Por Olavo Carneiro (*)
Em 01/07, a pesquisa Datafolha para o governo do estado do Rio de Janeiro apontou empate entre o atual governador e aliado de Bolsonaro, Cláudio Castro/PL (23%), e o deputado federal e aliado de Lula, Marcelo Freixo/PSB (22%). Ambos muito distantes do terceiro colocado, Rodrigo Neves/PDT (7%). Freixo possui mais de três vezes a intenção de voto de Neves e mais de dez vezes as intenções de Felipe Santa Cruz/PSD (2%) (clique aqui).
Apoiadores de Cláudio Castro tentam apresentar o crescimento de 5% em relação a pesquisa anterior (abril) como um grande avanço. Tentam minimizar o fato de Freixo estar empatado com o governador falando em estagnação no índice de intenção de voto.
Omitem que Castro distribuiu nos últimos meses 17 bilhões de reais da venda da Cedae. Omitem que Castro usa o governo estadual para distribuir cargos e angariar apoios. Recentemente a mídia descobriu que Castro criou “18mil cargos secretos”, para além dos cargos que são públicos (clique aqui).
Por outro lado, Marcelo Freixo tem se mantido no topo das intenções de voto apenas com o debate das propostas para tirar o Rio de Janeiro da profunda crise econômica, social e política. Quase 3 milhões de fluminenses passam fome, a taxa de desemprego é de 15%, acima da média nacional, as cidades com pior desempenho educacional nas metrópoles são do RJ.
Aqui, como no Brasil, não há espaço para terceira via. Rodrigo Neves tem menos de um terço das intenções de Freixo e Santa Cruz apenas 2%, apesar de ter tido grande exposição na TV ao lado de Eduardo Paes. As pesquisas confirmam que o prefeito não está bem na opinião dos cariocas.
Não é hora de titubear na unidade das esquerdas no Rio de Janeiro para derrotar Bolsonaro, os bolsonaristas e a agenda neoliberal, com a chapa Lula, Freixo e Ceciliano.
(*) Olavo Brandão Carneiro é da executiva estadual do PT-RJ