Orientação Militante N°422 (05 de maio de 2024)

Boletim interno da Direção Nacional da

tendência petista Articulação de Esquerda

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1/reunião da executiva nacional da AE

Dia 05 de maio (domingo) fizemos uma reunião da executiva nacional da AE. Participaram Natália Sena, Jandyra Uehara, Júlio Quadros, Patrick Campos e Valter Pomar. Daniela Matos justificou ausência. Leirson Azevedo, da Dnae, acompanhou a reunião.

2/Informes sobre o PT

Natália Sena deu um informe sobre o GTE do PT. Mais informações podem ser obtidas diretamente com ela. Na reunião da CEN do PT, no dia 6 de maio, a executiva nacional do PT deve homologar um conjunto de candidaturas a prefeitura. A esse respeito, vamos nos abster e declarar voto naqueles casos em que a candidatura foi aprovada por 2/3 do DM, uma vez que este método é antiestatutário. A pauta da CEN prevê outros pontos, que serão informados detalhadamente no próximo OM. O Diretório Nacional não tem previsão de reunião.

3/informe sobre FPA

Valter Pomar informou estar em curso o processo de recomposição da diretoria da FPA. O previsto no estatuto era a eleição de uma nova diretoria. Prevaleceu no DN a opinião de que seria possível prorrogar o mandato da diretoria. O Ministério Público não aceitou a prorrogação. Assim, estão sendo feito consultas no sentido de substituir o tesoureiro da FPA (que já exerceu o número máximo de mandatos previstos no estatuto) e, também, substituir outro membro da diretoria (uma vez que o estatuto exige que haja uma recomposição mínima).

4/PED 2025

Valter Pomar deu informe acerca de reunião mantida com Rui Falcão e Breno Altman, acerca do PED 2025.

5/Resolução sobre conjuntura

A executiva nacional da tendência petista Articulação de Esquerda, reunida no dia 4 de maio de 2024, debateu o seguinte projeto de resolução, que agora está submetido à direção nacional da AE.

1.Orientamos nossa militância a tomar iniciativas de solidariedade para com a população do estado do Rio Grande do Sul. No curto prazo, trata-se de salvar vidas e reduzir o sofrimento do povo gaúcho. E, no médio prazo, trata-se de reconstruir o estado, sob novas bases. A catástrofe naquele estado é produto de uma combinação de fatores, entre os quais a ação e/ou a falta de ação de seguidos governos estaduais, inclusive o atual. Aproveitamos para destacar o apoio oferecido pelo Consórcio Nordeste, presidido pela companheira Fatima, governadora do Rio Grande do Norte. Também destacamos os esforços do PT nacional e estadual, da bancada e dos governos municipais petistas no Rio Grande do Sul, como é o caso do governo de São Leopoldo, dirigido pelo companheiro Ary Vanazzi. Finalmente, destacamos as iniciativas do governo Federal e do presidente Lula. Não apenas o socorro imediato ao estado, mas principalmente sua reconstrução, dependem em grande medida do governo federal. Como disse o presidente Lula, não pode faltar dinheiro.

2.Também orientamos nossa militância – pelos motivos citados na resolução “O tempo corre contra nós” – a avaliar as atividades realizadas no dia Primeiro de Maio de 2024, a começar por aquelas realizadas em sua própria cidade, categoria e setor de atuação.

3.Embora haja exceções, no conjunto do país as atividades do Primeiro de Maio de 2024 foram um fracasso de público. Aparentemente, não houve atos na maior parte das cidades do país. Nas cidades onde aconteceram atos, a participação foi aquém da necessária, não contribuindo, portanto, para deslocar a conjuntura a favor da classe trabalhadora. E, no caso do ato realizado em São Paulo capital, o que ocorreu deve ser caracterizado como uma derrota, um desacumulo de forças.

4.Isto ocorreu apesar do ato realizado em São Paulo ter sido convocado por oito centrais sindicais, contando ainda com o apoio da Frente Brasil Popular, da Frente Povo Sem Medo, da maioria dos partidos de esquerda, do MST e da UNE. Além disso, contou com a presença de Lula. Mesmo assim, o primeiro de maio de 2024 em São Paulo reuniu menos gente do que o ato realizado no primeiro de maio de 2023. Ou seja: não foram ao ato a maioria dos sindicalizados na Grande São Paulo, a maioria dos dirigentes de movimentos atuantes na Grande São Paulo, a maioria dos filiados aos partidos de esquerda na Grande São Paulo.

5.Segundo a Secretaria Nacional de Organização do PT, nosso partido tem 187 mil filiados na cidade de São Paulo. Não havia 5% disto no Primeiro de Maio realizado no estacionamento do Corinthians.

