Boletim interno da Direção Nacional da
tendência petista Articulação de Esquerda
1/reunião da direção nacional da AE
Hoje, dia 4 de outubro, realizou-se uma reunião da Direção Nacional da AE.
2/pauta da reunião da Dnae
A reunião da Dnae tratou dos seguintes pontos:
i/balanço preliminar do primeiro turno das eleições gerais (presidencial, governos, senado, câmara, assembleias)
ii/balanço preliminar do desempenho das candidaturas da AE
iii/agenda de reuniões da Dnae em 2022 (dia 6/11 e dias 18, 19 e 20/11)
iv/informes sobre jornada de formação
v/informes sobre comunicação
vi/informes sobre congresso da AE e aniversário de 30 anos da tendência
vii/informes sobre o Manifesto Petista e sobre a Elahp
3/Resolução sobre o balanço do primeiro turno das eleições gerais
Rua, rua, rua!!!
A direção nacional da tendência petista Articulação de Esquerda, reunida no dia 4 de outubro de 2022, aprovou a seguinte resolução de balanço do primeiro turno das eleições gerais.
1/O balanço completo das eleições 2022 só pode e só deve ser realizado após o segundo turno, isto devido a três motivos. Primeiro, porque devemos nos concentrar na tarefa da hora: eleger Lula e as candidaturas petistas que foram ao segundo turno. Segundo, porque há polêmicas que só serão resolvidas na prática, a depender do resultado final das eleições. Terceiro, porque é preciso algum tempo para realizar um balanço adequado.
2/Entretanto, para que possamos dar conta da tarefa de eleger Lula e as candidaturas petistas que foram ao segundo turno, é útil realizar um balanço preliminar, pois no primeiro turno cometemos acertos que devem ser reafirmados e cometemos erros que devem ser evitados. Este é o espírito desta resolução e das afirmações que virão a seguir.
3/Comecemos pelos resultados da eleição presidencial. Lula teve 48,43% dos votos válidos. Em números absolutos 57.258.115 votos no 13. Já o cavernícola Bolsonaro teve 43,20% dos votos válidos. Em números absolutos 51.071.277 votos no 22. Simone Tebet teve 4,16% dos votos válidos. Ciro Gomes teve 3,04% dos votos válidos. As demais candidaturas tiveram, cada uma delas, menos de 1%: Soraya Tronicke; o candidato do “Partido Velho”; o “padre de festa junina”; Leo Péricles da Unidade Popular; Sofia Manzano do PCB; Vera Lúcia do PSTU; e Eymael democrata cristão.
4/O resultado do primeiro turno presidencial mostrou que a maioria ativa do eleitorado não aprova o cavernícola. Mostrou, também, que há mais de 56 milhões de brasileiras e de brasileiros que consideram que a saída para a crise nacional é pela esquerda. Entretanto, o primeiro turno também mostrou a força da extrema-direita: praticamente 51 milhões de brasileiros e brasileiras votaram numa candidatura neofascista, genocida, fundamentalista, racista, misógina. Há setores da população que têm identidade profunda com os valores da extrema-direita, mesmo que possam não gostar da pessoa do atual presidente e mesmo que possam criticar seu governo. Por isso, é um erro subestimar os riscos da situação.
5/Considerando os números e fazendo uma análise matemática, o mais provável é que Lula vença o segundo turno. Afinal, temos 6.186.838 votos de vantagem. Mesmo que os votos das demais candidaturas se dividam meio a meio entre Lula e o cavernícola, ainda assim o mais provável é a nossa vitória. Aliás, em todas as eleições presidenciais realizadas entre 2002 e 2018, o primeiro colocado no primeiro turno sempre ganhou o segundo turno.
6/Portanto, seja pela matemática, seja pela história recente, o mais provável é que Lula vença. Não só vença, como pode inclusive fazer a votação de Bolsonaro diminuir. Foi o que aconteceu em 2006, quando Lula obteve 48,61% dos votos no primeiro turno, um percentual quase igual ao obtido no domingo. Em 2006 também havia, na maioria da coordenação da campanha e na maioria da direção nacional do PT, a crença numa vitória no primeiro turno. Não foi o que ocorreu, causando nos primeiros dias muita confusão. Mas logo Lula percebeu o caminho da vitória: mudou a linha da campanha, abandonou o “Lulinha paz e amor”, “foi para cima” e venceu o segundo turno com ampla margem de votos. Não apenas venceu, como seu adversário teve menos votos no segundo turno do que no primeiro. Aliás, o nosso atual candidato a vice-presidente poderia ter contado esta história, afinal foi ele o adversário que saiu menor do segundo turno. Ele poderia ter dito algo assim: “Lula, faça com o cavernícola o que você fez comigo em 2006”.
