Feminismo para tempos de guerra: Mulheres na luta pela revolução do bem viver!

Por Mulheres da Juventude da Articulação de Esquerda

1.A nossa luta é todo dia e nossos passos vêm de longe!

A história de luta das mulheres brasileira se confunde com a história de mais de 500 anos dessa terra, e durante todo esse tempo, mulheres viveram às margens, mas resistentes a todas as tentativas de violências e roubo de nossas vidas, territórios, saberes e direitos. Lutar por nossas vidas é lutar por soberania popular, e por uma nova sociedade possível com o direito de vivermos dignamente. O Feminismo é a chave revolucionaria para um Brasil do povo, uma América Latina livre e um mundo melhor

As lutas populares nunca cessaram, mas as experiências de governos populares que tivemos nos últimos 25 anos na America Latina, geraram uma violenta reação arquitetada internacionalmente pela extrema direita com tentativas de golpes de Estado, sanções, retiradas de direitos e a implementação de uma agenda racista e misógina que visa o extermínio e abuso dos mais pobres, afetando principalmente mulheres negras e indígenas, nossas crianças, mulheres trans, em situação de rua e em vulnerabilidade. Neste conflito entre o capital e a vida, esses setores do fascismo buscam aumentar o lucro e a desigualdade com privatizações, precarização do trabalho, destruição ambiental, financeirização da natureza e militarização. Contra toda essa exploração, resistir é um dever! 

2.Feminismo para uma universidade democrática!

Dentro das universidades a luta é diária! Lutar para permanecer e se formar é uma batalha que milhões de mulheres, jovens ou não, enfrentam com muita garra, mas também com esgotamento e exaustão. Por isso é fundamental garantirmos o fortalecimento das politicas de acesso, assistência e permanência estudantil para nossas mulheres. As universitárias provam que é possível produzir ciência, tecnologia, pesquisa, cultura e garantir uma universidade em expansão com ensino de qualidade, democrático e popular mesmo diante de tantas dificuldades.

Torna-se fundamental fortalecer o projeto de uma universidade segura e livre de racismo e misoginia. Oferecer segurança desses espaços de maneira que nossas mulheres se sintam protegidas e asseguradas de seus direitos ao estudo é estrutural para o funcionamento da educação superior brasileira. 

Alunas mães driblam as inúmeras dificuldades colocadas por modelos de universidades cada vez mais elitizados, sucateados e excludentes, com professores que praticam violências e assédios morais, chegando até a expulsa-las de sala de aula ao verem que as mesmas tiveram que levar seus filhos por não terem com quem deixa-los. Mulheres trans ainda lutam pelo direito básico de poderem usar seus nomes sociais e banheiros conforme o seu gênero indica, e além das mulheres PCDs que tentam sobreviver nos estudos não tendo mínimo de acessibilidade nos espaços universitários, entre tantas outras dificuldades que enfrentamos.

As lutas são diversas, mas não dispersas; o Movimento Estudantil necessita estar à altura das urgências que atravessam a vida e experiência de todas as mulheres na universidade sendo ela publica ou privada, a partir da formulação de um projeto de Universidade que seja verdadeiramente para nós e feita por nós. Defendendo permanentemente os direitos dos estudantes, lutando incansavelmente por mais permanência estudantil, com assistência de qualidade, segurança e, com disciplina revolucionária, garantir uma universidade para o povo

3.O Feminismo em marcha pelo mundo: a libertação dos povos, soberania dos territórios e preservação da vida. Do Rio ao Mar: Palestina Livre! 

O Imperialismo mata crianças e mulheres todos os dias, e não podemos deixar de nos indignarmos com o sistema de morte imposto seja no Brasil, na Palestina, no continente Africano ou em qualquer parte do mundo. Por isso, nossa solidariedade não deve encontrar fronteiras! Nossa luta é por um feminismo socialista e internacionalista!

Mulheres e crianças palestinas inocentes passam pelas mais brutais formas de torturas aplicadas pelo governo de “israel”; desde estupros, prisões ilegais, desaparecimento e morte suas famílias junto com a fome como arma para o extermínio. A resistência palestina é uma causa feminista e por tanto, nós mulheres brasileiras e latino americanas nos solidarizamos com nossas companheiras palestinas e mulheres de todo mundo que resistem diariamente. O Imperialismo também nos ataca e viola nossos territórios e natureza, e para supera-lo é necessário união e organização de nossa revolta. Exigimos CESSAR FOGO IMEDIATO na Palestina e Líbano, bem como não aceitaremos mais o bloqueio à Cuba, que vem retirando a mais de 60 anos a possibilidade de avanços econômicos e sua autonomia politica global.

É urgente mobilização permanente para garantir que todos os Estados responsáveis pela exploração do povo palestino e de toda a humanidade paguem por seus crimes.

Validaremos toda a forma de resistência contra todo tipo de exploração. Não abandonar nossas bandeiras e causas, faz com que nossa luta se fortaleça e nós temos a certeza: o povo vencerá!

CESSAR FOGO IMEDIATO! 

DESBLOQUEIO A CUBA! 

CONTRA AS EXPLORAÇÕES DA AFRICA E AMÉRICAS! 

4. Conclusão

Nossa tarefa é central: enfrentar o patriarcado, o racismo e o neoliberalismo fascista apresentando novos modelos de vida possíveis, respeitando a realidade e diversidade cultural dos povos. Resistiremos contra os abusos do Estado, contra o fascismo neocolonial que insiste em usurpar nossos direitos, territórios e invisibilizar nossas culturas. Nos manteremos altivas para enfrentarmos os desafios necessários para a superação do imperialismo ao redor do mundo.

Sabemos que precisamos uns dos outros para promover transformações reais, criando modelos de produção que não sejam extrativistas e que respeitem a natureza, vidas e territórios. Com preservação ambiental, pela vida das mulheres, por uma educação democrática, popular e com diversidade cultural, contra a militarização de nossos corpos continuaremos em Marcha até que todas e todos sejamos livres!

 

Respostas de 4

  1. Parabéns à Articulação de Esquerda pelo excelente texto. É importante mostrar que realmente todas essas estão conectadas, e assim a sociedade,e, principalmente, os movimentos dociais organizados precisam compreender que as lutas identitárias não são r não drvem ser tratadas lutas isoladas, e sim como parte de uma guerra que é travada contra a exploração capitalista que é estruturalmente patriarcal, misógina, machista, racista, homofóbica , antiambientalista, enfim, excludente, destruidora de um modo geral de as classes e grupos sociais não dominantes!

  2. Sim,.muitas frentes revolucionármos: Racismo, Palestina, Iran, Feminismo, sim e agora no Brasil? Para o desenvolvimento sustentável,?? temos alguma Bandeira aí, para lutarmos,.alguns projetos para o Brasil???

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