Jornal Página 13 de abril: “Ditadura nunca mais!”

Saiu o jornal Pagina 13 de abril, de número 240 ( baixe aqui ). A edição traz a resolução aprovada pela direção nacional da tendência petista Articulação de Esquerda, no dia 27 de março de 2022; um artigo analisando a trajetória do golpismo no Brasil;  e outro tratando, especificamente, do golpe de 2016 e o papel que algumas classes  jogaram nele.

Há também um entrevista com Jandyra Uehara, secretária nacional de políticas sociais e direitos humanos da CUT, sobre as consequências sofridas pela classe trabalhadora brasileira com o golpe de 1964 e a ditadura militar. Por fim, uma análise sobre o serviço público e a garantia de direitos à classe trabalhadora poderá ser igualmente lida.

Abaixo, o leitor e a leitora podem conferir o editorial deste número, sob o título: “Ditadura nunca mais!”

BOA LEITURA!

EDITORIAL

Ditadura nunca mais!

Esta edição do Página 13 começou a circular no dia 31 de março de 2022. Na véspera começou a circular a “ordem do dia” assinada por quatro comandantes militares, reafirmando a versão segundo a qual o “movimento” militar de 1964 foi feito em defesa da democracia, uma reação ao autoritarismo da esquerda.

A ordem do dia confirma que a cúpula das forças armadas e grande parte de seus integrantes não tem nenhum compromisso com as liberdades democráticas. Se isto é assim, 58 anos depois do golpe de 1964, é porque a classe dominante brasileira, em suas diferentes frações, é cúmplice dessa conduta.

Mesmo os setores autoproclamados democráticos da classe dominante, como é o caso de um conhecido golpista e neoliberal recém-convertido em “socialista”, optaram por não punir os golpistas, os torturadores, os assassinos, os liberticidas. Um dos efeitos disso é, hoje, termos Bolsonaro e seu governo. Outro efeito é uma política de segurança militarizada, que trata a maioria do povo de forma mais violenta do que a adotada contra o inimigo em uma guerra.

Por isto, mais importante do que falar em “ditadura nunca mais” é adotar medidas efetivas para transformar profunda e radicalmente as forças armadas e policiais, na linha do programa proposto na resolução aprovada pela direção nacional da tendência petista Articulação de Esquerda publicada nesta edição de Página 13.

Impedir golpes futuros exige ações concretas, a começar por não ter nenhuma ilusão no suposto compromisso democrático da classe dominante, nos seus representantes políticos e nos seus instrumentos de poder.

Os editores

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