Por Página 13 (*)
No dia 17 de janeiro de 2020, em reunião realizada em São Paulo, o PT dava posse aos novos integrantes do Diretório Nacional e elegia a atual Comissão Executiva Nacional.
Na ocasião, foi convidado, para o debate de conjuntura e eleições, o cientista político e “especialista” em cenários eleitorais, e hoje colunista da revista Veja, Alberto Carlos Almeida.
De lá para cá, já foram muitas as posições e declarações no mínimo polêmicas emitidas por Almeida. Entre elas, podemos destacar a publicada em outubro do ano passado, quando criticou o Auxílio Emergencial de R$ 600 e defendeu um valor menor para o benefício, ao mesmo tempo que rechaçava medidas que recaíssem sobre os bancos e o sistema financeiro (mais detalhes aqui ).
Hoje, Almeida voltou à tona ao atacar o socialismo em Cuba e ao defender a derrubada do governo comunista. Escreveu ele em sua conta no twitter: “A eventual derrocada do regime de Cuba será muito boa para a esquerda nos países democráticos, pois será mais um sistema indefensável que deixará de existir: acabará o desgaste por defender algo antigo, ultrapassado e que se sustenta apenas graças à repressão estatal”.
A questão que fica: Almeida já pensava isso sobre Cuba e sobre os outros temas naquela época em que foi convidado à importante reunião do Diretório, que debatia o cenário político nacional e a nossa tática, ou simplesmente passou a ter essas opiniões posteriormente? Sabendo dessas e outras opiniões, o Diretório Nacional e dirigentes do Partido ainda avaliam que tenha sido pertinente convidá-lo para os nossos fóruns internos, a fim de contribuir para formular as nossas posições?
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