Página 13 divulga nota da Chapa Municipal de Salvador “A Esperança é Vermelha, Lula Livre”.
Nota sobre o 2º Turno para Presidência do PT em Salvador
Vivemos tempos de guerra.
Em resposta à ascensão neoliberal fascista, sustentamos a luta pela liberdade do Lula, por mais direitos, menos direita e defendemos o socialismo. No contraponto à formação das hordas bolsonaristas, erguemos a bandeira do PT militante, democrático e de luta, que impulsione a organização popular e seja capaz de unificar as lutas dos movimentos sociais da cidade e do campo.
Para estar à altura dos desafios do momento histórico que passamos, urge superar a estratégia de conciliação de classes que orienta o partido, a crença no republicanismo e no estado de direito.
Esta é a plataforma que estamos defendendo no 7º Congresso Nacional do PT, que nos mobilizou a participar do PT com as Chapas Municipais e Estadual “A Esperança é Vermelha, Lula Livre” e a chapa nacional “Em Tempos de Guerra, a Esperança é Vermelha”, que se organizaram reunindo militantes que compreendem que é preciso ter no PT direções comprometidas com a sua construção pela base, que priorizem o fortalecimento e a unidade das lutas populares, e que saibam diferenciar o papel de um partido de luta e de massas, de parlamentares e governos.
No dia 08 de setembro, as/os filiadas/os petistas foram convocadas/os a votar nas eleições das direções municipais e na delegação da etapa estadual e nacional do Congresso. Tratou-se de um processo eleitoral que expressa, na prática, uma “democracia restrita”, uma vez que não é assegurado aos militantes e filiados as informações básicas sobre as posições defendidas por cada chapa, além de restringir a participação ao ato de votar e outras práticas similares às eleições gerais (transporte ostensivo de filiados e fisiologismos diversos).
Como se não bastasse, paira sobre o processo consistentes denúncias de fraudes sistêmicas. Urge, portanto, a alteração nos mecanismos de escolha das direções e de definição das políticas partidárias.
Os resultados, divulgados até agora, indicam que o atual campo majoritário, no país e na Bahia, tendem a obter maioria, o que coloca a possibilidade concreta de manutenção da estratégia de conciliação, de subserviência do partido aos detentores de mandatos, o que tende a resultar em capitulação ante a ofensiva neoliberal autoritária com fortes riscos para a existência do PT, e de ausência do partido das lutas cotidianas da classe trabalhadora, inclusive da luta concreta contra o golpe e pela liberdade do Lula.
Persistiremos a defender nossas posições na etapa estadual e nacional do 7º Congresso (que ocorrerão, respectivamente, em outubro e novembro), bem como depois de finalizado o Congresso. O PT cumpre papel estratégico na luta pelo socialismo no Brasil e na defesa dos direitos da classe trabalhadora. Lutar pela mudança de rumos do PT é medida fundamental na luta de classes brasileira.
Em Salvador, no dia 08 de setembro foram eleitos os membros do diretório municipal, restando a vaga da presidência. Ambas candidaturas optaram por duas atitudes ante a estratégia de conciliação em terras baianas no PT e no Governo: o apoio entusiástico e/ou o silêncio obsequioso e conivente. Assim, iremos nos abster no segundo turno da eleição para presidência do PT em Salvador, ao passo que reafirmamos nossa disposição de construção partidária e de compromisso permanente com a luta em defesa da liberdade do Presidente Lula.
Chapa Municipal “A Esperança é Vermelha, Lula Livre”