Companheiras/os:
Seguem abaixo os links com os projetos de resolução da Direção Nacional da Articulação de Esquerda (DNAE) ao 5º Congresso Nacional da AE.
A programação do congresso prevê o debate dos três projetos de resolução, a saber:
1. Situação política e tarefas (programa, estratégia, tática)
2. Construção e disputa de rumos do PT
3. Balanço da situação interna, tarefas e composição da nova DNAE
Em conjunto, os dois primeiros projetos de resolução, integrados depois de debatidos, emendados e aprovados no 5º congresso da AE, deverão compor nossa pré-tese ao 7º Congresso do PT.
Conclamamos a militância da tendência a debater os projetos de resolução nos congressos municipais/intermunicipais e também enviar suas contribuições para a Tribuna de Debates do 5º Congresso Nacional da AE (enviar para redacao@pagina13.org.br)
Saudações petistas
Direção Nacional da Articulação de Esquerda do PT
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Apresentação
No dia 8 de setembro de 2019, o Partido dos Trabalhadores elegerá as delegadas e os delegados que participarão de seu 7º Congresso Nacional, convocado para os dias 22, 23 e 24 de novembro de 2019.
Também no dia 8 de setembro, serão eleitos os delegados e as delegadas que participarão dos congressos estaduais do Partido, que ocorrerão simultaneamente, nos dias 19 e 20 de outubro de 2019.
No mesmo dia 8 de setembro, os filiados e as filiadas ao PT em todo o país vão escolher os diretórios municipais e zonais do Partido, bem como os respectivos presidentes e presidentas.
Poderá votar no dia 8 de setembro, todo mundo que já for filiado ao PT, ou que venha a se filiar até o dia 8 de junho de 2019.
Ainda não foi aprovado, pelo Diretório Nacional do PT, o regulamento detalhando quando devem ser inscritas as teses e as chapas que buscarão o voto dos filiados e filiadas.
Mesmo assim, a tendência petista Articulação de Esquerda aprovou esta tese referente à “situação política e tarefas – programa, estratégia e tática”, para debate no 7º Congresso do Partido dos Trabalhadores, que comporá, juntamente com a tese “a construção e a disputa de rumos do PT’, o conjunto da nossa contribuição ao debate do congresso partidário.
Evidentemente, trata-se de um texto sujeito a alterações de forma (para adequar aos tamanhos que sejam estabelecidos no regulamento do Congresso do PT) e alterações de conteúdo (incorporando novos temas e atualizando questões). Estas alterações serão feitas pela direção nacional da Articulação de Esquerda.
Nossa tese chama-se EM TEMPOS DE GUERRA, A ESPERANÇA É VERMELHA.
Este nome funde duas ideias, que vem sendo desenvolvidas pelas resoluções da tendência desde 2005 (“a esperança é vermelha”) e desde 2015 (“tempos de guerra”).
Desde 2005, a Articulação de Esquerda vem defendendo que o Partido dos Trabalhadores aprove e implemente uma nova estratégia. Esta nova estratégia deve ter por objetivo disputar o poder, não apenas o governo. Deve basear-se na auto-organização, mobilização e consciência da classe trabalhadora, não em alianças com setores da classe dominante. E deve ter como objetivo realizar reformas estruturais na sociedade brasileira, numa direção socialista.
Desde 2015, a Articulação de Esquerda vem afirmando que a classe dominante brasileira mudou de estratégia e não aceita mais conviver com uma esquerda que seja alternativa de governo e que possa vir a ser alternativa de poder. Esta mudança de estratégia, por parte da classe dominante, tornava ainda mais urgente e necessário que o PT mudasse de estratégia.
Lamentavelmente, a maioria do Partido dos Trabalhadores – influenciado especialmente pelo grupo que ainda hoje segue controlando o Diretório Nacional do Partido – subestimou as ameaças e manteve, no fundamental, a mesma orientação estratégica. A maioria do Partido não percebeu que os sucessos parciais que a estratégia antiga nos proporcionou, só foram possíveis numa situação que não existia mais. Uma estratégia baseada na conciliação de classe supõe que o outro lado queira, pelo menos, conciliar.
O resultado foi catastrófico: ganhamos a eleição de 2014 e adotamos, logo em seguida, uma política econômica que prejudicou nossos eleitores, sem ganhar um único apoio entre nossos opositores. Depois sofremos o golpe do impeachment; a condenação, prisão e interdição da candidatura de Lula; e a derrota para Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018.
Apesar disso, seguem existindo dentro do PT pessoas e grupos que agem como se as coisas continuassem “como antes, no quartel de Abrantes”.
Parecem acreditar que vamos derrotar o governo Bolsonaro usando os mesmos métodos que utilizamos para derrotar os governos tucanos. Não percebem que o governo Bolsonaro tem por trás de si uma ampla coalizão de forças, que não quer apenas nos derrotar, quer nos destruir. Não se dão conta de que só enfrentaremos e derrotaremos este governo, se conseguirmos recuperar os apoios que perdemos junto a classe trabalhadora; e que só conseguiremos isso se mudarmos profundamente nossos métodos de trabalho, de organização, de contato com a população.
Não percebem que vivemos “tempos de guerra”. Ou, se percebem, não tiram as consequências práticas disto. E resistem a adotar uma nova estratégia. Por isso, também resistiram o máximo que puderam a convocar o 7º Congresso. E, pelo mesmo motivo, não vão se esforçar no sentido de fazer do 7º Congresso um momento de debate realmente profundo.
Nossa atitude – não apenas da tendência petista Articulação de Esquerda, mas também dos demais setores que lutaram pela realização do 7º Congresso – deve ser outra, completamente diferente.
Queremos um congresso que atualize nossa visão sobre o mundo, sobre a América Latina e sobre o Brasil. Que faça um balanço da atuação do PT no último período. Que aponte com qual programa e com qual estratégia vamos enfrentar a coalizão golpista. E que detalhe as mudanças organizativas que se fazem necessárias, para que o PT continue sendo o principal representante da classe trabalhadora brasileira.
As teses a seguir são nossa contribuição neste sentido.
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Projetos de Resolução ao 5° Congresso Nacional da AE (Clique nos LINKS para acessar):
1. Situação política e tarefas (programa, estratégia e tática)
2. A construção e a disputa de rumos do PT
3. Balanço da situação interna, tarefas e composição da nova DNAE
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Leia também as contribuições da militância ao 5º Congresso da AE na Tribuna de Debates