Boletim interno da Direção Nacional da
tendência petista Articulação de Esquerda
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1.Reunião do Diretório Nacional do PT
No dia 7 de dezembro de 2024, acontecerá uma reunião do DN do PT. A reunião será precedida por um seminário organizado conjuntamente pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo. Nesta reunião, além do debate político e além de diversas questões organizativas, será aprovado o regulamento do processo de eleição direta das direções partidárias. A respeito do regulamento, a AE apresentou um conjunto de propostas.
2.Emendas ao regulamento do PED proposto pela SORG nacional
Art. 3º: A Comissão de Organização Eleitoral Nacional, conforme calendário a ser definido, organizará debates entre as chapas nacionais e os (as) candidatos (as) à presidência.
-Propomos que o artigo terceiro seja transferido para outro capítulo do regulamento e que seja expandido. É preciso incluir, entre as tarefas da COEN, além de organizar debates, produzir uma tribuna de debates virtual, organizar um programa na TVPT sobre o PED em que se façam entrevistas com todas as chapas e candidaturas, enviar material impresso de toda as candidaturas para o endereço de todos os filiados etc. Nosso PED não pode conter os problemas da democracia eleitoral tradicional.
Art. 5º: O mandato dos membros efetivos e suplentes das direções partidárias, dos Conselhos Fiscais e das Comissões de Ética eleitos será de 4 (quatro) anos.
-Propomos que o artigo quinto seja acrescido de um item: o congresso do Partido, a ser realizado proximamente, poderá decidir a redução do mandato das direções. O que ocorreu entre 2019 e 2024 comprovou que nossas direções resistem mal a mandatos tão prolongados.
Art. 9º:
G) A inscrição de candidato (a) a presidente (a), para os diretórios estaduais e para a direção nacional, deverá ser acompanhada por uma lista de apoio, assinada por pelo menos 10% do diretório do respectivo nível.
-No artigo 9, item g, propomos duas alterações: reduzir o percentual e agregar um outro critério. Não faz sentido que o direito de concorrer à presidência nacional dependa, unicamente, de quem integra um Diretório eleito em 2019. Notem que não estamos falando apenas do DN, estamos falando de todos os diretórios em todo o país. Assim, propomos que se estabeleça pelo menos um critério adicional, por exemplo, o apoio formal de X número de filiados. Em segundo lugar, ao menos no DN o critério de 10% rompe com a tradição que acumulamos nos PED anteriores a estes, portanto propomos que o percentual seja de 5%.
L) Serão aceitas chapas incompletas, desde que preencham pelo menos 30% das vagas em disputa para as chapas nacionais e 50% das vagas em disputa para as chapas estaduais, municipais e zonais;
M) Nos municípios onde houver a inscrição de apenas uma chapa, o número de integrantes deverá obrigatoriamente assegurar o preenchimento de todas as vagas disponíveis na instância municipal.
-No art. 9, item “L”, propomos tirar o termo “incompletas”. Não há que falar de incompletas. As chapas podem ter até X integrantes, mas não precisam ter obrigatoriamente Y, salvo no caso indicado no item “M”.
Art. 16, A) As chapas estaduais deverão indicar, até 15 de junho de 2025, um fiscal por local de votação.
-Propomos inserir em algum lugar que esta pessoa designada pela chapa terá seu nome na lista de aptos daquele município em que estiver sendo fiscal. Do contrário, ela não votará.
Art. 17:
C) A apuração nos municípios que não atingirem o quórum será efetuada somente para contabilizar os votos destinados às chapas estaduais e nacionais, quando o município estiver apto a votar nas mesmas.
-Achamos que precisa debater esse item.
E) Encerrada a apuração, a Instância Municipal comunicará imediatamente o resultado da eleição à Comissão de Organização Estadual, através de arquivo digitalizado e além do resultado da eleição.
-No artigo 17, item “e”, tem uma redação que precisa ser corrigida: “e além”.
