44 anos: segue a luta!

Por Valter Pomar (*)

Em 1966, quando completou 44 anos, o Partido Comunista estava na ilegalidade e o principal dirigente comunista brasileiro, Luís Carlos Prestes, encabeçava a lista dos cassados e caçados.

Naquele momento, os comunistas – brasileiros, do Brasil ou espalhados por outras organizações – tinham como uma de suas principais tarefas salvar a si mesmos e a suas organizações, da perseguição assassina da ditadura militar.

Em 2024, quando completa 44 anos, o Partido dos Trabalhadores é o mais popular partido brasileiro e seu principal dirigente, Lula, exerce pela terceira vez o mandato presidencial.

Apesar disso, ou por causa disso, a nação petista – pessoas filiadas, as que são petistas sem estarem filiadas e, inclusive, as que deixaram e querem superar o PT, mas seguem gravitando ao redor do Partido – tem hoje, como uma de suas principais tarefas, enfrentar os defensores do golpe e da ditadura militar.

Guardadas as imensas diferenças, a comparação entre os dois aniversários (o de 1966 e o de 2024) serve para nos lembrar como são poderosas e perenes certas estruturas de poder nesse país. E também serve para destacar como, seja nas ditaduras abertas, seja nas democracias restritas, a classe dominante faz de tudo para preservar seus interesses.

Motivos pelos quais, se queremos defender a democracia, não podemos pegar leve, não podemos baixar a guarda, não podemos passar o pano e, principalmente, não podemos esquecer todos os motivos pelos quais defendemos as mais amplas liberdades democráticas.

Repito aqui as palavras do nosso Manifesto de Fundação: “a Nação é o povo” e, por isso, “o país só será efetivamente independente quando o Estado for dirigido pelas massas trabalhadoras“. O PT “pretende chegar ao governo e à direção do Estado para realizar uma política democrática, do ponto de vista dos trabalhadores, tanto no plano econômico quanto no plano social. O PT buscará conquistar a liberdade para que o povo possa construir uma sociedade igualitária, onde não haja explorados nem exploradores“.

Nem todos os petistas leram ou lembram disso. Alguns dos que leram, talvez queiram esquecer ou até já tenham esquecido, preferindo a defesa de uma democracia em abstrato, sem adjetivos e sem relação alguma com o socialismo. Mas a classe dominante e seus funcionários, fardados ou não, seguem aí para nos ajudar a lembrar em que margem do rio estamos todas aquelas pessoas que de fato constroem nosso Partido dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Por tudo isso e por muito mais, aos 44, segue a luta.

Viva a classe trabalhadora!

Viva o PT!

Viva o socialismo!

(*) Valter Pomar é professor e membro do diretório nacional do PT

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *