Orientação Militante N°511 (16 de dezembro de 2025)

Boletim interno da Direção Nacional da

tendência petista Articulação de Esquerda

***

1/reunião da Dnae

No dia 15 de dezembro aconteceu uma reunião da direção nacional da AE.

2/dirigentes presentes

Jandyra Uehara, Natália Sena, Suelen Gonçalves, Valter Pomar, Múcio Magalhães, Marcos Jakoby, Fátima Lima, Júlio Quadros, Ivonete Cruz, Daniela Matos, Eliane Bandeira, Patrick Campos, Eliane Bandeira, Damarci Olivi, Eliane Bandeira, Luiz Boneti, Ana Flávia, Ana Affonso.

3/resolução política

A direção nacional da AE, reunida no dia 15 de dezembro de 2025, aprova a seguinte resolução:

1.As manifestações realizadas em dezenas de cidades brasileiras, contra as deliberações recentes do Congresso nacional e contra a anistia-disfarçada-em-dosimetria, confirmam que existe disposição, no povo brasileiro, de ir às ruas para derrotar tanto a direita tradicional quanto a extrema-direita.

2.Essa disposição de luta é essencial, afinal a aprovação da “dosimetria” (com o aval de setores do Supremo “e com tudo”, num clássico exemplo do pacto das elites), a tentativa de proteger três parlamentares criminosos (Carla Zambelli, Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro), a violência praticada por Hugo Motta contra Glauber Braga e as liberdades democráticas, a sabotagem de Alcolumbre contra o indicado por Lula ao STF, as recentes decisões de mérito do Congresso nacional contra vetos do Presidente da República, essas e outras ações demonstram que está em curso uma operação que visa construir uma “frente ampla da direita” contra a reeleição de Lula em 2026.

3.A frente ampla da direita é a expressão da opinião da classe dominante – especialmente o capital financeiro, o agronegócio e o setor minerador – e do imperialismo acerca do governo Lula. Apesar de todas as concessões feitas por nosso governo, os capitalistas não estão satisfeitos e querem ter um governo neoliberal. Por isso estimulam as direitas a se unificar, assim como estimulam os setores da direita que supostamente faziam ou fazem parte da chamada “base”, a votar contra e a romper com o governo. Nas derrotas que o governo sofre no Congresso nacional, parte importante dos votos vem de partidos da “base”.

4.Essa “frente ampla da direita” tem como um de seus desafios o de levar a disputa eleitoral para o segundo turno. Nesse sentido, a direita pode escolher (como fez no Chile) lançar no primeiro turno várias candidaturas, deixando sua unificação para o segundo turno. Algumas das mais recentes movimentações do presidente Trump devem ser compreendidas nessa chave: retirar obstáculos para a criação desta frente ampla de direita, envolvendo inclusive ministros do Supremo Tribunal Federal que estiveram na linha de frente do combate ao bolsonarismo.

5.O governo Trump, ao divulgar oficialmente sua versão atualizada da Doutrina Monroe (“a América para os estadunidenses”), não deixa qualquer margem para dúvida: os EUA vão interferir nas eleições de 2026 no Brasil. Sem o Brasil, os EUA não terão controle da América Latina. Para atingir este objetivo, eles vão fazer uso de todos os meios, a começar pela operação das Big Techs, passando pela agressão militar contra a Venezuela, cerco contra Cuba, terminando com chantagens e operações de todo tipo. O governo e as esquerdas precisam construir imediatamente mecanismos de proteção e instituições alternativas. As eleições na Bolívia, na Argentina, em Honduras e no Chile demonstram o imenso risco que estamos correndo, se não agirmos com absoluta velocidade.

6.As derrotas sofridas pelos progressistas e pela esquerda tem múltiplas causas, que devem ser analisadas detidamente. No caso do Chile, onde acaba de ser eleito um presidente que defende a ditadura Pinochet e que tem orgulho de seu passado nazista, a derrota da esquerda e dos progressistas têm, entre suas múltiplas causas, a política adotada pelo governo Boric, que não correspondeu às generosas aspirações do “Estalido Social” que iniciou em outubro de 2019, nem as honrosas tradições do governo de Salvador Allende.