7/Portanto, se estivéssemos diante de uma eleição presidencial normal, a matemática e a história nos dariam vitória certa. Mas acontece que, sob muitos aspectos, estas eleições não são “normais”. Disputamos contra um inimigo diferente da direita gourmet, porque combina poder econômico e político com métodos neofascistas. E atuamos num ambiente diferente do vigente entre 2002 e 2014. Além disso, é importante lembrar que o resultado das eleições não está dado: depende da luta política e ideológica. Foi o que fizemos no segundo turno de 2006: a luta política e ideológica de Lula contra Alckmin levou este último a perder eleitores. Pois bem: como é mais do que evidente, a extrema-direita cavernícola faz muita luta política e ideológica. E, ao contrário do que pensam alguns inocentes, luta ideológica também ganha voto. Falando em tese, esta luta ideológica pode atrair para Bolsonaro eleitores de outros partidos (ajudado por declarações como as feitas por Ciro Gomes, inclusive aquela onde supostamente declara seu apoio a Lula). Bolsonaro tentará inclusive atrair eleitores que votaram em Lula no primeiro turno. Além disso, precisamos lembrar que existem 32.766.498 eleitores que se abstiveram. A gangue do cavernícola vai disputar política e ideologicamente este eleitorado.
8/Além disso, o cavernícola tem a seu favor a máquina do governo federal e parte importante dos governadores, dos senadores e dos deputados eleitos. Sem falar na capacidade de fazer operações ilegais dos mais diferentes tipos, desde a violência física até o assédio de empresários sobre os funcionários de empresas, passando por locaute no transporte público e por campanha criminosa nas redes sociais. Por tudo isso e por muitos outros motivos, não podemos cometer o erro de achar que a eleição está ganha.
9/Para ganhar a eleição, é preciso, entre outras coisas: não subestimar o inimigo; ter como prioridade disputar corações, mentes e votos da classe trabalhadora; sair da zona do conforto: campanha nas redes é necessária, mas não substitui o corpo a corpo junto ao povo, à classe trabalhadora, às mulheres, aos negros e negras, aos moradores e moradoras da periferia, à juventude; travar intensa disputa ideológica contra as posições da extrema direita, em favor das posições democráticas, populares e socialistas; conclamar a militância a fazer a campanha, por conta própria, com seus meios. Aliás, somos de opinião de que – em muitos estados e cidades – faltou campanha no primeiro turno, assim como faltou material e faltou coordenação de campanha. E talvez tenha faltado campanha, porque alguns setores do partido achavam que a eleição já estaria ganha, bastando “administrar a vitória”; fosse outra a atitude, talvez tivéssemos vencido no dia 2 de outubro. Agora, outro erro se apresenta: o de ter como prioridade “ampliar alianças” institucionais, ao invés de “ampliar alianças” com as camadas populares.
10/Além da disputa presidencial, teremos também segundo turno em inúmeros estados. Abaixo a relação de partidos que disputam o segundo turno nos estados:
PT: BA, SC, SE, SP
PL: ES, RS, RO, SC
PSDB: MS, PB, PE, RS
UNIÃO: AL, AM, BA, RO
MDB: AL, AM
PSB: ES, PB
PSD: SE
REPU: SP
SD: PE
PRTB: MS
11/O PT venceu no primeiro turno em três estados: CE, PI, RN. A seguir a relação dos partidos vitoriosos em primeiro turno nos demais estados:
MDB: DF, PA
UNIÃO: GO, MT
PP: AC, RR
PL: RJ
NOVO: MG
PSD: PR
PSB: MA
SD: AP
REPU: TO
12/ Em síntese, quando consideramos quem é o governador eleito no primeiro turno, quem disputa o segundo turno para governador e as votações obtidas na disputa dos governos estaduais, a conclusão é que as candidaturas bolsonaristas conseguiram melhor desempenho relativo na maioria dos estados e onde se concentra um maior número de eleitores. Isto indica um potencial de crescimento para o cavernícola no segundo turno.
