Lula, Dilma e a (im)paciência

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Lula, Dilma e a (im)paciência

Lula, Dilma e a (im)paciência

Por Valter Pomar (*)

Recomendo a todo mundo ouvir a entrevista dada por Lula hoje, 26 de janeiro, à rádio CBN do Vale do Paraíba.

A entrevista pode ser ouvida neste link:

https://youtu.be/phsLZpGTrPQ

A entrevista – pela forma e pelo conteúdo – confirma os motivos pelos quais muita gente vai votar em Lula, eu inclusive.

Isto posto, há três passagens da entrevista que me chamaram a atenção.

A primeira delas é o que Lula fala sobre Alckmin.

Podemos ou não concordar com entregar a vice para Alckmin (eu não concordo).

Mas a maneira como Lula aborda o assunto na entrevista para a CBN “valoriza” excessivamente o “passe” do cidadão.

Se foi essa a intenção, seria na minha opinião um duplo erro.

Outra passagem que me chamou a atenção é sobre como enfrentar o desemprego.

Lula disse  que fará de tudo para acabar com o desemprego.

Menos, segundo entendi, fazer um “plano emergencial para gerar emprego”.

Nesse caso, o ritmo de geração de empregos dependeria excessivamente dos “mercados”, cabendo ao governo criar o ambiente, estimular e até financiar.

A prudência indica o contrário: o tema da fome e do desemprego precisam ter solução muito veloz e só a ação direta do Estado pode garantir isso.

A terceira passagem da entrevista que me chamou a atenção foi sobre Dilma.

O tema tem vários aspectos, vou me limitar a um.

Em meio a vários elogios à companheira Dilma, Lula diz o seguinte: “Aonde que a companheira Dilma, na minha opinião, erra? É na política. Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar, para ouvir as pessoas dizerem não, para atender as pessoas mesmo quando você não gosta do que elas estão falando.”

Eu nunca trabalhei nem com Lula, nem com Dilma, então não tenho tantos elementos pessoais para opinar. Mas já ouvi inúmeros relatos a respeito dos respectivos estilos.

E a conclusão que tiro destes relatos e da fala de Lula acerca do que ele considera “erro” – a falta de paciência de Dilma – é a seguinte: não importa como a gente aja, não importa se somos simpáticos ou antipáticos, se somos pacientes ou impacientes, a classe dominante passa a régua.

Dilma foi presa durante a ditadura militar.

Lula também foi preso durante a ditadura.

E Lula foi preso durante a “democracia”.

Portanto, não é exatamente com “paciência” e “conversa” que se consegue resolver determinados problemas.

(*) Valter Pomar é professor e membro do diretório nacional do PT

Este post tem um comentário

  1. Luiz Mattos

    Na ditadura nunca votei por crer que o MDB a validava,sempre votei no PT mas com Geraldo não voto. Geraldo representa tudo que lutamos contra,Geraldo foi agressivo odioso e mentiroso em relação a Lula ao PT e a militância. Votar em Geraldo fere meu caráter minha honra e me envergonha. Lula está dividindo a militância,pessoas se agridem verbalmente nos sites e nas redes sociais. Lembro que o militante mais ideológico,mais aguerrido é quem enfrenta a PM nas ruas e dela apanhou por Lula e por Lula viajou a Curitiba lhe dando Bom Dia. Lula desafia essa militância ao dizer que após tudo concluído voltaremos sorrindo. Lula se engana, poderia vencer no primeiro turno mas muitos vão lhe dar a resposta levando essa eleição que NUNCA precisou da direita para o segundo turno. Lula brinca com nossa ideologia e zomba de nosso pensamento. De mim perdeu o respeito a admiração e o voto.

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