7.A atual direção do PT foi eleita sinalizando para o centro, mas a aliança do centro com a direita está empurrando o PT para a esquerda. Setores da atual direção já se deram conta disto, outros ainda não, o que provoca movimentos e declarações erráticas. Alguns que ontem falavam de “ampliar a frente ampla”, estão sendo obrigados a construir frentes de esquerda e candidaturas do PT. Mas há também quem não apenas resista mas, inclusive, siga nos empurrando em direção ao precipício político e moral: é o caso do atual prefeito de Maricá e vice-presidente nacional do PT, que precisa ser submetido à comissão de ética, afastado da direção nacional e expulso do Partido. Os acontecimentos do recente Congresso nacional da Juventude do PT, em que duas alas da “Construindo um Novo Brasil” se enfrentaram usando palavras de ordem impublicáveis e com ameaças de uso de força física, revelam que ou damos um freio de arrumação ou seguiremos andando na beira do precipício.

8.Conclamamos o conjunto da militância a realizar, em cada cidade, em cada local de moradia e de trabalho, em cada espaço de cultura e lazer, atividades para marcar a derrota da Intentona Golpista de 8 de janeiro de 2023. A manter acesa a mobilização pelo fim da escala 6×1, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário, para que os ricos paguem impostos. E a iniciar já a pré-campanha de reeleição do presidente Lula, bem como de nossas candidaturas majoritárias e proporcionais em 2026. A eleição de 2026 já começou e não será uma campanha, será uma guerra. Que venceremos, se tivermos política certa e disposição de combate.

9.Desejamos ao povo brasileiro, à toda a classe trabalhadora, à militância da esquerda, à Nação Petista e aos camaradas de nossa tendência, que aproveitem ao máximo o período de festas para descansar e se divertir. E lembrem de homenagear a resistência do povo palestino contra o sionismo e contra o imperialismo. Em tempos de guerra, os brindes também são armas do povo!

Brasília, 15 de dezembro de 2025
A direção nacional da tendência petista Articulação de Esquerda

4/informe sobre publicação das resoluções do X congresso da AE + Manual militante

-este ano será distribuída a versão em pdf
-até fevereiro de 2026 estará disponível a versão impressa, que será vendida

5/informe sobre publicação das resoluções da conferência sindical nacional

-a resolução será divulgada em dezembro de 2025
-em 2026 será disponibilizada uma versão em pdf

6/calendário de reuniões ordinárias mensais

-as reuniões “ordinárias” da Dnae serão sempre no último domingo de cada mês, nos seguintes dias:
25/1
22/2
29/3
26/4
31/5
28/6
26/7
30/8
27/9
01/11 (o dia 25/10 é segundo turno)
29/11
13/12 (o dia 27/12 é domingo pós Natal)

7/definir data do XI congresso nacional da AE

-o X congresso convocou, para depois das eleições de 2026, o XI Congresso Nacional da tendência petista Articulação de Esquerda.
-data do XI Congresso: 27, 28 e 29/11/2026

8/reunião da comunicação

-o X congresso da AE decidiu convocar uma plenária nacional virtual da AE para debater o tema comunicação (na sociedade, no Partido e na tendência). Cabe a esta plenária aprovar propostas acerca da política nacional de comunicação da AE, em particular, sobre o papel e articulação os instrumentos de que já dispomos: redes sociais, Antivírus, Podcast, Esquerda Petista, Página 13, edição de livros. Cabe a esta plenária, também, discutir o papel de iniciativas que não são da AE, mas nas quais militantes da tendência participam, como é o caso do Contramola e do Manifesto Petista. As propostas da plenária serão submetidas à aprovação em reunião da DNAE. A plenária será coordenada por dirigente indicado/a pela DNAE eleita no X Congresso.

-a Articulação de Esquerda é uma tendência petista, portanto considera como sua tarefa permanente contribuir no debate político ideológico em curso no mundo, no Brasil, na esquerda e no PT. Esta contribuição é feita através do posicionamento individual dos militantes e do posicionamento coletivo de nossas instâncias através de atividades, reuniões, publicações, cursos, seminários. Nossa pauta está organizada em três eixos: a análise do capitalismo no século 21, o balanço das tentativas de construção do socialismo nos séculos 20 e 21, o debate acerca da estratégia da esquerda. A revista Esquerda Petista deve publicar uma edição dedicada a cada um destes temas.