13/O mesmo fenômeno – um melhor desempenho relativo de candidaturas contrárias a Lula – se deu na eleição para senadores e deputados.
14/A seguir, a situação da bancada de cada partido, já incluindo os/as senadores/as eleitos/as no primeiro turno de 2022:
PL 13
União Brasil 12
MDB 10
PSD 10
PT 9
PP 7
PODEMOS 6
PSDB 4
Republicanos 3
PDT 2
Rede 1
Cidadania 1
15/A seguir a relação de deputados e deputadas eleitas por partido:
PL 99
PT, PCdoB e PV: 79 (sendo 68 do PT)
União Brasil 59
PP 47
Republicanos 42
MDB 42
PSD 42
PSDB 18
PDT 17
16/Segundo o DIAP, “19 partidos elegeram ao menos um representante na Câmara”, sendo que em 2018, “30 legendas haviam sido vitoriosas”. Por outro lado, “os partidos do núcleo duro do Centrão (PL, União, PP e Republicanos) elegeram 229 deputados federais, o que representa 48% da Câmara”, enquanto as “legendas da coligação de Lula elegeram ao todo 121 deputados”. Ainda segundo o DIAP: “Para a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) (…) são necessários no mínimo 308 votos favoráveis na Casa em dois turnos de votação.”
17/O resultado das eleições parlamentares, para o Senado e governos estaduais deve ser avaliado com muita atenção, até mesmo por demonstrar o equívoco de muitas avaliações presentes na direção do Partido e da campanha. Por exemplo: a crença na força eleitoral dos neoaliados de direita, que não se materializou em nenhum lugar, nem mesmo no primeiro turno em São Paulo, estado onde o governador tucano declarou seu apoio tanto ao cavernícola quanto a seu representante na disputa do segundo turno estadual. Outro equívoco foi a expectativa de que a Federação seria um passaporte mágico para elegermos muito mais que 100 deputados e deputadas. A rigor, a principal contribuição positiva da federação foi permitir a continuidade institucional do PCdoB (o PV também se beneficiou, mas dada a composição deste partido em vários estados, nos reservamos o direito de não comemorar). Outro exemplo: a superestimação da força do PSB, que mesmo em Pernambuco sofreu uma enorme derrota. A isso se agregue a atitude de alguns setores do Partido e da campanha diante das pesquisas. Equívocos como esse cobraram um preço muito alto no Rio Grande do Sul, onde por menos de 2.500 votos a candidatura de Edegar Pretto não foi ao segundo turno. Se hoje não temos um palanque petista no segundo turno do maior estado do sul do país, isso se deve entre outros motivos à irresponsável cegueira de setores da direção nacional do PT. Já no Rio de Janeiro, não se fez tudo o que se deveria ter feito contra os que traíram a esquerda e apoiaram o governador bolsonarista reeleito.
18/Considerando o conjunto da situação, o principal ensinamento do primeiro turno é que não se deve subestimar o nosso inimigo. O resultado global das eleições foi pior do que previam aqueles que, incorretamente, davam por líquida e certa uma vitória no primeiro turno. Ao final, prevaleceu a vontade da maior parte da classe dominante brasileira: um segundo turno. Para uma parte da classe dominante, trata-se de reeleger o cavernícola. Para outra parte dela, trata-se de arrancar concessões programáticas de Lula.
19/De nossa parte, trata-se de concentrar todas as nossas energias em um único objetivo: derrotar a extrema-direita, eleger Lula presidente. Para isso, como ocorreu em toda a campanha (e desde o golpe de 2016), há duas alternativas táticas fundamentais: disputar pelo centro ou disputar pela esquerda. Disputar pelo centro é concentrar energias nos acordos por cima, nos gestos voltados aos setores médios e à direita gourmet, nas concessões programáticas, no discurso de paz e amor, na emulação do primeiro damismo e nas crescentes referências ao papel político do poder divino, concessões retóricas que só dificultam a defesa do Estado laico e, assim, acabam jogando água no moinho de nossos inimigos. Disputar pela esquerda é concentrar energias na disputa do voto popular, nas propostas para a classe trabalhadora melhorar de vida, no discurso de esquerda em favor da soberania, do bem-estar, das liberdades, do desenvolvimento e de um horizonte socialista. E tudo isso exige fazer a disputa política e ideológica contra as “narrativas” mentirosas de Bolsonaro e de seus apoiadores e candidatos neofascistas.
