Balanço proporcionais – Professora Clarice

Por Professora Clarice (*)

 

Pela segunda vez o projeto Professora Clarice disputou uma cadeira na Alerj. E mais uma vez, a disputa desleal entre candidaturas da direita e extrema direita, financeiramente turbinadas, colocaram as candidaturas da esquerda, em especial a nossa, em grande desvantagem. Em 2018 alcançamos 7500 votos. Em 2022, 6400 votos.

Mas todas as candidaturas que tinham muito dinheiro à sua disposição na cidade de Barra Mansa (RJ), apoiadas e financiadas pelo prefeito bolsonarista, não foram eleitas e ficamos próximos da votação de alguns destes endinheirados.

Nossa coordenação de campanha já avaliava a dificuldade deste processo, tanto quanto foi em 2018. Neste ano, devido a Federação, tínhamos no mesmo território três candidaturas  na disputa de uma cadeira na ALERJ,  sendo duas do PT e uma do PV, o que contribuiu para pulverizar os votos.

A avaliação final do processo nos coloca numa posição de manutenção técnica dos resultados nestas duas últimas eleições. A pulverização de candidaturas torna mais custoso o processo decisório do eleitor e impossibilita aferições mais precisas sobre resultado final.

Também enfrentamos problemas com repasse do FEFC, cuja parcela final foi depositada faltando apenas  oito dias para findar o processo eleitoral no primeiro turno. Na minha opinião, esta ação da direção do PT impede um planejamento de campanha que ainda envolve um poder econômico para uma competitividade real. Não tem motivo que justifique o atraso do repasse, pois a verba foi disponibilizada no mês de agosto para os partidos. Também sigo questionando os critérios desiguais usados para cada candidatura.

Vale ressaltar que a cidade de Barra Mansa é administrada por um prefeito bolsonarista, que usou a máquina pública para cacifar seus candidatos e também recebeu muito dinheiro do governador do estado que buscava a reeleição – Cláudio Castro (22) – contra a candidatura do Marcelo Freixo (40).

Em Barra Mansa Lula ficou com 5 pontos de desvantagem em relação a Bolsonaro. Urge que o PT local faça uma análise sobre o território, para mudança de táticas e oxigenação do Partido, que não pode e não deve mais personalizar a política,  a qualquer custo,  em detrimento a um projeto de sociedade.

Barra Mansa não venceu o desafio de eleger um representante para Alerj para os próximos quatro anos.

(*) Professora Clarice foi candidata a deputada estadual pelo PT RJ

 

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