-segue abaixo a pauta tentativa da reunião que ocorrerá no dia 16/12:

Nesta terça-feira, dia 16/12, as 15h00-17h00, em sala zoom, faremos uma reunião de trabalho (com Valter, Patrick, Natália, Jakoby, Alana, Pedro e Emílio) para discutir o estado da arte da comunicação nacional da AE.

Pauta:

1)Orientação Militante

A proposta é continuar saindo como hoje, ou seja, sempre que necessário, com uma pegada de “diário oficial” da tendência.

Valter é o redator, manda para grupo de zap da Dnae, Jakoby revisa e posta no site da AE, dirigentes mandam para suas listas.

Precisamos definir um segundo integrante da Dnae que assuma a coedição, para que possa futuramente assumir a edição.

2)site Página 13

A proposta é continuar saindo como hoje, ou seja, com atualizações diárias feitas pelo Jakoby ou por alguém sob sua supervisão política.

Precisamos definir um segundo integrante da Dnae que assuma a coedição, para que possa futuramente assumir a edição.

Precisamos definir quem pode trabalhar, voluntária ou semi-profissionalmente, com o Jakoby nas postagens.

Emílio dá cobertura técnica. É preciso definir se é o caso de contratar alguém para fazer isso, sob supervisão do Emilio, mas sendo pago profissionalmente para a tarefa.

3)Podcast

A proposta é continuar saindo como hoje, ou seja, edições semanais editadas pelo Patrick, com a ajuda de um companheiro que faz a edição, recebendo um pequeno valor por isso.

Precisamos definir um segundo integrante da Dnae que assuma a coedição, para que possa futuramente assumir a edição.

4)jornal Página 13

A proposta é continuar saindo como hoje, ou seja, edições mensais editadas pelo Valter, com a ajuda da Rita, que é paga profissionalmente para revisar e, em alguns casos, para produzir textos.

Precisamos definir um segundo integrante da Dnae que assuma a coedição, para que possa futuramente assumir a edição.

5)redes

Sobre este ponto peço que Alana e Natália relatem.

6) editora de livros

A proposta é lançar, no próximo período: resoluções do X + manual do militante; coleção comentada das resoluções de todas as conferências e congressos nacionais; livro de capas do Página 13.

No meio do ano precisamos preparar a Agenda 2027.
Durante o ano de 2026 o Valter e o Emilio podem seguir tocando, mas em 2027 precisamos de substitutos para ambos.

7)decidir como lidar com veículos que estão em stand by. Valter dará um relato sobre cada um dos casos abaixo listados e faremos a discussão de conjunto:

-Esquerda Petista
-Antivírus
-Contramola
-Manifesto Petista

8)data da plenária nacional de comunicação da AE nacional

-será no dia 26 de janeiro de 2025, das 19h às 22h, em sala zoom.

9/Página 13

A próxima edição do Página 13 circulará no final de janeiro e será dedicada ao encontro nacional de mulheres do PT. A pauta está sendo tratada por Suelen e Valter.

10/encontro nacional de mulheres do PT

-Suelen deu os informes;
-no dia 16 acontecerá nova plenária nacional das mulheres da AE.

11/congresso da CNTE

-foi aprovada que vamos trabalhar para ampliar nossa nominata na próxima direção da CNTE, indicando para esta tarefa a Ivonete, Isabel e Guilherme;
-vamos tentar produzir um jornal p13 especial para o congresso da CNTE.

12/plenária nacional de formação

-o X congresso decidiu o seguinte: realizar, no primeiro bimestre de 2026, uma plenária nacional de formação política, que terá duas partes: um curso nacional de formação política e uma discussão sobre a política nacional de formação do PT e da AE. A plenária também discutirá iniciativas que não são da AE, mas onde temos incidência, como é o caso da Escola Latino-americana de História e Política, Casa Socialista do RN, CCEV, Pagu etc. A organização da jornada deve ser coordenada pelo secretário/a nacional de formação que venha a ser indicado/a pela nova Direção Nacional da AE. Devem ser considerados, entre outros temas, a formação relacionada a pauta da Segurança Pública e do Fundamentalismo religioso.

