Pesquisa GenialQuaest: nada de novo, nada de bom

Por Valter Pomar (*)

Acaba de ser divulgada nova pesquisa GenialQuaest.

Segundo esta pesquisa, caiu a “aprovação do trabalho que o presidente Lula está fazendo”.

Aprovam: 47.

Desaprovam: 49.

As categorias em que prevalece a aprovação são: nordestinos, até dois salários mínimos, pessoas pretas, 60 anos ou mais, católicos, pessoas que não têm religião, pardos e mulheres.

Segundo a mesma pesquisa, a avaliação do governo Lula está assim: 37% negativa, 31% positiva e 28% regular.

Metade dos pesquisados acha que “o Brasil está indo na direção errada”.

Já 39% acha que estamos indo na direção certa. E 11% dos entrevistados não sabem responder.

Sobre as promessas de campanha, 65% diz que Lula não está conseguindo fazer aquilo que prometeu, contra 30% que acha que Lula tem conseguido.

Confirmando a polarização, 47% acha que Lula seria “bem intencionado”, contra 46% que acha que ele não seria bem intencionado.

Por óbvio, 43% dos entrevistados têm visto mais notícias negativas sobre o governo, contra 28% que assistem notícias positivas e 25% que não têm ouvido notícias.

A notícia negativa mais citada, bidu, é sobre o pix: 66% acham que o governo “errou mais diante de toda polêmica envolvendo o pix”.

Dos entrevistados, 39% acham que a economia do país piorou e 32% acham que ficou na mesma. Só 25% acham que melhorou.

E 83% acham que o preço dos alimentos subiu.

A pesquisa traz outras informações.

Nenhuma delas pode ser considerada positiva.

Mas a verdade é que nenhuma delas pode ser considerada novidade.

Ainda que nesta pesquisa tenhamos cruzado de vez a linha vermelha, o fato é que todas as pesquisas feitas desde janeiro de 2023 até janeiro de 2025 já indicavam que, sem mudanças em nossa atuação, corremos enormes riscos em 2026.

Ou risco de uma vitória em piores condições do que as atuais.

Ou risco de uma derrota.

(Enquanto isso, o Banco Central pede mais independência.)

Que mudanças devemos fazer?

Há quem acredite que bastariam pequenos ajustes, que nos permitam chegar melhor em 2026. Como há quem acredite que nosso problema seria, essencialmente, de “comunicação”.

Ilusão.

Especialmente em tempos de Trump (the winter is coming), ou fazemos mudanças profundas e rápidas na estratégia política, ou “não há como dar certo”.

Espero que esta seja a opinião majoritária da Nação Petista, que em 6 de julho de 2025 vai eleger uma nova direção para o Partido dos Trabalhadores.

(*) Valter Pomar é professor e membro do diretório nacional do PT

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