20/Um dos grandes desafios será o de convencer os eleitores e as eleitoras que faltaram às urnas, para que o façam no segundo turno. Temos apenas 27 dias para levar a essas pessoas as informações que as façam tomar a decisão de não só ir votar, como votar por Lula. Para alcançar essas pessoas, e convencê-las a votar em Lula e em nossos candidatos a governador, parte importante de nossa capacidade de comunicação precisa estar direcionada a elas, revelando nosso interesse pelos motivos que causaram a abstenção e produzindo respostas em forma de propostas concretas que resultem na melhoria da vida do povo. Todo a força política de Lula precisa estar a serviço de mostrar aos faltantes deste 2 de outubro que sua candidatura é muito mais do que passado: é futuro, e por isso merece sua confiança e seus votos.
21/Devido a opção adotada – pela cúpula do Partido – de desativar as instâncias partidárias, a começar pelo Diretório Nacional, que não se reúne presencialmente desde março de 2020 (!!!), não existe até agora espaço coletivo para debater e deliberar sobre estas alternativas. E como é público e notório, há um grau de centralização pessoal das decisões inédito em toda a vida do partido. Repetimos nossa opinião, manifesta inúmeras vezes, inclusive na noite de 2 de outubro: precisamos voltar a ter direção coletiva. Os métodos de direção adotados no primeiro turno são um obstáculo para nosso triunfo no segundo turno. No caso do nosso Partido, é indispensável reunir imediatamente o Diretório Nacional e constituir, ou reorganizar, coordenações de campanha em todos os estados e municípios. É preciso voltar a ter funcionamento de Partido, pois é também no espaço coletivo do Partido que se tornará possível debater e implementar a tática política necessária para vencer o segundo turno.
22/Isto posto, independentemente de exigir que as instâncias se reúnam, é preciso fazer o que deve ser feito. A saber:
*começar, imediatamente, a fazer campanha em ritmo intensivo;
*agrupar os militantes em comitês populares ou em pequenos núcleos de duas, três ou mais pessoas, para organizar as atividades de campanha;
*organizar o maior número possível de atividades com visibilidade, como carreatas, passeatas e panfletagens em massa;
*intensificar a atuação nas redes sociais, com uma campanha para a produção, distribuição e engajamento nos nossos conteúdos;
*ignorar o resultado das pesquisas e fazer campanha diuturnamente até as 17h00 do dia 30 de outubro, como se precisássemos de 8 milhões de votos para poder vencer;
*produzir material de campanha personalizado e distribuir nas ruas e redes: panfletos, posts, memes, bandeiras, adesivos, panfletos, sempre identificados com a cor vermelha e com a estrela do PT;
*usar vermelho sem medo, sair de adesivo, colocar bandeiras nas janelas, adesivar os carros;
*não repercutir as ações do cavernícola, apenas atacar, atacar e atacar seu governo, suas políticas e sua ideologia assassina;
*menos juras de amor, mais guerra ideológica contra a extrema direita. “Fogo contra fogo”. Consolidar o voto de quem já votou em nós, virar o voto de quem votou no inimigo, ganhar o voto de quem votou nulo ou em branco, convencer as pessoas que se abstiveram a ir votar e garantir que o nosso voto caia na urna no dia 30 de outubro. Cada voto vai importar. É rua rua rua! Fazer campanha todos os dias até o último minuto!
23/A esperança só vai vencer o medo, se a esperança tiver consciência do tamanho da ameaça que paira sobre nós. Uma vitória da extrema-direita nesta eleição presidencial teria impactos sobre o mundo, sobre a América Latina e sobre a vida da classe trabalhadora brasileira e do conjunto da sociedade pelas próximas décadas. Não se trata apenas da maior batalha de nossas vidas. Se trata de uma batalha por nossas vidas e pelo futuro do povo brasileiro!
Viva o PT, viva a militância, viva o socialismo!
Lula já!