-propomos que a plenária nacional de formação seja virtual e ocorra dia 1 de fevereiro, domingo, as 19h00, sendo convocada toda a militância da AE que atua com formação política. A pauta seria: 1/formação política do Partido; 2/formação política da tendência; 3/ELAHP.

13/coordenação provisória da AE no Andes

A Direção Nacional da tendência petista Articulação de Esquerda propôs e o X Congresso nacional da AE referendou a constituição de uma coordenação provisória da AE no ANDES-SN. Essa coordenação fez sua primeira reunião, debateu os encaminhamentos relativos ao congresso do ANDES que vai ocorrer de 2 a 6 de março em Salvador-BA, debateu nossa posição sobre a eleição do reitor da UFBA e convocou uma plenária nacional de militantes da AE que atuam no ensino superior público. A respeito do Congresso do ANDES, enviaremos informe detalhado que será publicado no Orientação Militante. Adiantamos que estamos contribuindo na elaboração das seguintes TRs para o congresso ANDES: 1/ TR de análise de conjuntura (responsável: Maria); 2/ TR financeira – fim do rateio (responsável: Elisa); 3/ TR pequenas ADS – o ANDES garantir estrutura mínima para as pequenas ADS (responsável: Maria); 4/ TR método ANDES – defesa das reuniões de setor e GTs híbridos; 5/ TR PNE e avanço da extrema-direita – apresentar o avanço da extrema-direita sobre o PNE (responsável: Mariuza). Ainda sobre as TR temos as seguintes questões pendentes: Vamos ter TR sobre questões eleitorais? Redução da diretoria? Eleições virtuais? Fundo eleitoral? Em relação à eleição do reitor da UFBA, considerando a posição da AE Bahia, considerando a postura do então reitor frente ao golpe de 2016 e tudo que se seguiu e considerando sua posição nas recentes eleições do ANDES, decidimos apoiar publicamente a candidatura de João Carlos Salles à reitoria da UFBA, orientando nossas lideranças a fazerem o mesmo, da maneira que for mais útil para a sua campanha. Em relação à plenária nacional dos militantes da AE no ensino superior público, ela será realizada em sala virtual no dia 5 de fevereiro, das 19h00 às 21h00.
A coordenação voltará a reunir-se no dia 27 de janeiro de 2026 para organizar a pauta da plenária nacional e tratar de outros assuntos. Lembramos, finalmente, que a coordenação provisória é composta por Elisa Guaraná, Jana Silverman, Maria Carlotto, Mariuza Guimarães e Valter Pomar.

14/jornada nacional de formação

-data da jornada: 27/2, 28/2, 1/3;
-local: Casa Socialista em Natal;
-discentes: Maria Carlotto (dia 27/2), Patrick Campos (dia 28/2) e Valter Pomar (dia 1/3) e Natália Sena (onde indicado abaixo);
-passagens da Maria e do Valter, Valter está vendo;
-passagens do Patrick, ele mesmo vê com Damarci;
-hospedagens e outros detalhes logísticos, Valter está tratando com Sophs;
-tema geral do curso: COMO DOMINA A CLASSE DOMINANTE E COMO ACABAR COM ISSO;
-público: militantes petistas e simpatizantes em geral;

-programa tentativo:

27 de fevereiro
9h00 abertura do curso, sob responsabilidade da Natália Sena. Apresentação dos participantes, indicando área de militância e cidade onde mora.
10h00 aula de Maria Carlotto sobre a situação atual (cenário mundial, cenário continental, cenário nacional). Leituras indicadas: resolução do X congresso nacional da AE e a resolução de conjuntura aprovada pelo Diretório Nacional do PT na reunião de 6/2/2026.
12h00 almoço
13h00 retomada do curso, com trabalho em grupo sobre os desafios do PT no cenário descrito
14h00 devolutiva dos grupos e comentário geral da professora Maria Carlotto. Nos comentários, mesmo que não tenham aparecido nos grupos, Maria deve abordar os temas da segurança pública e do fundamentalismo religioso.
17h00 intervalo
17h30 retomada com Natália Sena falando sobre as diferentes posições que existem no Partido sobre a situação em que vivemos. Maria Carlotto faz comentários adicionais à exposição da Natália. Debate com os participantes.
19h00 encerramento do primeiro dia. Noite livre.

