Por Valter Pomar (*)
Brasil e Colômbia divulgaram nova nota sobre a situação na Venezuela. A nota diz, entre outras coisas, o seguinte:
A íntegra da nota pode ser lida aqui:
O companheiro Celso Amorim foi além e disse que uma eventual detenção de González “seria uma prisão política, e nós [Brasil] não aceitamos prisões políticas”.
As declarações de Celso estão aqui:
Além da discussão sobre a situação da Venezuela e, também, sobre a conveniência de um alto funcionário público brasileiro opinar desta forma sobre legítimas decisões judiciais adotadas em outro país, a declaração do companheiro Amorim merece ser analisada a partir de outro ângulo. A saber: se um desrespeito a lei não pode ser punido, sob pena de caracterizar uma supostamente inaceitável “prisão política”, como ficam os culpados pela intentona de 8 de janeiro?
A depender da resposta, certas críticas contra a justiça venezuelana podem percorrer trajetória parecida com a de um bumerangue.
(*) Valter Pomar é professor e membro do diretório nacional do PT