Movimentos e partidos lançam manifesto contra corte de gastos

Por Página 13 (*)

Dezenas de movimentos e partidos lançaram ontem, dia 10 de novembro, manifesto contra o corte de gastos no governo federal. O manifesto critica a pressão exercida pelo capital financeiro e seus porta-vozes na mídia pela cobrança que fazem do governo federal de um pacote de corte do gasto público.

Segundo o manifesto “o momento em que o governo federal, eleito para reconstruir o país, vem obtendo resultados significativos na recuperação do nível de emprego, do salário e da renda da população, tais avanços são apresentados como pretexto para forçar ainda mais a elevação da taxa básica de juros, quando o país e suas forças produtivas demandam exatamente o contrário: mais crédito e mais investimento para fazer a economia girar”.

Assinam o manifesto partidos e movimentos sociais como o PT, PCdoB, PSOL, CUT, MST, entre outros.

Abaixo, segue o manifesto na íntegra. Divulgue e ajude a mobilizar contra as medidas antipopulares que a classe dominante quer impor ao governo.

Entidades, associações e movimentos que queiram aderir ao Manifesto, podem enviar para redacao@pagina13.org.br o nome da entidade, responsável e telefone.

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MERCADO FINANCEIRO E MÍDIA NÃO PODEM DITAR AS REGRAS PARA O PAÍS

Temos acompanhado, com crescente preocupação, notícias e editoriais na mídia que têm o objetivo de constranger o governo federal a cortar “estruturalmente” recursos orçamentários e outras fontes de financiamento de políticas públicas voltadas para a saúde, a educação, os trabalhadores, aposentados e idosos, bem como os programas de investimento na infraestrutura para o crescimento do país.

São pressões inaceitáveis que partem de uma minoria privilegiada por isenções de impostos e desonerações injustas e indecentes; dos que manipulam a fixação das maiores taxas de juros do planeta e que chantageiam o governo e o país, especulando com o dólar e nas bolsas de valores.

No momento em que o governo federal, eleito para reconstruir o país, vem obtendo resultados significativos na recuperação do nível de emprego, do salário e da renda da população, tais avanços são apresentados como pretexto para forçar ainda mais a elevação da taxa básica de juros, quando o país e suas forças produtivas demandam exatamente o contrário: mais crédito e mais investimento para fazer a economia girar.

O poder financeiro, os mercados e seus porta-vozes na mídia agitam o fantasma de uma inexistente crise fiscal, quando o que estamos vivendo é a retomada dos fundamentos econômicos, destruídos pelo governo anterior. Onde estavam esses críticos quando Bolsonaro e Guedes romperam os orçamentos públicos e a credibilidade do Brasil? Onde estavam quando a inflação caminhava para 12%?

Agora querem cortar na carne da maioria do povo, avançando seu facão sobre conquistas históricas como o reajuste real do salário-mínimo e sua vinculação às aposentadorias e ao BPC, o salário-desemprego, os direitos do trabalhador sobre o FGTS, os pisos constitucionais da Saúde e da Educação.

E nada falam sobre o maior responsável pelo crescimento da dívida pública, que é a taxa de juros abusiva e crescente. Nada falam sobre as desonerações de setores que lucram muito sem gerar empregos, inclusive a mídia; a imoral isenção de impostos sobre lucros e dividendos nem sobre a recusa de taxar grandes fortunas, por parte de uma maioria do Congresso que se apropria de fatias cada vez maiores do Orçamento.

Chega de hipocrisia e de chantagem! Cortar recursos de quem precisa do Estado e dos investimentos públicos só vai levar o país de volta a um passado de exclusão e injustiça que os movimentos sociais e o povo lutam há tempos, todos os dias, para transformar numa sociedade melhor e mais justa.

Assinam:

Frente Brasil Popular

Frente Povo sem Medo

MST

MTST

CUT

INTERSINDICAL

CONTAG

CNTE

CONTEE

CMP

MTC

INESC

MBP

MPA

MNU

MAM

MMM

Sem Direitos

Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito

PT

PDT

PSOL

PCDOB

Instituto de Finanças Funcionais para o Desenvolvimento – IFFD

Rede MMT Brasil

Transforma Unicamp

Subverta

Fogo no Pavio

Sindicato dos Servidores De Ciencia, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública – ASFOC/SN

SINTESE – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe.

CUT – Sergipe

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSS

Federação Nacional das/os Assistentes Sociais

CANDACES

Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnicos Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil – FENAPSI

Federação Nacional dos Psicólogos

Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais – Abecs

Fineduca assina

ABGLT

Rua

Juventude Manifesta

Resistência

ANPAE

FNPE

Confederação Sindical Educação dos Países de Língua Portuguesa – CPLP


(*) redacao@pagina13.org.br

Respostas de 9

  1. Cortem gastos de viagens, ministérios, pensões de filhas de militares , altissimas remunerações de funcionários públicos e não dos que vivem modestamente.

  2. Gastos com as políticas sociais e inclusivas (promessa de campanha) implementadas pelo Governo Central, cujos resultados tem se mostrado positivos (emprego, renda, saúde, educação e transportes) são INVESTIMENTOS, prioridade das prioridades.
    Despesas são os orçamentos secretos com com dia, hora, direção e intenções pre-determinadas e sequestradas pelo congresso fascista que impôs esse inominável poder ao país. O desenlaces desse golpe desaguaram no resultado da última eleição. A patuleia perdeu. O povo ganhou, mas não levou. Tenho dito.
    ACMS.

  3. Acho que já passou da hora do povo ir pras ruas e enfrentar essa Faria Lima faminta e insaciável…E bater de frente com esses deputados e senadores que sequestram o orçamento público

  4. Não aos juros indecentes, não a isenção de impostos sobre lucros e dividendos. SIM à taxação das grande fortunas. Pelo aumento de investimentos em políticas sociais e infra estrutura. queremos um país mais humano e justo com oportunidades para todos!

  5. O Brasil é do lpovo brasileiro e a prioridade é o povo. Nada de cortar gastos com o que é para beneficiar a população e principalmente os mais empobrecidos.

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