Art. 22: O Encontro Nacional será realizado nos dias 1o, 2 e 3 de agosto de 2025 e terá 600 delegados (as) que serão indicados pelas chapas inscritas em nível nacional, proporcionalmente à votação obtida por cada chapa.
a) O Encontro Nacional terá a seguinte pauta:
o O Brasil e o Mundo;
o A realidade brasileira e os desafios do PT;
* Mudanças no mercado de trabalho
* Novas dinâmicas sociais, da periferia à classe média
* Os desafios da Comunicação
o Tática, política de alianças, programa para as eleições 2026;
-Propomos alterar a pauta do Encontro Nacional para que sejam quatro pontos: Situação brasileira e mundial. Programa, estratégia e tática do PT. Organização partidária. As eleições 2026. Argumentos: i)há muitos outros subitens da situação brasileira que merecem destaque, não apenas os indicados; ii)é preciso debater a estratégia; iii/é preciso debater a organização partidária; iv/é preciso separar o debate sobre a tática do Partido, da discussão sobre a tática nas eleições 2026.
Finalmente, onde couber, é preciso incluir a data em que a SORG vai divulgar, primeiro para conferência e depois de forma definitiva, a lista de filiados com direito a votar e serem votados em todo o Brasil.
3.Calendário de mobilização para o PED 2025
-a proposta de regulamento apresentada pela Sorg nacional prevê as seguintes datas: novas filiações, até o dia 28 de fevereiro de 2025; inscrição de chapas nacionais e presidências nacionais até o dia 23 de março de 2025; inscrição de chapas e presidências estaduais até o dia 13 de abril de 2025; inscrição de chapas e presidências municipais e zonais até o dia 25 de maio de 2025; votação geral no dia 6 de julho de 2025;
-com base nesse calendário, aprovamos o seguinte:
-realizar, ainda em 2024, em cada município, plenárias abertas ao conjunto da militância, para apresentar e debater a resolução que a Dnae aprovou no dia 24/11, ao término da plenária nacional;
-deflagrar, ainda em 2024, em cada município, uma campanha de filiação ao PT. Onde o Partido estiver realizando esta campanha, participar dela. Onde o Partido não estiver realizando, organizar a campanha a partir da própria tendência. Utilizar nesta campanha o texto que será divulgado pelo site Página 13. Fazer um tutorial sobre o processo de filiação e procurar o DN para que tome medidas para facilitar o processo de filiação;
-procurar cada uma das tendências do Partido, assim como todos os setores da militância que não integram tendências, mas participam ativamente da vida interna, para debater os temas tratados na plenária nacional;
-elaborar, em cada município, teses que deverão ser inscritas durante o processo de PED, com análise da situação municipal e com plano de ação municipal, em sintonia com as diretrizes da tese nacional;
-elaborar, em cada estado, teses que deverão ser inscritas durante o processo de PED, com análise da situação estadual e com plano de ação estadual, em sintonia com as diretrizes da tese nacional;
-organizar chapas municipais da AE ou, onde isso não for possível, chapas em aliança com outros setores do Partido, para participar do PED;
-lançar candidaturas da AE à presidência municipal ou, onde isso não for possível, apoiar candidaturas de outros setores do Partido, para participar do PED;
-organizar chapas estaduais da AE ou, onde isso não for possível, chapas em aliança com outros setores do Partido, para participar do PED;
-lançar candidaturas da AE à presidência estadual ou, onde isso não for possível, apoiar candidaturas de outros setores do Partido, para participar do PED;
-organizar chapa nacional da AE, se possível em aliança com outros setores do Partido, para participar do PED;
-lançar candidatura da AE à presidência nacional do PT, se possível em aliança com outros setores do Partido, para participar do PED;
-contribuir na preparação e execução da caravana que a AE, fará, em todo o país, durante o primeiro semestre de 2025, para lançar nossas teses, chapas e candidaturas;
-participar dos congressos estaduais da AE, cujas datas serão indicadas por cada direção estadual, ouvida a direção nacional;
-participar dos congressos municipais da AE, que elegerão delegados ao congresso nacional da AE, que vai acontecer nos dias 15 e 16 de março de 2025. O único ponto de pauta deste congresso nacional será o PED 2025, ou seja, aprovar nossa tese nacional, nossa chapa e nossa candidatura presidencial. O regulamento do congresso será divulgado no mês de dezembro de 2024. O texto base do congresso de março será divulgado no mês de janeiro de 2025;
-encarregar a direção nacional da AE a, ouvindo as direções estaduais e as direções setoriais da AE, propor uma nominata para deliberação do Congresso nacional da AE. Solicitamos às direções estaduais da tendência que nos enviem nomes para integrar esta proposta de nominata, por exemplo, militantes que foram eleitos em 2024, militantes que presidem diretórios municipais do Partido, dirigentes de movimentos sociais e sindicatos de caráter nacional e estadual etc. Em caráter preliminar, a Dnae apontou uma lista de nomes que podem assinar nossa tese nacional e/ou integrar nossa chapa nacional (lista está disponível na edição anterior do OM).
