60 socos e a urgência de mobilização

Mais um caso alarmante de violência contra a mulher nos choca.

Juliana foi brutalmente agredida por seu ex-companheiro, que desferiu, ao menos, 60 socos em seu rosto, deixando-a desfigurada.

Essa atrocidade — ocorrida, diga-se de passagem, à luz do dia, em um elevador com câmeras — nos lembra, mais uma vez, do sombrio momento que vivenciamos no Brasil. 2024 registrou 1.492 feminicídios (excluem-se aqui as tentativas), o maior número de mortes por violência de gênero desde 2015. 2024 somou 87.545 vítimas de estupro, o maior número já registrado desde 2011.

Pela primeira vez na história, estudos indicam que as gerações mais jovens são mais misóginas do que as gerações mais velhas, à revelia de décadas de luta feminista.

O cenário é de urgência. Urgência de luta ativa. Urgência de discussão e debate. Urgência de um movimento de mulheres; forte, organizado e mobilizado. Também, fundamentalmente, urgência de reformulação.

É preciso questionar se nossos esforços estão, de fato, concentrados em ações que gerarão resultados efetivos a longo prazo e se, diante do atual contexto, ajustes de rota não se fazem absolutamente necessários.

Diante de tudo, com revolta, seguimos firmes. Sem jamais abaixar a cabeça.
O feminismo é — como sempre foi — para tempos de guerra.

Coletivo da Secretaria de Mulheres da AE/PR

Respostas de 3

  1. É importante não chamar de COMPANHEIRO, um homem criminoso, violento, machista e misógino.

    Companheiro não agride e nem mata.

    Chame-o apenas de ex marido ou ex namorado.

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