Por Michelle Catarine Machado (*)
No evento de filiação, Érika Kokay, Chico Vigilante, Leandro Grass, Jacy Afonso e Guilherme Sigmaringa dividiram o palco com outras lideranças políticas e apoiadores, todos sentados lado a lado em cadeiras transparentes. Ao fundo, um grande telão vermelho destacava o símbolo do PT e o nome Leandro Grass, acompanhado de imagens de militantes, reforçando o clima vibrante e simbólico da atividade.
Na noite desta quinta-feira, 21 de agosto, o Teatro dos Bancários foi palco de um dos momentos mais emocionantes e significativos da política recente do Distrito Federal: a filiação de Leandro Grass ao Partido dos Trabalhadores. Não foi apenas uma cerimônia formal, mas uma celebração coletiva, repleta de arte, música e emoção.
Um dos momentos mais emocionantes foi a exibição de um vídeo sobre a trajetória de Leandro, com depoimentos de sua mãe, de amigos, de lideranças políticas e de sua esposa. O filme resgatou a história de um jovem brasiliense, professor, deputado distrital e candidato ao governo em 2022, que agora soma sua caminhada ao PT com a convicção de construir um futuro mais justo e inclusivo para o Distrito Federal.
A presença de lideranças do PSOL e do Partido Verde deu ao ato de filiação um caráter ainda mais simbólico. Em tempos de polarização, ver diferentes forças progressistas dividindo o mesmo espaço mostrou que a esquerda está disposta a superar diferenças e construir convergências. Mais do que a entrada de Leandro no PT, a noite foi a reafirmação de que a unidade entre PT, PSOL e Verde é fundamental para transformar o DF, consolidando um projeto coletivo que une militância, diálogo e compromisso democrático. Foi um gesto de maturidade política que renovou a esperança e fortaleceu o campo popular para os desafios que virão.
Leandro Grass terá pela frente desafios internos e externos após sua filiação ao PT. Dentro do partido, precisará conquistar espaço entre as diferentes correntes e dialogar com uma militância tradicionalmente ativa e exigente. No cenário externo, o principal desafio será articular a unidade da esquerda em uma chapa única para 2026. Na eleição de 2022, quando disputou o governo do DF pelo Partido Verde, Grass recebeu mais de 430 mil votos e ficou a apenas 5 mil de alcançar o segundo turno, enquanto o PT somou pouco mais de 15 mil votos. Os números evidenciam que a consolidação de uma candidatura única da esquerda pode ser decisiva para ampliar as chances na próxima disputa.
(*) Michelle Catarine Machado é militante petista no Distrito Federal