6.O primeiro motivo para este fracasso de público, em nossa opinião, é político. A grande maioria dos militantes não se sentiu convocada a comparecer. O segundo motivo decorre do primeiro: o esforço de convocação foi muito aquém do necessário. Finalmente, há motivos de menor importância, como o fato de o ato ter sido realizado num local diferente do habitual.

7.Para motivar as pessoas a comparecer, seriam necessárias duas atitudes combinadas: em primeiro lugar, um trabalho permanente de educação política, que levasse as pessoas a lembrar que comparecer no Primeiro de Maio é uma obrigação sagrada; em segundo lugar, uma linha política que convencesse as pessoas que comparecer aos atos é necessário para derrotar as posições da extrema-direita e da direita neoliberal.

8.Na contramão disto, nos últimos anos as bases da esquerda têm sido desestimuladas a participar das atividades e mobilizações presenciais de rua. A única atividade para a qual as pessoas são convocadas é para as campanhas eleitorais. E, ao mesmo tempo, a linha política adotada por boa parte da esquerda não tem sido a de polarizar, muito menos a de polarizar através da mobilização social.

9.Realizar atos de massa exige uma grande preparação, uma grande divulgação, uma grande convocação. E nada disto tem ocorrido, não apenas por falta de recursos – embora isto também seja um problema – mas principalmente porque parte da esquerda desaprendeu como fazer.

10.Por decisão do Congresso da CUT, no dia 22 de maio vai acontecer a Marcha à Brasília. Para que não ocorra um novo fracasso, somos de opinião que a direção da CUT deveria convidar os partidos e movimentos do campo democrático-popular, para discutir como cada qual pode contribuir para que a Marcha não termine como os atos de 25 de março e 1 de maio.

11.Durante o Primeiro de Maio de 2024, o presidente Lula fez várias críticas à organização do ato. É preciso lembrar que o governo federal é também responsável pelo ocorrido. Não é possível que num país polarizado como o nosso, o governo trate o Primeiro de Maio de forma burocrática, como mais uma agenda. Vale dizer que a postura do nosso Partido também foi burocrática: embora tenha sido proposto, na reunião do Diretório Nacional do PT, que o Partido se engajasse diretamente no esforço de convocação do Primeiro de Maio, isto não ocorreu.

12.O fracasso do Primeiro de Maio serve de alerta: ou a esquerda brasileira muda de linha politica e de conduta prática, ou caminharemos para novas derrotas, inclusive nas eleições municipais de 2024 e nas eleições presidenciais de 2026. Um grande número de dirigentes do Partido admite, privadamente, que nosso resultado em 2024 tende a ser muito ruim; mas, apesar disso, até agora não se tomaram as medidas políticas e organizativas necessárias para reverter este quadro. Entre essas medidas, destacamos três: reorientar a ação do governo, incluindo aí a constituição de um núcleo político; uma mudança global na política do ministério da Fazenda; e a adoção de um conjunto de ações práticas, imediatas, em benefício dos setores populares.

13.Entre estas ações imediatas, citamos a invalidação da compra, feita pelo exército brasileiro, de material bélico produzido em Israel. O Estado de Israel está cometendo um genocídio. Que não seja com a ajuda do dinheiro dos contribuintes brasileiros. Na mesma linha, criticamos a ausência do tema Palestina Livre na pauta oficial do ato de Primeiro de Maio realizado em São Paulo. Saudamos os jovens estudantes que ocupam as universidades nos Estados Unidos, em defesa do povo palestino. Sugerimos à UNE e à Ubes que prestem solidariedade ativa aos estudantes dos EUA. E parabenizamos o governo Petro, por ter anunciado, na manifestação do Primeiro de Maio realizada em Bogotá, a ruptura das relações entre o governo da Colômbia e o Estado genocida de Israel. Viva a Palestina Livre!

6/consulta sobre mandato Dmae Salvador

Passado o congresso da AE Bahia, a Direção Nacional orientará sobre os procedimentos organizativos que devem ser adotados, inclusive no caso da AE Salvador. A atual direção municipal da AE Salvador seguirá funcionando plenamente, até que se realize novo congresso municipal, em data que será definida pela direção nacional.

7/tática eleitoral da AE na capital do RJ

A executiva nacional realizará uma reunião com a DEAE Rio de Janeiro e com a direção municipal da AE RJ capital, para discutir a nossa tática nas eleições municipais da capital do RJ. Nesta reunião, a executiva nacional apresentará sua opinião política acerca da tática, que deve levar em conta a situação em outros estados do país, os efeitos sobre nossa candidatura a vereadora e a postura geral da tendência acerca das decisões partidárias.

6/Revisão de tarefas pendentes

Natália Sena, definir data para reunião do GTE da AE.

