XI Conferência Nacional de Juventude da Articulação de Esquerda

XI Conferência Nacional de Juventude da Articulação de Esquerda

XI Conferência Nacional de Juventude da Articulação de Esquerda

XI Conferência Nacional de Juventude da Articulação de Esquerda

XI Conferência Nacional de Juventude da Articulação de Esquerda

XI Conferência Nacional de Juventude da Articulação de Esquerda

 

Por João Luís Lemos*

 

A XI Conferência Nacional de Juventude da tendência petista Articulação de Esquerda ocorreu nos dias 2, 3 e 4 de março em Belo Horizonte (MG). Num momento de acirramento da luta política, com o golpismo apressando-se para inviabilizar a candidatura Lula e impedi-lo de participar da campanha eleitoral, e também de intensos debates sobre a política e organização da JPT, a tendência petista Articulação de Esquerda colocou a si mesma o desafio de realizar um processo nacional de debate sobre as lutas da juventude trabalhadora.

No primeiro dia, foi realizada a abertura da conferência com um debate sobre conjuntura que contou com a participação de jovens dirigentes das tendências petistas Articulação de Esquerda, Construindo um Novo Brasil e Democracia Socialista, do Coletivo Disparada e do Levante Popular da Juventude.

O centro do debate permaneceu nas tarefas que temos para enfrentar e derrotar o golpismo, em especial a necessidade de defesa dos direitos da classe trabalhadora, do companheiro Lula e do PT. Nas intervenções e reflexões da militância da Articulação de Esquerda, destacamos que a política correta neste momento é defender a candidatura Lula em qualquer cenário e também impulsionar na prática e na teoria uma mudança na estratégia do Partido dos Trabalhadores e da esquerda brasileira.

O segundo dia da conferência iniciou com o debate sobre “Juventude trabalhadora no Brasil” que contou com a participação da dirigente nacional da CUT e da AE, Jandyra Uehara. Pudemos aprofundar como as variáveis da conjuntura afetam o conjunto da juventude trabalhadora e seus diferentes segmentos, avaliando as tarefas políticas relacionadas a juventude, quais seus espaços principais de organização, por exemplo o movimento sindical e o movimento estudantil, e a ampla parcela que ocupa postos de trabalho mais precarizados ou está desempregada e que em grande medida tem como espaço de vivência e sociabilidade as periferias das cidades e o campo.

Ademais, buscamos aprofundar o debate sobre os rumos da Juventude do Partido dos Trabalhadores. Num cenário de profunda fragmentação e dispersão, a JPT está muito aquém das tarefas colocadas no período que vivemos. Desse modo, reafirmamos a defesa da convocação imediata do 4º Congresso da JPT, de maneira integral e sem qualquer “acordo” prévio para recompor artificialmente as direções da JPT, ao mesmo tempo que impulsionaremos por nossas próprias forças a formação da JPT que queremos. Reiteramos a necessidade de uma JPT de massas e buscaremos aprofundar o debate sobre como podemos contribuir enquanto tendência neste sentido, com destaque para a elaboração em torno do trabalho de base e política organizativa que mais dialogue com a juventude trabalhadora.

Em relação ao movimento estudantil, consideramos correta a posição que adotamos de continuar apostando na construção de uma alternativa de direção e nos mantermos na oposição à atual direção majoritária da UNE e UBES, pela política ainda centrada na conciliação de classes e que não tira as consequências do enfrentamento ao golpe. A militância da Articulação de Esquerda no movimento estudantil deverá impulsionar a construção da UNE Volante, em unidade com as forças populares e de esquerda, nos próximos meses e também as campanhas “A Universidade que o Povo Quer” e “A Escola que o Povo Quer” que serão nossos motes de diálogo com o conjunto das e dos estudantes no próximo período, visando a defesa da educação pública, da permanência e de reformas universitária e escolar democráticas e populares.

Por fim, a XI Conferência Nacional de Juventude da AE elegeu a nova Coordenação Nacional de Juventude da Articulação de Esquerda. A partir da necessidade de uma coordenação nacional com capacidade dirigente e operativa, foi eleita uma CNJAE enxuta que terá a responsabilidade de levar adiante nacionalmente a política aprovada na conferência, composta por: João Luís Lemos (SP); Lucas Bonfim (SE); Vinicius Brandão (MG); Ana Vitória (RN); Nicole Resende (RS); Kim (SE); e Roberta Calixto (RJ).

A conferência cumpriu com seus objetivos, a partir da realização das etapas estaduais e da etapa nacional, apontar os direcionamentos políticos e desafios para a juventude da tendência petista Articulação de Esquerda de modo a contribuir com a construção de uma JPT para tempos de guerra.

 

* João Luís Lemos é diretor da UNE e dirigente nacional da AE

 

Fonte: Página 13, n. 182, mar. 2018

Deixe um comentário

XI Conferência Nacional de Juventude da Articulação de Esquerda