CONVITE
No dia 18 de abril, das 19h às 21h, realizaremos uma reunião para apresentar e submeter a debate a proposta de realização de um “encontro nacional livre”, para debater as questões programáticas, estratégicas, táticas e organizativas que – em nossa opinião – precisam ser enfrentadas pelo Partido dos Trabalhadores, se quisermos derrotar Bolsonaro, Mourão, seu governo e suas políticas; se quisermos voltar ao governo, para realizar não apenas o que já fizemos, mas principalmente para realizar transformações estruturais que acumulem em direção a um Brasil soberano, democrático, igualitário, desenvolvido e socialista.
É importante dizer que apresentamos à CEN e ao DN do PT a proposta* de realização de um encontro nacional extraordinário, virtual, ainda em 2021.
Continuaremos insistindo para que o Partido convoque oficialmente um encontro, mas enquanto isso – amparados no artigo 13, item VIII do Estatuto partidário que trata dos direitos dos filiados — pretendemos realizar ao longo de 2021 plenárias municipais, estaduais e nacionais para travar um debate livre (portanto, não oficial) sobre os temas citados anteriormente.
Tais plenárias serão realizadas em ambiente virtual e serão abertas a todas as pessoas que são petistas. Nelas, não será realizada nenhuma votação, nem aprovado nenhum documento. Tão somente se fará o debate, tendo como ponto de partida uma ou mais falas iniciais, de responsabilidade dos organizadores da iniciativa.
Sugerimos iniciar o ciclo de plenárias no dia 1º de maio de 2021 (das 21h às 23h, para que todos possamos participar ativamente do dia da classe trabalhadora), com uma apresentação das teses aprovadas pelo 6º Congresso Nacional do PT.
Depois, realizaremos plenárias nos Estados, dedicando cada plenária a um grande tema. Exemplos:
– a pandemia e o Fora Bolsonaro;
– como enfrentar e expropriar o oligopólio financeiro privado;
– como reestruturar as forças armadas e as polícias militares;
– o papel da reforma agrária e a necessidade de derrotar o agronegócio;
– como impedir que o sistema judiciário esteja a serviço da classe dominante;
– o papel do Estado na reindustrialização do País;
– de qual sistema político e eleitoral o povo necessita;
– a defesa do patrimônio ambiental natural como parte inseparável do Brasil que queremos construir;
– a juventude e a luta por uma nova sociedade;
– as mulheres e a luta por uma nova sociedade;
– os negros e as negras e a luta por uma nova sociedade;
– os LGBTQIA+ e a luta por uma nova sociedade;
– as classes trabalhadoras brasileiras e a luta por uma nova sociedade;
– o movimento sindical e a luta por uma nova sociedade;
– os movimentos populares urbanos e a luta por uma nova sociedade;
– os movimentos do campo e a luta por uma nova sociedade;
– a situação mundial, a política externa do Brasil e a política internacional do PT;
– processos eleitorais, lutas sociais, acúmulo de forças e a nossa estratégia de construção e de conquista do poder;
– o papel do Partido dos Trabalhadores na luta pela revolução e pelo socialismo.
Os temas acima citados, como já foi dito, são exemplos do que pretendemos debater nas plenárias estaduais, entre maio e setembro de 2021. Como as plenárias serão realizadas em ambiente virtual, poderão participar pessoas de todo o Brasil. Mas a intenção é que só faça uso da palavra, no momento do debate, quem for do estado respectivo.
Pretendemos concluir o ciclo de plenárias no dia 7 de setembro, com um grande “encontro nacional livre”, em que vamos apresentar um relatório dos debates travados e reapresentar ao DN nossa proposta de convocação de um Encontro Nacional Extraordinário.
Todas as plenárias serão transmitidas online, por um canal de YouTube. E os participantes serão convidados a escrever textos, que podem ser publicados em sites e blogs, como é o caso do MANIFESTO PETISTA.
Caso você queira debater conosco estas propostas, por favor nos contate, para ter acesso à sala zoom onde vai ocorrer a reunião do dia 18 de abril, a partir das 19h.
Saudações petistas
José Genoíno
Jandyra Uehara
Júlio Quadros
Natália Sena
Patrick Araújo
Rui Falcão
Valter Pomar
(*) Para justificar a necessidade do Encontro, argumentamos na CEN e no DN que “a crise do Brasil vem se agravando e tende a se aprofundar: são milhões de desempregados, de famintos e de mortos vitimados pelo Coronavírus. O principal responsável é o governo Bolsonaro, engolfado por denúncias de corrupção e com desaprovação em alta. Faltam vacinas, o auxílio emergencial é insuficiente e a inflação retorna em conjunto com os juros. Recrudescem os surtos autoritários e novos ataques aos direitos, a exemplo da “PEC 186”, a do arrocho fiscal, e da anunciada “reforma administrativa”. Também afirmamos que a restituição dos direitos políticos do presidente Lula – que ainda precisa culminar na sua absolvição — reacende esperanças a serem convertidas em ação concreta em defesa da população e pela interdição de Bolsonaro, o presidente dos cemitérios. Mas lembramos que o êxito das ações contra Bolsonaro, além da liderança de Lula, depende sobretudo da luta política e social da classe trabalhadora. E o sucesso dela reside nas escolhas da estratégia e da tática adotadas pelo Partido dos Trabalhadores. Nesse sentido, destacamos que as resoluções do 7º Congresso Nacional do PT, ainda não finalizadas, são insuficientes para o momento atual. Vivemos uma situação nova, para a qual são necessárias novas diretrizes, a serem formuladas por um coletivo mais amplo que o Diretório Nacional. Daí a necessidade de envolver no debate toda a militância, por meio de plenárias municipais e estaduais virtuais, culminando na realização de um Encontro Nacional Extraordinário destinado a definir a linha política que o PT deve adotar na situação dramática que o País atravessa”.