Jacarezinho: Estado e polícia são os verdadeiros criminosos

Imagens publicadas em redes sociais mostram que um homem foi morto sentado em uma cadeira | Foto: Reprodução/Joel Luiz Costa/Twitter

No dia 6 de maio ocorreu um atentado terrorista em Jacarezinho, na cidade do Rio de Janeiro. O atentado foi perpetrado por duas centenas de criminosos fortemente armados e fardados, causando a morte de pelo menos 25 pessoas. Há várias hipóteses sobre a motivação, mas tudo indica que o atentado visava distrair a atenção da opinião pública, além de abrir terreno para facções criminosas que desejam estabelecer-se em Jacarezinho.

Esses são os fatos. O novo governador do Rio de Janeiro reuniu-se com o presidente da República. No dia seguinte, acontece a “operação policial”, feita ao arrepio de decisão do Supremo Tribunal Federal que proíbe expressamente operações policiais durante a pandemia de Covid-19.

A “operação” foi realizada — como é de praxe — conforme a técnica de causar o máximo dano e o máximo terror na população, como fizeram tantas vezes na história tropas de ocupação. Os corpos foram imediamente retirados, para impedir a realização da perícia nos locais em que ocorreram as execuções. Em seguida, um dos responsáveis diretos prestou declarações na linha da cartilha já famosa de “bandido bom é bandido morto”, apesar de desmentido pelos depoimentos de populares e por imagens da operação.

Não se tratou em nenhum momento de uma ação policial que possa ser analisada com base em critérios técnicos. Se tratou sim de puro Terrorismo de Estado, uma “operação” criminosa com finalidades políticas, que integra uma série de iniciativas que os cavernícolas estão adotando para impedir que a crise sanitária, a crise econômica e a crise social conduzam ao único desfecho plenamente democrático: o impeachment do presidente e a convocação antecipada de novas eleições presidenciais.

Nossa solidariedade às vítimas do terror criminoso de Estado. E nosso apoio a todas as medidas cabíveis, inclusive a instalação de uma Comissão de Inquérito na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e uma CPI no Congresso Nacional.

7/5/2021

A direção nacional da tendência petista Articulação de Esquerda

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