4/Balanço preliminar do desempenho das candidaturas de militantes da Articulação de Esquerda
Sobre este tema foi apresentada, mas segue em debate, a seguinte resolução:
Depois do segundo turno, a direção nacional vai elaborar um balanço detalhado das eleições, incluindo um balanço do desempenho das candidaturas de militantes da AE.
De imediato, agradecemos o esforço de cada militante. Não importando se conseguiram ou não a eleição, vocês contribuíram para a luta contra a extrema direita, para a luta contra o neoliberalismo, para a defesa do programa democrático popular e socialista, para fortalecer a esquerda em geral e o PT em particular.
Em diversos casos, faltou muito pouco para a vitória. É o caso do companheiro Célio Moura, que ampliou a votação para deputado federal, mas o Partido não conseguiu o mínimo necessário para eleger um federal no estado de Tocantins. Também faltou pouco para a eleição da companheira Ana Affonso como deputada estadual, demonstrando mais uma vez a importância do Partido e da tendência aprimorarem nossa tática eleitoral. Além desses, há inúmeros outros casos em que a tática do Partido e/ou a tática da tendência poderia ter produzido vitórias ou desempenhos mais significativos, e isso terá que ser objeto de avaliação assim que terminar o segundo turno, incluindo nesta avaliação os efeitos da nova legislação.
A avaliação do desempenho eleitoral de candidaturas de militantes da AE é inseparável da avaliação do desempenho do conjunto do Partido. Também passado o segundo turno, devemos avaliar a tática eleitoral do PT, estado a estado, por exemplo no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. E avaliar a política de distribuição do fundo eleitoral, vis a vis os resultados alcançados. No caso da Câmara, segue uma tabela comparando o número de eleitos 2018/2022 e uma lista das candidaturas petistas eleitas (sem prejuízo de correções que decorrerão de decisões judiciais, como no caso de Sergipe):
Eleitos em 2022 (e entre parênteses o que ocorreu frente a 2018)
AC – 0 (=)
AP – 0 (=)
AL – 1 (=)
AM – 0 (- 1)
BA – 7 (- 1)
CE – 3 (=)
DF – 1 (=)
ES – 2 (+ 1)
GO – 2(+ 1)
MA – 1 (=)
MT – 0 (- 1)
MS – 2 (+ 1)
MG – 10 (+ 2)
PA – 2 (=)
PB – 1 (=)
PR – 5 (+ 2)
PE – 1 (- 1)
PI – 4 (+ 2)
RJ – 5 (+ 4/3)*
RN – 2 (+ 1)
RS – 6 (+ 1)
RO – 0 (=)
RR – 0 (=)
SC – 2 (+ 1)
SP – 11 (+ 3)
SE – 0 ( – 1)
TO – 0 ( – 1)
estados em 2018 – 23
estados em 2022 – 19
*Washington Quaquá eleito em 2018 e impugnado
Relação nominal de quem se elegeu:
Acre
- 0
Alagoas
1• Paulão (PT): 65.814 votos
Amapá
- 0
Amazonas
- 0
Bahia
2• Jorge Solla (PT): 128.968 votos
3• Zé Neto (PT): 128.439 votos
4• Afonso Florence (PT): 118.021 votos
5• Waldenor Pereira (PT): 113.110 votos
6• Ivoneide Caetano (PT): 105.885 votos
7• Joseildo Ramos (PT): 104.228 votos
8• Valmir Assunção (PT): 90.148 votos
Ceará
9• Guimarães do PT (PT): 186.136 votos
10• Luizianne Lins (PT): 182.232 votos
Distrito Federal
11• Erika Kokay (PT): 146.092 votos
Espírito Santo
12• Helder Salomão (PT): 120.337 votos