-constituir, a partir da Direção Nacional da AE, mas podendo incorporar outras pessoas, uma comissão nacional de mobilização para o PED 2025;
-caberá à Dnae atualizar/alterar este calendário, a depender das resoluções aprovadas pelo DN dia 7/12.
4.Comissão de ética contra Quaquá
A Dnae enviou ao DN, bem como a Gleisi Hoffmann e a Henrique Fontana, a seguinte correspondência:
Ao Secretário-geral nacional do PT
Cc ao Diretório Nacional
Tendo em vista que o secretário-geral nacional não tomou as providências que lhe cabem, determinadas pelo estatuto, solicitamos a inclusão na pauta do DN do PT dos seguintes pedidos:
Caso 1
No dia 11 de novembro de 2021, o Núcleo Construção, núcleo de base no âmbito da 1ª Zonal do DM na cidade do Rio de Janeiro, promoveu um debate entre o vice-presidente nacional do PT e o secretário estadual de Formação Política do PT-RJ, Olavo Carneiro. O debate foi realizado e gravado pela plataforma zoom, reunindo cem pessoas. Neste debate, o vice-presidente descambou da postura enérgica na defesa de opiniões, para a ofensa e o xingamento ao debatedor divergente. Os impropérios dirigidos ao Olavo Carneiro foram os seguintes:
“Seu pivete, safado, vagabundo”.
“Bolsonarista de merda”.
“Vai tomar no cu”.
“Vai se foder”.
Olavo Carneiro solicitou imediata análise do ocorrido, pela comissão de ética. Pedimos que o DN vote a admissibilidade do pedido e que ele seja encaminhado à comissão de ética nacional.
Caso 2
No dia 16 de fevereiro de 2023, um conjunto de tendências petistas (Articulação de Esquerda, Avante PT, Democracia Socialista, Diálogo e Ação Petista, Esquerda Popular Socialista, Militância Socialista, Resistência Socialista e Socialismo em Construção) assinou uma representação para que o vice-presidente respondesse, na comissão de ética do Diretório nacional, por extrapolar “todos os limites ao expressar publicamente posições antagônicas às deliberadas democraticamente pelas instâncias do partido”.
Na oportunidade, o vice-presidente havia postado em suas redes sociais uma foto sorridente e abraçado ao bolsonarista e ex-ministro da Saúde do governo da extrema-direita, Eduardo Pazzuelo, acompanhado de uma mensagem cheia de elogios. Depois, postou outra mensagem, em que chamava toda a militância petista que o criticou pela postagem de “jumentos”.
A representação das tendências destacava que o deputado petista insultava “a todo brasileiro e brasileira que votou no presidente Lula contra a extrema direita fascista”. A representação foi apoiada por um abaixo-assinado que chegou a 2 mil signatários.
Segundo o artigo 233 do estatuto do nosso Partido, a “comissão executiva do nível correspondente decidirá sobre a admissibilidade ou remessa da representação à Comissão de Ética e Disciplina para instauração do respectivo processo, no prazo máximo de 30 (trinta dias)”.
Pedimos que o DN vote a admissibilidade do pedido e que ele seja encaminhado à comissão de ética nacional.
Assinam: Jandyra Uehara, Júlio Quadros, Natália Sena, Patrick Campos, Valter Pomar
No dia 27 de novembro, o secretário-geral nacional do PT, companheiro Henrique Fontana, entrou em contato telefônico conosco para tratar do assunto. Reiteramos nossa posição: a secretaria-geral nacional do PT tem que pautar o assunto na CEN. O secretário-geral nacional tem todo o direito de ser contra instalar a comissão de ética, mas ele tem a obrigação estatutária de pautar o tema.
5.Desdobramentos da carta enviada à executiva do PT RS
Tendo em vista a importância do tema, reproduzimos abaixo a correspondência sobre o assunto “composição da executiva estadual do PT RS”.
