Página 13 divulga manifesto ao 7º Congresso do PT assinado pelas tendências Articulação de Esquerda, Democracia Socialista, Avante, Novo Rumo, Esquerda Popular Socialista, Militância Socialista e Resistência Socialista, além de diversos dirigentes petistas. Confira a íntegra abaixo:
7o. Congresso: Construir um PT democrático, combativo e socialista.
O 7o. Congresso Nacional do PT # Lula Livre, cuja convocação resultou do clamor das bases partidárias, deve ser um evento decisivo para promover um reposicionamento do partido na conjuntura adversa que atravessamos desde o tríplice golpe desfechado pelas classes dominantes em 2016.
Este deve ser o congresso da ousadia, da combatividade, da definição de uma nova estratégia política, que articule as lutas democrático-populares com as tarefas da construção do socialismo. Que seja um congresso capaz de renovar e reorganizar o PT, de fortalecer suas instâncias de base, de enraizá-lo junto aos movimentos sociais, às mulheres, aos negros, à população LGBTTI, às juventudes.
Queremos um congresso que, desde já, envolva toda a militância num intenso processo de debates, de participação nas campanhas do partido, sobretudo na defesa da libertação de Lula e da anulação da sua condenação.
Neste momento, desafios cruciais necessitam ser enfrentados com prioridade: avançar na oposição ao governo Bolsonaro, como vimos fazendo no enfrentamento à reforma da Previdência e na luta contra os cortes na educação; nas investigações que desmascaram a perseguição judicial a Lula, como na demonstração das manobras de Moro, do MP e da Lava Jato; nas denúncias da fraude eleitoral de 2018, como é o caso agora da CPMI das fake-news, que deverá ser instalada em agosto.
Ao combater o governo antipopular, antinacional e antidemocrático encabeçado por Bolsonaro, buscando ação conjunta com as centrais sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, o PT precisa apresentar uma plataforma emergencial que parta do nosso plano de governo de 2018, focada na defesa do emprego, no combate à destruição da natureza, na distribuição de renda para as classes trabalhadoras e os mais pobres, associada a um programa de reformas democráticas e populares.
O PT precisa aprofundar as resoluções aprovadas no 6o. Congresso, principalmente os temas referentes à reorganização partidária e à estratégia socialista – de tal sorte a inaugurarmos um novo ciclo de disputa de hegemonia das forças de esquerda e populares no qual nosso partido possa ter um papel relevante.
É preciso construir uma nova maioria e realizar um balanço autocrítico sobre nossas experiências de governo; sobre a derrota estratégica de 2016 e sobre a burocratização evidente que afasta as direções das bases, propicia o predomínio do institucional sobre a luta de massas e favorece a conciliação herdada de uma concepção equivocada a respeito do caráter de classes da sociedade brasileira.
Na nossa opinião, a definição de uma nova estratégia – por exemplo, como vamos lidar com os meios de comunicação, o sistema de justiça e as Forças Armadas — e a construção partidária devem constituir, juntamente com uma avaliação da conjuntura, o tripé essencial dos debates na pauta do 7o. Congresso Nacional do PT.
Defendemos a construção de uma alternativa democrática e popular, que seja capaz de enfrentar, derrotar Bolsonaro e eleger um novo governo baseado nas forças das classes trabalhadoras.
Para ter êxito nesta tarefa são imprescindíveis um programa e uma estratégia com a perspectiva do socialismo democrático, bem como um partido socialista democrático e de massas que se forja nas lutas e na consciência de classe. São estes os grandes debates a travar no 7o. Congresso.
A direção nacional a ser eleita no Congresso, para implementar estes objetivos programáticos e estratégicos, terá que funcionar coletivamente, constituindo um núcleo dirigente que não esteja, como hoje, sob o domínio de uma maioria que, sozinha, pretende dirigir e falar pelo partido.
Vamos repensar nossos modelos de direção, nossa formação política, nossa comunicação, nossa política de nucleação e organização setorial, nossas formas de auto-sustentação financeira, enfim, a democratização radical do PT.
É chegada a hora de eleger uma nova maioria, uma nova direção coletiva, capaz de conduzir o PT nestes tempos de crise.
Viva o PT! Lula Livre!
Nós, de diferentes teses, chapas e candidaturas que subscrevemos para o debate o texto acima, queremos contribuir para a realização de um 7o. Congresso mobilizador, renovador e aberto a lutadores e lutadoras por um Brasil democrático, justo e soberano. Lula Livre! Assine nosso manifesto e venha participar conosco.