13• Jack Rocha (PT): 51.317 votos
Goiás
14• Delegada Adriana Accorsi (PT): 96.714 votos
15• Rubens Otoni (PT): 83.539 votos
Maranhão
16• Rubens Júnior (PT): 91.872 votos
Mato Grosso
- O
Mato Grosso do Sul
17• Vander Loubet (PT): 76.571 votos
18• Camila Jara (PT): 56.552 votos
Minas Gerais
19• Reginaldo Lopes (PT): 196.760 votos
20• Rogério Correia (PT): 185.918 votos
21• Paulo Guedes (PT): 134.494 votos
22• Odair Cunha (PT): 129.146 votos
23• Patrus Ananias (PT): 87.893 votos
24• Dandara (PT): 86.034 votos
25• Padre João (PT): 85.718 votos
26• Miguel Ângelo (PT): 84.173 votos
27• Leonardo Monteiro (PT): 81.008 votos
28• Ana Pimentel (PT): 72.698 votos
Paraíba
29• Luiz Couto (PT): 54.851 votos
Pará
30• Dilvanda Faro (PT): 150.065 votos
31• Airton Faleiro (PT): 79.862 votos
Paraná
32• Gleisi Hoffmann (PT): 261.242 votos
33• Carol Dartora (PT): 130.654 votos
34• Zeca Dirceu (PT): 123.033 votos
35• Enio Verri (PT): 95.171 votos
36• Tadeu Veneri (PT): 84.758 votos
Pernambuco
37• Carlos Veras (PT): 127.482 votos
Rio de Janeiro
38• Lindbergh Farias (PT): 152.219 votos
39• Benedita da Silva (PT): 113.831 votos
40• Washington Quaquá (PT): 113.282 votos
41• Dimas Gadelha (PT): 41.238 votos
42• Reimont (PT): 39.325 votos
Rio Grande do Norte
43• Natália Bonavides (PT): 157.565 votos
44• Mineiro (PT): 83.481 votos
Rio Grande do Sul
45• Paulo Pimenta (PT): 223.109 votos
46• Maria do Rosário (PT): 151.050 votos
47• Bohn Gass (PT): 131.881 votos
48• Marcon (PT): 129.352 votos
49• Alexandre Lindenmeyer (PT): 93.768 votos
50• Denise Pessôa (PT): 44.241 votos
Rondônia
- 0
Roraima
- 0
São Paulo
51• Rui Falcão (PT): 193.990 votos
52• Kiko Celeguim (PT): 167.438 votos
53• Jilmar Tatto (PT): 157.843 votos
54• Luiz Marinho (PT): 156.202 votos
55• Nilto Tatto (PT): 151.861 votos
56• Carlo Zarattini (PT): 147.349 votos
57• Arlindo Chinaglia (PT): 144.108 votos
58• Alexandre Padilha (PT): 140.037 votos
59• Alencar Santana (PT): 139.223 votos
60• Juliana Cardoso (PT): 125.517 votos
61• Paulo Teixeira (PT): 122.800 votos
Santa Catarina
62• Professor Pedro Uczai (PT): 173.531 votos
63• Ana Paula Lima (PT): 148.781 votos
Sergipe
- 0
Piauí
64• Dr. Francisco (PT): 128.063 votos
65• Rejane Dias (PT): 125.552 votos
66• Florentino Neto (PT): 105.720 votos
67• Flavio Nogueira (PT): 100.109 votos
Tocantins
0
A seguir uma avaliação da evolução das bancadas estaduais (eleitos/comparação 2018):
AC – 0 (*- 2*)
AP – 1 (+ 1)
AL – 1 (+ 1)
AM – 1 (=)
BA – 9 (- 1)
CE – 8 (+ 4)
DF – 3 (+ 1)
ES – 2 (+ 1)
GO – 3 (+ 1)
MA – 0 (- 1)
MT – 2 (=)
MS – 3 (+ 1)
MG – 12 (+ 2)
PA – 4 (+ 1)
PB – 2 (+ 2)
PR – 7 (+ 3)
PE – 3 (=)
PI – 12 (*+ 7*)
RJ – 7 (*+ 4*)
RN – 3 (+ 1)
RS – 11 (*+ 3*)
RO – 1 (=)
RR – 0 (- 1)
SC – 4 (=)
SP – 18 (+ 8)
SE – 1 ( – 1)
TO – 0 (*- 2*)
estados em 2018 – 27
estados em 2022 – 23
Sem prejuízo desta avaliação detalhada, o Página 13 de outubro já vai trazer textos preliminares de avaliação, elaborados pelas candidaturas. Entretanto, reafirmamos que a tarefa central é ganhar o segundo turno, nacional e nos estados.