A Dnae enviou a seguinte carta à executiva do PT RS:
À comissão executiva estadual do PT RS
A direção nacional da tendência petista Articulação de Esquerda, reunida no dia 24 de novembro de 2024, decidiu informar à executiva estadual do PT RS o que segue:
1/a direção nacional da tendência AE acompanhou e reconheceu o resultado do mais recente congresso da AE RS;
2/a direção nacional da tendência AE reconhece a direção estadual da AE RS, eleita no referindo congresso, como expressão legítima da tendência no estado;
3/a direção nacional da tendência está informada e considera legítima a decisão da direção estadual da AE RS, de indicar Júlio Quadros para a executiva estadual do PT RS, no lugar de Adriano Oliveira;
4/a direção nacional da AE informa que não recebeu nenhum recurso, da parte de Nasson Santana e de Adriano Oliveira, contra a referida decisão da AE RS;
5/a direção nacional da AE solicitou a Nasson Santana que cumpra a decisão da AE RS;
6/a direção nacional da AE considera que, do ponto de vista político, tanto Nasson Santana quanto Adriano Oliveira não representam a AE na executiva estadual do PT RS;
7/a direção nacional da AE demanda, aos companheiros Valério Lopes (CNB) e Luís Henrique (Socialismo em Construção) que autorizem a substituição de Adriano Oliveira por Júlio Quadros, para que a AE do RS seja adequadamente representada na executiva estadual do Partido.
Saudações petistas
A direção nacional da AE
24/11/2024
A presidenta do PT RS informou recebimento da carta. O assunto foi debatido na executiva. O secretário-geral do PT RS ligou informando o conteúdo do debate. Enviamos, a seguir, a mensagem abaixo reproduzida para dois militantes que subscreveram a inscrição de nossa chapa estadual, em 2019.
(…) quem me passou teu zap foi o Pestana. Conversei com ele hoje pela manhã. Como você sabe, eu escrevi para a presidenta e para o secretário geral, acerca do tema substituição na executiva. E o Pestana me deu um retorno sobre o que vocês conversaram. Com base neste retorno, eu tomei a liberdade de pedir a ele o teu zap, para te fazer um apelo. O caso é o seguinte: nós da direção nacional da AE sempre defendemos a legalidade partidária, o que inclui, entre outras muitas coisas, o princípio de que as chapas indicam e substituem seus nomes. Portanto, depende de você (…), do (…) e do Nasson a indicação de quem vai para a direção do PT do RS, em nome da chapa que nós constituímos. Em condições normais de temperatura e pressão, caberia ao companheiro Nasson informar a voces que a AE do RS está solicitando a substituição de um nome na direção. E, obviamente, você e o (…) concordariam com a mudança. Infelizmente, o companheiro Nasson está procedendo de uma maneira totalmente inesperada, especialmente vindo de um quadro como ele. A saber: houve um congresso da tendẽncia, foi eleita uma nova direção, a direção nacional acompanhou o congresso (eu pessoalmente estive aí), esta direção deseja fazer uma substituição na executiva. O certo seria o companheiro Nasson encaminhar a substituição.
O Pestana me disse que o Nasson argumenta que ele não fará a substituição, porque ele e Adriano seriam representantes do mandato de um deputado. Supondo que ele tenha dito isso mesmo, trata-se como eu disse de algo insólito. Afinal, a chapa foi composta pela AE, não por representantes de mandatos. Aliás, o deputado em questão nem era deputado na ocasião em que esta direção foi eleita.
Ademais, o que a direção estadual da AE está solicitando é a substituição de 1 pessoa. Não de duas pessoas. Esta substituição de 1 pessoa corresponde, no limite, a correlação de forças existente no Congresso da AE. Ou seja: mesmo que fosse o caso de levar em consideração esse aspecto, podemos dizer que este aspecto está sendo observado. Enfim, por estes e por outros argumentos, venho pedir a voce, (…), e também estou escrevendo mensagem de igual teor ao (…), pedindo que voces dois façam uma carta solicitando, em nome da chapa, que a substituição seja feita. Se voces fizerem isso, a legalidade do Partido estará respeitada. E também estará respeitada a legítima solicitação da AE RS. Esclareço que escrevo em nome da direção nacional da AE. Agradeceria muito, sinceramente, que vocês nos ajudassem neste encaminhamento. Entendo perfeitamente que é constrangedor, mas acima do constrangimento está a legalidade partidária e o respeito à democracia. Esclareço, também, que escrevemos para o companheiro Nasson, solicitando a ele que fizesse o mesmo. Ele não nos respondeu. Para nós é uma tristeza isso que ele está fazendo, para mim pessoalmente é decepcionante. Mas enfim, é o que nos cabe lidar. Um abraço e no aguardo de uma resposta, (…)
Ambos companheiros responderam. E a um deles, foi enviada a seguinte mensagem adicional:
Olá
(…) nós da AE temos um regulamento, o congresso é nossa instância máxima, a direção eleita no RS é legítima, assim como a direção nacional em nome de quem estou te escrevendo.
