Por Gabriel Araújo (*)
O governo da entidade sionista de Israel chefiado por Benjamin Netanyahu (Likud) está a entrar em um processo de colapso. Desde o dia 07 de outubro, quando o conjunto da resistência palestina efetuou uma operação armada em resposta à invasão de Israel em seu território, a situação está ficando cada vez mais deteriorada.
Essa situação se dá em um contexto onde o poderoso exército de Israel combate as forças de resistência da palestina, que se encontram em condições completamente desiguais com relação ao poderio militar dos sionistas, e ainda promovem inúmeras barbaridades genocidas contra a população civil desarmada.
Sistematicamente o governo Netanyahu tem ficado cada vez mais isolado de seu principal aliado, os EUA. O caso mais recente foi a abstenção norte-americana na pauta do Cessar-Fogo durante o período do Ramadã, que foi colocado para votação e aprovado no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A conquista do Cessar-Fogo não é uma benevolência dos países imperialistas, se trata de uma vitória da resistência palestina e a derrota da entidade sionista de Israel em mais uma batalha. Da mesma maneira, os avanços para condenação de Israel no Tribunal Internacional de Justiça pelo crime de genocídio.
No parlamento norte-americano, existe o problema relacionado à tramitação da ajuda financeira e militar dos EUA à Ucrânia e Israel. Os parlamentares sabem que a população é contrária a essa medida, tendo em vista à gastança em aventuras belicistas de um lado e de outro as dificuldades econômicas que a classe trabalhadora norte-americana enfrenta.
Recentemente a Vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris (Democratas), recebeu o líder da oposição e ministro do Gabinete de Guerra, general Benny Gantz (Unidade Nacional). Essa medida foi uma clara demonstração de descontentamento com a condução dada por Netanyahu. Isso não quer dizer que o governo dos EUA se importem com os palestinos, apenas se trata de uma preocupação com o aprofundamento da impopularidade do governo de Joe Biden, que tem se agravado por conta do apoio dos EUA ao genocídio.
Recentemente o governo Netanyahu esta propondo ao parlamento a aprovação de legislação para o alistamento obrigatório de judeus ortodoxos. Essa medida impopular em Israel já esta levando a um agravamento da já existente crise na coalisão de governo que foi formada para enfrentar a resistência palestina. Benny Gantz mesmo já afirmou que se o projeto for aprovado, o seu partido irá se retirar da coalizão de governo e do gabinete de guerra.
Apesar do banho de sangue na Palestina, as forças de resistência estão saindo vitoriosas diante da entidade sionista de Israel. E essa situação deve ser profundamente admirada e amplamente apoiada, até que o povo palestino estabeleça um Estado Soberano em seu território.
(*) Gabriel Araújo é dirigente do MNLM e militante petista