28 de fevereiro
9h00 apresentação dos participantes que tenham começado a participar do curso, depois da apresentação do dia anterior.
9h15 aula de Patrick Campos sobre o Partido dos Trabalhadores, história, situação atual, desafios políticos e organizativos.
12h00 almoço
13h00 retomada da aula de Patrick Campos sobre o Partido dos Trabalhadores, história, situação atual, desafios políticos e organizativos.
19h00 encerramento do segundo dia. Noite livre.

1 de março
09h00 apresentação dos participantes que tenham começado a participar do curso, depois da apresentação do dia anterior.
09h15 aula de Valter Pomar sobre “como domina a classe dominante e como acabar com isso” (retomando temas daquele roteiro sobre trabalho de base, feito na jornada anterior)
12h00 almoço
13h00 aula de Valter Pomar sobre “como domina a classe dominante e como acabar com isso”
16h00 avaliação e encerramento, a cargo de Natália Sena e Sophia Mata

15/Oitavo Congresso do PT

-lembrando que o X congresso decidiu que defendemos a realização de um Congresso partidário depois da eleição de 2026. Esta data está relacionada ao impacto que terá, sobre a vida do Partido, o resultado da próxima disputa presidencial. Defendemos desde já que as delegadas e delegados que participarão deste Congresso sejam eleitos na base através de um processo efetivamente democrático, sem as distorções que marcaram o PED 2025;

-portanto seguiremos defendemos a necessidade de um congresso com novas delegações eleitas na base, diferente deste que está sendo convocado para agora;

-congresso está marcado para os dias 24 a 26/4/2026;

-há pressões para dividir o congresso em duas partes: uma agora, sobre conjuntura, tática e programa de governo; e outra depois da eleição, sobre programa do partido e estatuto;

-comissão de organização do congresso é coordenada por Jilmar Tato, com quatro subcomissões: Anne (conjuntura), Cristiano (programa de governo), Dirceu (programa do partido), Valter (organização e estatuto);

-a Dnae recomenda a nossa militância que proponha que nos estados e nas cidades haja debates sobre os quatro temas congressuais.

16/finanças

-na reunião da Dnae em fevereiro vamos decidir quem vai assumir a tesouraria, a partir de proposta que será apresentada por Daniela e Damarci;

-lembrando que o X congresso decidiu que a independência política pressupõe independência material. Manteremos nossa política de autofinanciamento militante nacional. E estimulamos as direções estaduais e municipais a organizarem atividades que gerem recursos financeiros, sem concorrer com a contribuição militante anual obrigatória;

-convidamos toda a militância a vender nossa Agenda 2026, dedicada aos 100 anos de nascimento de Fidel Castro.

17/congresso da JPT

-Luiz Boneti e Ana Flávia deram informe detalhado sobre o congresso da JPT

Aprovada a seguinte resolução:

A direção nacional da AE – a partir dos informes dados por dirigentes nacionais da tendência que acompanharam direta ou indiretamente o Congresso da Juventude do PT, tanto a etapa nacional quanto as etapas estaduais e municipais – aprova a seguinte resolução.

1/O Brasil precisa de uma juventude politizada, mobilizada e comprometida com um programa democrático, popular e socialista. Para que isso aconteça, o governo Lula e o Partido dos Trabalhadores têm que cumprir inúmeras tarefas, entre as quais construir uma Juventude petista de massas, de esquerda e socialista.

2/O recém encerrado Congresso da JPT, que ocorreu entre 12 e 14 de dezembro em Luziânia (GO), não contribuiu nesse sentido. O que vimos neste Congresso da JPT foi uma réplica piorada do PED 2025. Fraudes, violência, despolitização, uso da máquina e descumprimento do regimento marcaram presença em todas as etapas congressuais.

3/É particularmente inaceitável que o Congresso tenha ficado várias horas paralisado, com as urnas fechadas, sem dar início à apuração, por conta de uma polêmica bizarra sobre se haveria ou não segundo turno, uma previsão regimental que ninguém tem o direito de questionar.

4/Ademais, é totalmente intolerável a violência psicológica e quase física que se estabeleceu em torno desta e de outras questões, tanto no congresso nacional, quanto nas etapas estaduais e municipais.