Logo, não há “mediação” possível. Qualquer mediação seria aceitar que existiria alguém acima do nosso congresso e da nossa direção. E não existe, do nosso ponto de vista, enquanto direção da AE, ninguém que possa mediar.
Ou se cumpre a decisão democrática ou não se cumpre. Nós já dissemos isso por escrito ao Nasson. Não cumprir nossa decisão é decidir sair da AE. E quem faz isso não fala em nosso nome e não pode agir como proprietário privado da parcela que elegemos coletivamente na direção.
Enfim, o que me cabe fazer é voltar a apelar a vc e ao (…), para que nos ajudem a superar a situação insólita que estamos vivendo.
Um abraço
(…)
6.Reunião da executiva nacional da AE
No dia 1 de dezembro realizaremos uma reunião da executiva nacional da AE. Na pauta: 1/mobilização para os atos pela punição dos golpistas; 2/resolução sobre o pacote fiscal; 3/encaminhamentos da plenária nacional da AE; 4/encaminhamentos relativos ao PED; 5/comissão de ética Nasson e Adriano.
7.Página 13 de dezembro
O Página 13 dezembro será impresso e distribuído na reunião do Diretório Nacional do PT dia 7 de dezembro. A pauta conterá: 1/editorial; 2/resoluções da plenária nacional; 3/entrevista com Natália Bonavides; 4/artigo Jandyra sobre movimento sindical e 6×1; 5/artigo Jana Silverman sobre eleições EUA.
8.Declaração política da plenária nacional da AE
A tendência petista Articulação de Esquerda realizou, de 22 a 24 de novembro de 2024, uma plenária nacional da qual participaram 104 militantes vindos de 16 estados do Brasil, além de 15 pessoas convidadas.
Imediatamente antes e depois da plenária, reuniu-se a direção nacional da tendência.
A plenária debateu o balanço das eleições 2024, a conjuntura nacional e internacional, a situação do PT, o processo de eleição das novas direções partidárias em 2025, tudo isso nos marcos de uma discussão sobre os desafios estratégicos da classe trabalhadora brasileira, com ênfase para a luta pelo socialismo, pelo fim de todas as formas de exploração, dominação e opressão.
A plenária tomou como referência um roteiro, que será publicado na edição de dezembro do jornal Página 13, já incorporando emendas resultantes do debate.
Dentre as conclusões da plenária, destacamos as seguintes:
– defender e convocar manifestações públicas em favor da prisão preventiva e julgamento de todos os golpistas, a começar por Jair Bolsonaro. Sem Anistia para golpistas!
– defender a necessidade da substituição imediata do ministro da Defesa e a implementação de medidas que reformem de alto a baixo as forças armadas e o aparato de Defesa, Inteligência e Segurança Pública;
– defender que o chamado “ajuste fiscal” atinja única e exclusivamente os subsídios ao grande empresariado e os gastos derivados com o serviço da dívida pública. Nosso governo não pode nem deve tocar nos direitos sociais, como é o caso das políticas de salário-mínimo, os benefícios de prestação continuada, o reajuste de aposentadorias e pensões, os pisos constitucionais de saúde e educação;
– reafirmar que é preciso mudar a política de juros e alterar os parâmetros do chamado “arcabouço fiscal”, adotando, no seu lugar, políticas monetária e fiscal que sejam favoráveis ao desenvolvimento e à ampliação do bem-estar social;
– apoiar e participar da luta pela redução da jornada de trabalho e pelo fim da escala 6×1, com manutenção dos salários e empregos;
– ampliar a solidariedade com o povo palestino, intensificar a denúncia do genocídio cometido pelo Estado de Israel, defender o cessar-fogo imediato em Gaza e reafirmar “Palestina livre do rio ao mar”;
– prosseguir na luta pela integração regional latino-americana e caribenha, pelo fim do bloqueio contra Cuba, pelo reconhecimento por parte do Brasil do governo venezuelano, pelo fortalecimento do Foro de São Paulo, pela derrota do imperialismo;
– defender a retomada da política externa altiva e ativa, com ênfase no chamado Sul Global, na África, nos BRICS e nas relações com a República Popular da China, na defesa de uma ordem mundial de paz e desenvolvimento;