Natália Sena, até abril, elaborar uma primeira versão do nosso plano para redes sociais e listas de transmissão, para levar ao debate na reunião de comunicadores da AE. O plano será elaborado até o dia 29 de abril, quando ocorrerá a reunião de comunicadores.

Patrick, encaminhar a resolução conferência da JAE para a homologação da DNAE. Fará ao final da reunião da executiva.

Wilma dos Reis, até abril, em conjunto com as companheiras da Dnae, elaborar um projeto de resolução atualizando no que couber nossa posição sobre as lutas das mulheres, para a Dnae debater e aprovar. Patrick acionará a Wilma para tratar da elaboração do texto.

Natália Sena, até abril, formular uma proposta de regimento da ouvidoria e submeter diretamente à DNAE, no grupo de zap. Será elaborado até o fim do mês de abril.

Natália Sena, até abril, propor, no grupo de zap da Dnae, nova data para minicurso sobre violência de gênero. A proposta é de realizar após as eleições municipais (novembro/dezembro).

Hilton, em abril, agendar calendário de reuniões virtuais e presenciais com nossas candidaturas. Patrick acionará o Hilton para a definir o calendário.

Curso sobre violência contra a mulher. Na reunião da executiva, a proposta foi realizar após as eleições municipais (novembro/dezembro).

Reunião virtual dos comunicadores da AE, para discutir o conjunto das nossas iniciativas, para discutir iniciativas de comunicação nas campanhas e nos estados.

Reunião virtual geral com candidaturas de militantes da AE e calendário de reuniões virtuais e presenciais com as candidaturas das capitais e cidades com grande número de eleitores. Natália Sena realizará consulta no grupo do GTE da AE para definir o horário.

Nova atividade virtual de orientação jurídica sobre as eleições e, também, sobre a Federação. Natália conversará com Moreth para ver a melhor data e apresentar sugestão na reunião do GTE.

7/Esquerda Petista

-revista será impressa
-revista vai para a gráfica logo depois do segundo turno das eleições municipais
-diagramação em outubro
-fechamento editorial em setembro
-textos devem ser entregues até 15/9/2024
-eixo editorial: rumos do PT, do Brasil e do mundo no biênio 2025-2026
Sugestão de pauta:
-o impacto do resultado das eleições 2024 na disputa de rumos pelo Brasil (Valter Pomar)
-a reindustrialização do Brasil: pontos positivos e negativos do que o governo já fez e do que o governo diz que pretende fazer (texto a partir do seminário de 29/6)
-o tema da ciência e tecnologia (Pedro Pomar)
-o futuro da Petrobrás, tema das empresas: entrevista com Guilherme Estrela (Pedro Pomar)
-análise das COP/transição energética + COP 30 em Belém + COP 30 (Pere Petit e Arroio)
-o tema da educação (Maria Carlotto e Elisa Guaraná)
-o tema da Defesa e o tratamento que precisa ser dado aos militares no biênio final do governo (João Roberto Martins)
-ação e formação das polícias militares (a definir)
-o próximo governo dos EUA e o mundo (convidar Jana Silverman)
-mapa da direita mundial (convidar Emilio Font)
-o PED 2025: para onde vai o PT (convidar 1 dirigente de cada uma das 14 tendências que fazem parte do Diretório Nacional do PT, para escrever pequenos textos, de 1 página)
-a classe trabalhadora vai se mexer? (consultar Jandyra)
-Brasil Paralelo: análise da produtora da direita (Kauã de SM)
-memória: arqueologia e documentário da arqueologia do Doi Codi (Sonia Fardin)
(com 4 páginas em média para cada tema, isso daria mais ou menos 56 páginas; e teríamos mais 14 páginas dos textos das tendências, totalizando 70 páginas)

8/ Pauta do jornal Página 13

-textos para edição de junho devem chegar até o dia 23/6
-textos para edição de julho (dedicada à reforma agrária e ao MST) devem chegar até o dia 7/7

9/Agenda

9 de maio, reunião da frente institucional, as 19h00, escritório Moreth
16 a 19 de maio, em Belo Horizonte (MG), acontecerá o 45° CONUBES
18 e 19 de maio congresso estadual da AE Bahia
24 e 25 de maio, reunião e primeiro curso da Elahp Natal
2 de junho, reunião da executiva nacional da AE
29 de junho, seminário sobre o futuro do Brasil e as tarefas do governo Lula
7 de julho, reunião da executiva nacional da AE
Julho, congresso nacional do MST
4 de agosto, reunião da executiva nacional da AE
1 de setembro, reunião da executiva nacional da AE
6 de outubro (não será reunião formal, entraremos em rede para troca de avaliações)
3 de novembro, reunião da executiva nacional da AE
1 de dezembro, reunião da executiva nacional da AE

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