Por Marcos Jakoby (*)
Alckmin não é nenhum companheiro. É um inimigo do povo. Por isso é um grande erro o movimento que busca emplacá-lo como candidato a vice na chapa de Lula. A decisão final será tomada somente no Encontro Nacional em 04 e 05 de junho. Até lá segue o debate, embora o diretório nacional do PT nunca tenha aberto formalmente a discussão acerca do tema.
De qualquer maneira, está mais do que na hora da esquerda abandonar velhas ilusões com representantes da classe dominante. Será que não aprendemos nada com Temer e o golpe de 2016?
Alckmin não agrega quase nada eleitoralmente (foi muito mal nas últimas eleições presidenciais), carrega o desgaste de liderar governos e campanhas tucanas e sempre foi um representante do programa neoliberal, que tanta destruição causa ao país. Saiu do PSDB mas o PSDB não saiu dele.
Alguém viu ele fazendo alguma autocrítica ao programa neoliberal implementado em São Paulo, às privatizações, à repressão aos movimentos sociais, ao massacre do Pinheirinho, ao antipetismo alimentado por ele, ao apoio ao golpe de 2016, etc…
E qual será o custo em termos programáticos de uma aliança dessas? Economistas tucanos e ex-tucanos já esfregam as mãos em dizer qual deve ser nossa agenda econômica…. Está evidente que Alckmin será um ponto de apoio ao golpismo e de pressão da direita para rebaixarmos nosso programa. Vamos cair nessa?
(*) Marcos Jakoby é professor e militante petista