5/Todo o Partido sabe, mas é preciso repetir: o Congresso da JPT foi palco de uma disputa feroz entre dois pedaços da chamada “tendência majoritária”, a CNB. Pedaços desta tendência se agrediram de várias formas, inclusive usando palavras de ordem que, se tornadas públicas, desmoralizariam não somente quem as usou, mas todo o Partido, além de outras formas de violência que são inaceitáveis seja dentro ou fora do nosso partido.

6/Depois que as urnas foram finalmente apuradas, a candidata Julia Kopf ficou em primeiro lugar no primeiro turno, atingindo 49,54%. O que o regimento prevê nesse caso é segundo turno, salvo se a candidata que ficou em segundo lugar desista. No entanto, o segundo turno até agora não ocorreu. E há notícias de que estaria em curso uma negociação que resultaria em uma “partilha” do mandato entre a primeira e a segunda colocada, Júlia e Ieza respectivamente. A respeito, reiteramos: o cargo de secretária da JPT é escolhido pelo Congresso, não numa negociação entre dois setores da CNB. Depois de tudo que ocorreu ao longo do processo congressual, depois das acusações feitas em plenário e das violências e agressões verbais ou ameaças, depois dos termos utilizados nos “gritos de guerra”, uma composição é inaceitável.

7/Nossa posição, como já apresentamos diversas vezes, é de defesa e respeito ao regimento do Congresso: não havendo renúncia da segunda colocada, deve acontecer segundo turno.

8/Com exceção da delegação vinculada à tendência petista Articulação de Esquerda, todas as delegações vinculadas às demais tendências deram votos – já no primeiro turno – para uma e outra candidatura da CNB. Nós da tendência petista Articulação de Esquerda conquistamos uma cadeira na direção da JPT, sem depender de nenhum acordo e sem ter que escolher o “mal menor” (termo que foi usado por companheiras e companheiros de outras tendências, para tentar justificar suas escolhas). Usaremos o espaço que conquistamos com política e dignidade, em favor de construir uma Juventude petista, de esquerda e socialista.

9/Informamos ao conjunto do Partido que publicaremos, no prazo mais curto possível, um relatório completo sobre o Congresso, detalhando todas as nossas críticas e denúncias, para que as instâncias possam fazer o que deve ser feito diante de tantos malfeitos.

10/A direção nacional da AE saúda a brava delegação da Juventude da AE, que contra quase tudo e contra quase todos, fez a coisa certa. E destacamos a vitória, no congresso da JPT, da moção que exige da direção nacional do PT que paute e aprove a comissão de ética contra o filiado Washington Quaquá.

18/setoriais

-foi informado que Olavo deu informe sobre setorial agrário;

-o X congresso decidiu realizar, no início de 2026, plenárias virtuais ou presenciais nacionais de cada uma das frentes onde temos atuação (agrária, saúde, educação, indígenas, mulheres, combate ao racismo, moradia, lgbt etc.). Estas plenárias devem incluir, no seu respectivo plano de trabalho, metas objetivas de inserção em cada setor. Destacamos, por exemplo, no combate ao racismo, a necessidade de debater nossa linha de atuação e organização, com a articulação das categorias de classe e raça no enfrentamento ao neoliberalismo e ao racismo;

-A Direção Nacional da AE nomeou a companheira Fátima Lima como dirigente responsável por acompanhar as frente de massas e os setoriais do PT;

-a companheira Fátima Lima reunirá, no início de 2026, com todos os militantes da AE que foram eleitos para compor os setoriais nacionais do PT. Nesta primeira reunião será combinada uma metodologia de reuniões periódicas, para que a Dnae possa fazer um acompanhamento coletivo dos setoriais;

19/eleições 2026

-Natália fez um informe inicial, que será formalizada num texto que circulará nos próximos dias, incorporando questões abordadas por Múcio e Júlio Quadros;

-lembrando que o X congresso decidiu orientar todos os estados a lançar pelo menos um/a candidato/a vinculado/a à AE para disputar as eleições 2026. Realizar, no início de 2026, uma reunião nacional para discutir a tática e como apoiar nacionalmente nossas candidaturas nos estados. Esta reunião será coordenada pela Natália Sena e pela Suelen. A data da reunião será definida por elas.

