A Carta Capital e a “renovação do mandato”

Por Valter Pomar (*)

Reunião do diretório nacional do PT em 13 de fevereiro de 2023

Carta Capital publicou uma informação incorreta.

A referida incorreção está aqui: https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/pt-renova-mandato-e-gleisi-fica-na-presidencia-do-partido-ate-2025/

Lá está dito o seguinte “O PT decidiu nesta segunda-feira 13 renovar os mandatos da direção nacional e das direções estaduais por dois anos. A medida foi formalizada durante reunião do Diretório Nacional”.

Não é verdade que o PT decidiu renovar os mandatos.

O que o Diretório Nacional do PT decidiu foi prorrogar os mandatos das direções nacional e estaduais.

As atuais direções foram eleitas em 2019, para um mandato de quatro anos.

Portanto, neste ano de 2023 deveriam ocorrer eleições.

Mas o Diretório Nacional do PT, por maioria de votos – mas não por unanimidade – decidiu prorrogar os mandatos nacional e estaduais.

Sobre os mandatos municipais, haverá nova discussão e deliberação.

Com isto, os dirigentes nacionais e estaduais eleitos em 2019 ficarão até 2025.

Votei contra esta prorrogação e expliquei os motivos na própria reunião.

Entendo, embora discorde, os motivos de quem defendeu prorrogar.

Assim como entendo os motivos de quem traduz “prorrogar” por “renovar”.

É o famoso “dourar a pílula”.

A última vez que se fez isso foi, que eu recorde, em 2003. O mandato foi prorrogado até 2005.

Não é um bom precedente.

Vida que segue.

(*) Valter Pomar é professor e membro do diretório nacional do PT

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