida pelas igrejas mundiais neopentecostais , que defendem “teologicamente” as políticas neoliberais e de total adesão aos comandos ditados pela força industrial,bélica e midiática da simbiose do imperialismo e do sionismo.
As igrejas neopentecostais mundiais funcionam , à semelhança das ONGS, para minar, a partir da política da “prosperidade” e do “domínio” na esfera do poder político, parlamentar e jurídico, os avanços populares e da classe trabalhadora. Não é por outra razão que os pastores venais, corruptos e operadores da valorização do dinheiro, a propalada “prosperidade” que retroalimenta o domínio político, discursam, é uma política de classe e racializada, contra os interesses fundamentais dos trabalhadores e, por extensão, criminalizam o sistema cultural negro-brasileiro e as manifestações do sistema candonblé, umbanda e de religiões aparentadas, concebidas e vividas pelo segmento negro-indígena e popular.
A conjuntura internacional, com ênfase nas investidas da OTAN, é um dado fundamental para a compreensão da conjuntura política brasileira. O processo eleitoral, a despeito do seu papel tático e nacional, necessariamente terá de lutar contra o imperialismo e o sionismo, que darão apoio, lavrado e lavado por recursos financeiros ONGnizados e midiáticos , aos processos, projetos e candidaturas de direita e extrema direita. A propósito, a direita histórica brasileira e a extrema direita formam um conjunto indissociável na defesa do neoliberalismo e dos projetos simbioticamente defendidos pelo imperialismo e sionismo. Dentro desses limites impostos pela OTAN, a burguesia branca e racista brasileira, conforme a atuação dos seus representantes e agências, é contra o desenvolvimento da indústria brasileira e principalmente da soberania nacional.
Neste sentido, é emblemático o papel desempenhado pelo sistema financeiro e econômico representado pela atuação do Banco Central , que sonega as políticas do governo Lula e atua como agência da burguesia financeira e do imperialismo/EUA. As instituições partidárias , é o caso do DEM, PSDB e PMDB, atualizaram e chancelaram as ações e as políticas do bolsonarismo. Existe uma aliança, sem dúvida. A materialização dessa política e dessa aliança, que de tática, antes do golpe de 2016 e eleição de 2018, passou a estratégica, na conjuntura atual, está escancarada. O objetivo principal, em razão do enunciado apoio a Tarcísio de Freitas na disputa presidencial de 2026, é contar com o bolsonarismo para o enfrentamento e, sobretudo, para derrotar o PT, a esquerda e especialmente o governo Lula e , no plano internacional, os BRICS.
(*) Fausto Antonio é professor da Unilab – Bahia, escritor, poeta e dramaturgo.