– transformar a COP 30, que vai se reunir em Belém do Pará no ano de 2025, numa oportunidade para massificar o debate sobre a necessidade de políticas imediatas, estruturais e radicais de enfrentamento à catastrofe climática, que tem relação direta com o capitalismo e, no caso do Brasil, relação direta com as políticas que beneficiam o agronegócio, as mineradoras, a especulação imobiliária e financeira;
– destacar a necessidade de tomar medidas profundas e velozes para garantir nossa soberania nacional e nosso desenvolvimento, com destaque para a industrialização, que nos liberte da condição de subpotência primário-exportadora e paraíso da especulação financeira;
– reafirmar que nosso combate contra o racismo, o machismo, a misoginia, a lgbtfobia e contra todas as formas de discriminação e preconceito é parte integrante e inseparável da luta para libertar a classe trabalhadora das influências que recebe da classe dominante e exploradora;
– propor ao Partido dos Trabalhadores e das trabalhadoras que faça de 2025 um ano de debate político e trabalho de base, aprofundando nossa conexão com a classe trabalhadora, buscando os setores que se distanciaram de nós e os que nunca estiveram conosco, os que estão sob influência do desalento, da direita tradicional e da extrema-direita;
– orientar a militância da tendência petista Articulação de Esquerda a implementar o plano de trabalho debatido em nossa plenária nacional, com destaque para a participação no PED 2025, com chapas e candidaturas presidenciais em todos os estados do país e em âmbito nacional, comprometidas com a defesa de um PT democrático, revolucionário e socialista.
Em tempos de crise sistêmica, extrema-direita e guerras, a esperança segue vermelha.
Brasil, 24 de novembro de 2024
9.Agenda
29/11 11h00 reunião sobre emendas ao regulamento do PED
29/11 18h30 AE São Caetano (SP)
30/11 9h DR do PT SP
30/11 14h Reunião DEAE -Rio Grande do Sul
30/11 14h reunião com DSA dos EUA na FPA
1/12 19h executiva nacional da AE
2/12 21h Manifesto Petista
5 e 6/12 seminário nacional do PT em Brasília
7/12 reunião do DN do PT em Brasília
9/12 21h Manifesto Petista
10/12 atos público sem anistia
13/12 19h reunião da AE em São José dos Campos (SP)
14/12 9h plenária da AE Sergipe em Aracaju
14/12 9h plenária da AE Santo André
14/12 14h plenária da AE em Campinas (SP)
15/12 9h atividade em Contagem (MG)
15/12 19h reunião da DEAE SP
16/12 21h live do Manifesto Petista
17/12 19h00 plenária da AE Diadema
19/12 19h00 debate sobre conjuntura no Congresso do MST Ceará
25/1/25 18h reunião da direção estadual da AE SP
1/2/25 15h plenária na capital
1/2/25 sai o P13 de fevereiro
4/2/25 recomeça o Antivírus
7/2/25 sai o primeiro podcast do ano
8/2/25 15h00 plenária em Osasco (SP)
11/2 a 14/2 Jandyra vai a Natal (RN)
28/11 16h30 Antivírus
29/11 18h30 AE São Caetano (SP)
30/11 9h DR do PT SP
30/11 14h reunião com DSA dos EUA na FPA
1/12 19h executiva nacional da AE
2/12 21h Manifesto Petista
5 e 6/12 seminário nacional do PT em Brasília
7/12 reunião do DN do PT em Brasília
9/12 21h Manifesto Petista
10/12 atos público sem anistia
13/12 19h reunião da AE em São José dos Campos (SP)
14/12 9h plenária da AE Sergipe em Aracaju
14/12 9h plenária da AE Santo André
14/12 14h plenária da AE em Campinas (SP)
15/12 9h atividade em Contagem (MG)
15/12 19h reunião da DEAE SP
16/12 21h live do Manifesto Petista
17/12 19h00 plenária da AE Diadema
19/12 19h00 debate sobre conjuntura no Congresso do MST Ceará
25/1/25 18h reunião da direção estadual da AE SP
1/2/25 15h plenária na capital
1/2/25 sai o P13 de fevereiro
4/2/25 recomeça o Antivírus
7/2/25 sai o primeiro podcast do ano
8/2/25 15h00 plenária em Osasco (SP)
janeiro/fevereiro: em data a definir, plenária virtual dos comunicadores da AE, com a presença de 1 responsável por comunicação de cada direção municipal e estadual;