20/tarefas diversas e acompanhamento das cidades e estados

-o ponto abaixo será o primeiro ponto de pauta da reunião de 25/1/2026;

-até lá os dirigentes devem indicar as tarefas que vão assumir, dentre as indicadas abaixo:

-A direção nacional deve visitar, ao longo do ano de 2026, todas as cidades onde a chapa nacional da AE foi majoritária no PED 2025. Nessas visitas, tentar realizar três atividades: i/plenária municipal da AE; ii/planejamento do trabalho municipal da tendência; iii/curso de formação política aberto a todos os petistas e simpatizantes. A Direção Nacional da AE deve apontar quem serão os/as dirigentes nacionais responsáveis por fazer cada uma destas visitas.

– A direção nacional deve convocar, organizar e participar de plenárias da AE nos estados onde atualmente não temos direção estadual ou equivalente: Santa Catarina, Goiás, Roraima, Rondônia, Acre. Nessas plenárias a direção nacional deve: i/realizar um curso de formação política; ii/apresentar as diretrizes do X Congresso; iii/aprovar um plano de trabalho para a construção da tendência ao longo de 2026; iv/contribuir na constituição de direção estadual provisória. A nova direção nacional deve designar dirigente nacional para fazer cada uma destas plenárias.

– A direção nacional deve, em comum acordo com as respectivas direções estaduais, convocar, ajudar a organizar e estar presente em congressos estaduais da AE naqueles estados onde existimos formalmente, mas com expressivas fragilidades organizativas e políticas: Paraná, Mato Grosso, Amapá, Amazonas, Paraíba, Bahia. Nesses congressos estaduais, devemos: i/realizar um curso de formação política; ii/apresentar as diretrizes do X Congresso; iii/aprovar um plano de trabalho para o ano de 2026; iv/eleger direção estadual. A direção nacional deve designar dirigente nacional para cada uma destas atividades.

– A direção nacional deve, em comum acordo com as respectivas direções estaduais, convocar, ajudar a organizar e estar presente em congressos em cada um dos estados onde estamos em processo de reorganização: Minas Gerais, Alagoas, Piauí, Maranhão, Ceará. Nesses congressos estaduais, devemos: i/realizar um curso de formação política; ii/apresentar as diretrizes do X Congresso; iii/aprovar um plano de trabalho para o ano de 2026; iv/eleger direção estadual. A direção nacional deve designar dirigente nacional para acompanhar cada uma destas atividades.

– A direção nacional deve estar presente nos congressos estaduais que sejam convocados pelas respectivas direções daqueles estados onde existimos de maneira organizada: Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Distrito Federal. Antes ou durante esses congressos estaduais, devemos: i/realizar um curso de formação política; ii/apresentar as diretrizes do X Congresso; iii/aprovar um plano de trabalho para o ano de 2026; iv/eleger direção estadual. A direção nacional deve designar dirigente nacional para acompanhar cada um dos congressos citados.

– Orientar cada cidade e cada estado a incluir, no seu respectivo plano de trabalho, metas objetivas de inserção junto a classe trabalhadora: presença em sindicatos, em movimentos sociais, no trabalho cultural e nos territórios de moradia, trabalho e educação, bem como a constituição de núcleos de base do Partido. Destacamos, por exemplo, a construção de núcleos antirracistas, que façam o mapeamento dos problemas concretos nos territórios e organize ações para a garantia de direitos.

– Orientar cada cidade e cada estado a incluir, no plano de trabalho, metas concretas de ampliação da nossa presença no PT: filiações, nucleações, atividades formativas, atividades políticas, criação de centros culturais etc. Desenvolver experiências comunitárias como cozinhas solidárias e cursinhos populares e colaborando com a organização cooperativa de atividades produtivas desempenhadas nos territórios.

– Os estados devem ser acompanhados pela Dnae. Entende-se como acompanhamento uma rotina de contatos, reuniões e visitas. Ou seja, aquilo que a velha guarda chamava de “assistência”. Este trabalho é melhor feito quando o dirigente responsável não é do respectivo estado. A próxima Dnae deve distribuir o acompanhamento de todos os estados entre seus integrantes, de maneira equilibrada. Mesmo que a rotina de acompanhamento seja de uma reunião virtual por mês, seguida de informe para a Dnae, isso ajudará a organização nos estados, que devem reproduzir o mesmo procedimento de acompanhamento nas respectivas cidades e setores.

