Por Sílvia Rodrigues Fernandes (*)
No contexto da pandemia da COVID-19, o reconhecimento da centralidade da pauta da saúde torna-se cada vez mais essencial para construção do socialismo.
Essa perspectiva vem sendo proposta no sentido de alinhar, ao lado da constituição de um Sistema de Saúde nacional socializado, a estratégia econômica e tecnológica para constituição de um complexo industrial no Brasil que vise o bem comum e as necessidades em saúde da classe trabalhadora. Outro aspecto que urge é a concretização de um sistema de proteção social verdadeiramente público, sustentado, com participação social e livre do processo de mercantilização e parasitismo do setor privado.
A reversão dos processos de privatização na estrutura organizacional do Sistema Único de Saúde (SUS) é essencial, tanto para modificar o desfinanciamento das políticas sociais ancorado na institucionalidade liberal vigente, como para produzir um modelo de atenção em saúde estruturado no acesso universal, integral e igualitário às políticas sociais nos territórios.
O PT precisa fortalecer suas instâncias partidárias para defender o SUS e apresentar um programa radical que enfrente o empresariado da saúde, responsável direto no cerceamento de nossos direitos. Neste processo de eleição da direção do Setorial de Saúde do PT, o Coletivo Luta Saúde se apresenta como uma alternativa para aqueles que buscam um PT sintonizado com o seu desafio histórico e que objetiva organizar nossas fileiras para as agendas de luta.
Convidamos os defensores do SUS a lutar conosco para inserir, novamente, a Saúde como prioridade, numa iniciativa petista cuja proposição de desenvolvimento assente-se na reconstrução e transformação nacional, num programa que vise a defesa da vida de todos os brasileiros e de todas as brasileiras.
Saúde e negócios privados não combinam!
(*) Sílvia Rodrigues Fernandes é assistente social sanitarista.