5/Projeto de resolução sobre temas organizativos
Sobre este tema, segue em debate na Dnae o seguinte projeto de resolução:
1/estamos no meio de uma batalha eleitoral cujo resultado pode ter impactos profundos para a esquerda brasileira, em particular para o PT;
2/no caso mais provável, de vitória, teremos pela frente uma longa disputa contra o neofascismo e contra o neoliberalismo. No caso menos provável, mas ainda assim possível, enfrentaremos tensões brutais, que mudarão os marcos estratégicos de atuação da esquerda brasileira;
3/tanto num caso quanto em outro, teremos que enfrentar desafios de natureza orgânica, que dizem respeito a maneira como nos vinculamos com a classe trabalhadora e que, correlatamente, dizem respeito a maneira como nos organizamos;
4/não é possível, nem seria correto, em meio ao segundo turno, fazer uma análise detalhada desses temas de natureza orgânica. Mas tampouco é prudente deixar de sinalizar imediatamente algumas medidas que nós, como tendência petista, seremos obrigados a adotar para enfrentar tais impactos. Afinal, se por um lado o PT mais uma vez reafirma sua condição de partido de massas, sem o qual não haverá vitória contra o neofascismo e contra o neoliberalismo; por outro lado também é verdade que em todas as organizações de esquerda há sintomas de degeneração, fadiga de material e desorientação política e ideológica. E como “nada do que é petista nos é estranho”, indicamos desde já algumas medidas que tomaremos de imediato, tão logo se conclua o segundo turno;
5/a primeira dessas medidas: estimular a criação de núcleos presenciais do Partido nos locais de trabalho, nos locais de estudo, nos locais de moradia, nos espaços de cultura e lazer. Não basta ter presença nas redes, é preciso ter presença física na vida cotidiana da classe trabalhadora, participar de suas lutas, de suas entidades. Todo militante deve estar ligado a algum organismo de massa e a algum organismo do Partido. É preciso elaborar, implementar e avaliar de forma contínua um plano cotidiano de trabalho junto as nossas bases sociais e eleitorais. Este é o caminho para que tenhamos um partido de militantes, não um partido de filiados ou de eleitores. E é o caminho, também, para que a nossa tendência seja uma organizadora da ação, não uma ouvidoria onde se faz reclamações dos problemas do partido e dos movimentos;
6/a segunda dessas medidas: a organicidade que temos conseguido manter, na tendência, em âmbito nacional, precisa se fazer presente em todos os estados, municípios e setores de atuação: reuniões periódicas, análise da situação, divisão de tarefas, balanço do realizado. Este método por si só não garante nada. Mas sem ele, todos os problemas que temos observado no Partido vão, inevitavelmente, se reproduzir em nossa tendência;
7/a terceira dessas medidas: é preciso impulsionar nossas atividades de formação e comunicação, de forma a atingir não apenas a militância da tendência e os simpatizantes mais próximos, mas o conjunto da base partidária. Se quisermos ampliar nossa influência sobre o PT, é preciso ter presença institucional, é preciso ter presença nos movimentos sociais, é preciso ter presença na máquina partidária, é preciso ter presença na batalha de ideias. Construimos algumas ferramentas que tornam isso possível (o site, o podcast, o Antivírus, o Contramola, o jornal, a revista etc.), mas é preciso avaliar no detalhe cada uma dessas ferramentas e fazer os ajustes indispensáveis. De igual forma construímos uma sistemática de formação política, mas é preciso avaliar e fazer ajustes. E, como base para isto tudo, é preciso que tenhamos mais capacidade coletiva de formulação acerca dos grandes problemas do mundo, do continente e do Brasil;
8/acrescentamos outra medida: é preciso lutar para que o PT retome a contribuição financeira militante. E é preciso continuar sendo rigoroso no tocante a cobrança da contribuição militante dentro da tendência. E é preciso, para além desta medida essencialmente política, termos iniciativas que nos permitam dispor de mais recursos, tornando possível ter centros culturais e outras iniciativas de massa em cada cidade;
9/finalmente, é preciso enfrentar caso a caso, com paciência e método, os problemas políticos e organizativos que impedem nosso crescimento e/ou que reduzem nossa influência em vários estados e cidades. Nossa tendência está para completar 30 anos de existência, parte dos quais atuando em ambiente hostil para as posturas militantes e socialistas; anos de vida eleitoral e institucionalização partidária, as dificuldades dos movimentos sociais, a influência de concepções neoliberais e desenvolvimentistas, a perda da memória e da prática da vida coletiva, agravada pela profissionalização de atividades que antes eram realizadas de forma militante, tudo isso junto e misturado exige um trabalho de “retificação” do funcionamento de nossa tendência;
10/Para debater em detalhe cada uma destas questões, a direção nacional da AE realizará, nos dias 18, 19 e 20 de novembro, uma reunião nacional ampliada. No primeiro dia, faremos um balanço da situação política e do processo eleitoral de conjunto. No segundo dia faremos um debate sobre a situação da esquerda, do PT e da tendência. E no terceiro dia faremos um planejamento organizativo, incluindo aí a convocatória do próximo congresso nacional da AE e as comemorações dos 30 anos de fundação da AE. Para preparar em detalhe esta reunião, a Dnae voltará a se reunir no dia 6 de novembro.
