A escolha do vice de Lula e de qual construção política precisamos nos estados

Por Gilmar  Ferreira (*)

O movimento que visa fazer do Geraldo Alckmin o candidato a vice na chapa do Lula abandona simbolismos fortes que marcaram as campanhas vitoriosas do PT e da esquerda presentes desde 1989.

O ex-governador provoca uma inversão de valores e símbolos.  Lula até pode conquistar alguns votos desse universo conservador e eleitor de Alckmin. Essa opção, no entanto, por outro lado, pode gerar como consequências a perda de votos, de apoio engajado na campanha, de mobilização de corações e mentes pulsantes da esquerda, da qual precisaremos nas ruas e nos parlamentos para defender o nosso governo para desmanchar os absurdos institucionalizados pelo desastroso governo Bolsonaro e para reconstruir o Brasil e reestabelecer a esperança do povo Brasileiro.

Nesse sentido, é preciso centrar forças no início do próximo ano na construção do programa de governo que será o sustentáculo da aliança, que inclua os pobres no orçamento público. Nosso compromisso deve ser firme e intransigente na defesa do meio ambiente, do desenvolvimento e da questão agrária com ênfase para os direitos humanos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, da defesa da ciência e tecnologia, dos territórios indígenas e quilombolas,  da reparação, memória e verdade em relação à ditadura militar e de todas as violações e crimes cometidos pelo Estado brasileiro.

A escolha da vice de Lula deve preencher a lacuna de uma parceria que expresse confiança política, compromissos programáticos, simbolismos e utopia.

Ao mesmo tempo, precisamos formar comitês populares de debate e apoio político, intensificar os debates de  programáticos nos estados, buscando construir alianças com os movimentos sociais e forças vivas da esquerda, protagonizando nossas chapas para os governos estaduais e  para senadores, e não ficarmos reféns de alianças que nos coloquem em condições de irrelevância; por isso mesmo, a pré campanha de Fabiano Contarato, governador do estado do Espírito Santo, deve iniciar já!

(*) Gilmar Ferreira é militante do PT de Serra (ES) e dos Direitos Humanos

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