Assinam:
Articulação de Esquerda
Avante
Democracia Socialista
Esquerda Popular Socialista
Militância Socialista
Novo Rumo
Resistência Socialista
Acrísio Sena, deputado estadual (CE)
Adilson Pires, DN
Adriano de Oliveira, DN
Afonso Florence, deputado Federal (BA)
América Menezes, DN
Arlete Sampaio , deputada estadual (DF)
Arlindo Chinaglia, deputado federal (SP)
Ary Vanazzi, prefeito de São Leopoldo (RS)
Camila Moreno, DN
Carla Ayres, DN e coletivo nacional do setorial LGBT
Carlos Henrique Árabe, CEN
Carlos Neder, suplente deputado estadual (SP)
Carlos Zarattini, deputado federal (SP)
Célio Alves de Moura, deputado federal (TO)
Cícero Balestro, DN
Dionilso Marcon, deputado federal (RS)
Dr. Rosinha, presidente estadual do PT PR
Dr. Jean Freire, deputado estadual (MG)
Edegar Pretto, deputado estadual (RS)
Elen Coutinho, DN
Elmano de Freitas, deputado estadual (CE)
Elói Pietá, DN
Elvino Bohn Gass, deputado federal (RS)
Eric Moura, DN
Frei Anastácio, deputado federal (PB)
Gabriel de Medeiros, DN
Helder Salomão, deputado federal (ES)
Ilana Ferro, DN
Iran Barbosa, deputado estadual (SE)
Iriny Lopes, deputada estadual (ES)
Isolda Dantas, deputada estadual (RN)
Ivan Alex Lima, CEN
Jacó, deputado estadual (BA)
Jandyra Uehara Alves, DN e direção da CUT
Janete Rocha, DN, vereadora Guarulhos (SP)
Jeferson Fernandes, deputado estadual (RS)
João Daniel, deputado federal e Pres. do PT (SE)
João Grandão, suplente deputado estadual (MS)
Jorge Florêncio, DN
Jorge Solla, deputado federal (BA)
José (Zé) Carlos, deputado federal (MA)
José (Zé) Raimundo Fontes, deputado estadual (BA)
José (Zé) Ricardo, deputado federal (AM)
José Américo, deputado estadual (SP)
José Fritsch – ex-ministro da Pesca e Aquicultura do governo Lula
José Genoíno Neto, ex-presidente do PT
Joseildo Ramos, deputado federal (BA)
Juçara Dutra Vieira, CEN
Karol Cavalcante, DN
Laissa Costa, DN
Luciane Carminatti, deputada estadual (SC)
Luiz Fernando Mainardi, deputado estadual (RS)
Luizianne Lins, DN, deputada federal (CE)
Marcio Tavares, DN e Secretário Nacional de Cultura
Margarida Salomão, deputada federal (MG)
Maria del Carmen, deputado estadual (BA)
Maria do Rosário, deputada federal (RS)
Maristella Victor de Matos, DN
Miguel Rosseto, ex-ministro dos Governos Lula e Dilma (RS)
Moara Saboia, DN
Natália Bonavides, deputada federal (RN)
Natália de Sena Alves, DN
Nelson Pelegrino, deputado federal (BA)
Neusa Cadore, deputada estadual (BA)
Osni Cardoso, deputado estadual (BA)
Padre João, deputado federal (MG)
Patrícia Carlos, DN
Paulo Pimenta, deputado federal (Líder Bancada) (RS)
Paulo Teixeira, deputado federal (SP) e CEN
Pedro Kemp, deputado estadual (MS)
Pedro Uczai, deputado federal (SC)
Pepe Vargas, deputado estadual e presidente estadual do PT RS
Professor Lemos, deputado estadual (PR)
Raul Pont, DN
Renato Simões, CEN
Robinson Almeida, deputado estadual (BA)
Rogério Carvalho, senador (SE)
Rogério Correia, deputado federal (MG)
Rosana Ramos da Conceição, DN
Rosane Silva, DN
Rui Falcão, deputado federal (SP) e DN
Sérgio Alberto Silva, DN
Sheila Oliveira, DN
Silvana Donatti, CEN
Sofia Cavedon, deputada estadual (RS)
Tadeu Veneri, deputado estadual (PR)
Tatau Godinho, DN
Valdeci Oliveira, deputado estadual (RS)
Valmir Assunção, deputado federal (BA)
Valter Pomar, suplente do DN
Vaumik Ribeiro, DN
Vilson Augusto, CEN
Waldenor Pereira, deputado federal (BA)
Zé Neto, deputado federal (BA)