6/sobre jornada de formação e outras atividades
-a Elahp está planejando realizar nos dias 16/11, 17/11 e 18/11 um curso sobre a conjuntura de 2022 e dos próximos anos
-a Elahp também está planejando realizar no dia 19/11, um minicurso sobre O BRASIL E O MUNDO: INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
-a Elahp planeja realizar, no dia 20/11, um minicurso sobre LUTA DE CLASSES, RAÇA, GÊNERO E GERAÇÃO
-a Associação de Estudos Página 13 planeja realiza a jornada nacional de formação em duas etapas, uma primeira virtual (em 2022) e uma segunda presencial (em 2023)
-a etapa virtual será em formato podcast (cada podcast terá no máximo 1 hora de duração), podcast será de acesso universal, o diferencial com os alunos inscritos será a possibilidade de enviar perguntas e debater com os professores através do chat, segue abaixo a primeira versão da programação:
-podcast 1: abertura do curso
-podcast 2: a conjuntura mundial
-podcast 3: a conjuntura regional
-podcast 4: a conjuntura nacional
-podcast 5: os desafios do PT
-podcast 6: os desafios da tendência petista Articulação de Esquerda
-podcast 7: balanço das eleições 2022 no Brasil: região Sul
-podcast 8: balanço das eleições 2022 Sudeste
-podcast 9: balanço das eleições 2022 Nordeste
-podcast 10: balanço das eleições 2022 Norte
-podcast 11: balanço das eleições 2022 Centro-Oeste
-podcast 12: balanço geral das eleições 2022 no Brasil
-podcast 13: tarefas e desafios do PT frente ao novo governo
-podcast 14: balanço dos governos Lula 2003-2010
-podcast 15: balanço dos governos Dilma 2011-2016
-podcast 16: o novo governo e a nova situação mundial
-podcast 17: o novo governo e a nova situação do capitalismo brasileiro
-podcast 18: a disputa de rumos do novo governo do ponto de vista dos que defendem uma estratégia socialista
-podcast 19: a história da luta pelo socialismo no mundo
-podcast 20: a história da luta pelo socialismo na América Latina
-podcast 21: a história da luta pelo socialismo no Brasil
-podcast 22: o PT e o socialismo
-podcast 23: a luta pelo socialismo no século 21
-podcast 24: história, o papel e as tarefas da tendência petista Articulação de Esquerda
7/Expediente
Orientação Militante é um boletim interno da Direção Nacional da tendência petista Articulação de Esquerda. Responsável: Valter Pomar. A direção da tendência é composta por: Mucio Magalhães (PE) acompanhamento do PI, PE, PB e SE; Valter Pomar (SP), coordenação geral, comunicação e acompanhamento das regiões Sudeste e Norte e do Maranhão; Damarci Olivi (MS), finanças; Daniela Matos (DF), formação, cultura, LGBT e acompanhamento do MT e GO; Natalia Sena (RN), acompanhamento da bancada parlamentar e dos Estados do RN, CE, BA e AL; Jandyra Uehara, sindical e acompanhamento dos setoriais de mulheres; Patrick (PE), acompanhamento da juventude, do setorial de combate ao racismo, do MS e DF; Júlio Quadros (RS), acompanhamento dos setoriais de moradia, rurais e da região Sul. Comissão de Ética: Jonatas Moreth(DF), titular; Sophia Mata (RN), titular; Izabel Costa (RJ), suplente; Pere Petit (PA), suplente