– A direção nacional deve constituir uma secretaria nacional de organização, encarregando-a de coordenar o trabalho de acompanhamento dos estados e também de orientar o conjunto da militância, no que diz respeito ao funcionamento da tendência.

-a Dnae precisa indicar dirigentes para cada uma das tarefas citadas acima;

-segue abaixo a nominada da atual Dnae, para que possamos fazer a divisão de tarefas:

Adriana Souza (MG) será candidata em 2026
Ana Affonso (RS) será candidata em 2026
Ana Flávia (RN)
Damarci Olivi (MS) é tesoureira
Daniela Matos (DF)
Eliane Bandeira (RN)
Fátima Lima (RN) vai acompanhar setoriais
Gleice Jane (MS) será candidata em 2026
Hilton Faria da Silva (TO)
Humberto Amaducci (MS)
Ivonete Alves (SE)
Jandyra Uehara (SP)
Júlio Quadros (RS)
Leirson Azevedo (PA)
Luiz Boneti (RS)
Marcos Jakoby (RS)
Múcio Magalhães (PE) informou que pode acompanhar estados
Natália Sena (RN) coordenação do GTE eleitoral
Patrick Campos (PE)
Suelen Aires Gonçalves (RS)
Valter Pomar (SP)
Wilma dos Reis (DF).

21/agenda atualizada

15/12 reunião da Direção nacional da AE
16/12 reunião nacional da comunicação nacional da AE
16/12 plenária nacional das mulheres da AE
8/1 Dia de Mobilização nacional em defesa da democracia
15 a 18 de janeiro Congresso da CNTE
24/01/2026 reunião de planejamento da direção estadual da AE SP
24 e 25/01/2026: encontro nacional Setorial LGBT
27 de janeiro, reunião da coordenação provisória AE no Andes
29/01/2026 reunião da comissão organizadora do congresso nacional do PT
30 e 31 de janeiro de 2026: encontro nacional do setorial de combate ao racismo
31 de janeiro e 1º de fevereiro de 2026: encontro nacional do setorial de mulheres
31/01/2026 a confirmar congresso municipal de base Poços de Caldas/Itajubá
31 de janeiro e 1º de fevereiro de 2026 Encontro nacional de Setorial de Mulheres
5 de fevereiro, plenária nacional AE no Andes
05/02- Reunião da Executiva Nacional (presencial)
07/02, Reunião do Diretório Nacional do PT comemoração do aniversário do PT (presencial em Salvador)
22/02/2026 reunião da Direção Nacional da AE
27 de fevereiro a 1 de março Jornada nacional de formação política da AE em Natal (RN)
28 de fevereiro plenária estadual da pré-candidatura Guida
08/03 Dia internacional de luta das mulheres
09/03 Reunião da Executiva Nacional do PT (presencial)
26 a 29 de março – I Conferência Internacional Antifascista (POA)
27 e 28 de março – Elahp RN Curso Gênero, Raça e Classe – Lutas Contra Opressões
01/04 Reunião da Comissão Executiva Nacional do PT
10 a 12 de abril – Elahp RN Curso América Latina
24 a 26/4/2026 CONGRESSO NACIONAL DO PT
01/05 Dia de luta da classe trabalhadora
04/05 Reunião da Executiva Nacional
29 e 30 de maio – Elahp RN Quem e como domina a classe dominante no RN
11/06 Reunião da Executiva Nacional
13/06 Reunião do Diretório Nacional
JULHO Convenções partidárias
5 a 7 de junho – Elahp RN Guerra Civil Espanhola
04/10 Primeiro Turno das Eleições
08/10 Reunião da Executiva Nacional
10/10 Diretório Nacional
25/10 Segundo Turno das Eleições
27, 28 e 29/11/2026 XI Congresso Nacional da AE
10/12 Reunião da Executiva Nacional
12/12 Diretório Nacional

22/eleições sindicais

SINDEMA: março 2026
Sindicato Bancários SP, Osasco e região: 2027
FETEC: segundo semestre 2026
CONTRAF: primeiro semestre 2026
Petroleiros SJC: 2027
Servidores SJC: eleição 2027
ADUFABC: eleição em 2026
Jornalistas SP: eleição 2027
SINPRO Guarulhos: abril 2028
APEOESP: 2026
Servidores Santo André: 2026

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