Por Gabriel Araújo (*)
Recentemente foi noticiado em diversos veículos de comunicação que tratam da política tocantinense e de pautas nacionais, que em reunião da Associação Tocantinense dos Municípios que ocorreu no dia 29 de novembro de 2024, a senadora Dorinha (União Brasil-TO) e o deputado federal Carlos Gaguim (União Brasil-TO) teriam feito falas atribuindo a eles a responsabilidade pelas contratações das moradias populares que estão em vias de construção através do Programa Minha Casa Minha Vida.
Os políticos burgueses e picaretas, como Dorinha e Gaguim, que foram base do governo Bolsonaro (PL-RJ) e de Michel Temer (MDB-SP), que o apoiaram a destruição de todo o conjunto da política de habitação de interesse social entre 2016 e 2022, que culminou em corte em 98% nos investimentos em moradia popular, agora querem trazer para si os louros de uma vitória da classe trabalhadora e dos movimentos populares do campo e da cidade, que a duras penas e com muita mobilização, conseguiram com o presidente Lula reconstruir o principal programa habitacional que já existiu no país.
Em se tratando do Programa Minha Casa Minha Vida-Entidades, esses abutres, por exemplo, não deram contribuição alguma. Foi somente após a mobilização dos movimentos populares, nas ruas, no Conselho das Cidades e em reuniões com o governo federal, que o conjunto de unidades habitacionais mais que dobrou a quantidade em relação ao que estava previsto.
Gaguim e Dorinha nunca contribuíram nem com uma folha de papel A4 para que os movimentos populares através de suas entidades organizadoras pudessem lidar com toda a burocracia de exigências da Caixa Econômica Federal e do Ministério das Cidades.
Tampouco tiveram contribuição efetivas com as contratações do Minha Casa Minha Vida que é financiado pelo Fundo de Arrendamento Residências (FAR). Se alguém teve responsabilidade pelas contratações nessa modalidade, isso se deve a atuação dos militantes do Partido dos Trabalhadores no Estado do Tocantins e dos demais partidos da esquerda, que sempre defenderam o programa.
É preciso denunciar esses demagogos e inimigos da moradia popular que querem surfar na onda das políticas públicas advindas da derrota do golpe de 2016, que foram retomadas através do retorno do presidente Lula para o governo federal e pela mobilização nas ruas dos movimentos populares.
(*) Gabriel Araújo é dirigente da Executiva do Movimento Nacional de Luta pela Moradia