Boletim interno da Direção Nacional da
tendência petista Articulação de Esquerda
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1.Reunião da executiva nacional da AE
No dia 17 de setembro realizamos uma reunião da executiva nacional da AE (como sempre, reunião aberta aos integrantes da Dnae). Participaram Natália Sena, Daniela Matos, Jandyra Uehara, Patrick Campos, Júlio Quadros e Valter Pomar.
2.Informe da reunião da CEN
Ler no Orientação Militante N°490 (17 de setembro de 2025): AQUI.
3.Encontros setoriais do Partido
A CEN aprovou no dia 16/9 o regulamento dos Encontros Setoriais. Já havíamos votado contra o calendário (ver Orientação Militante N°486 (07 de setembro de 2025) AQUI ) e agora votamos contra o regulamento, entre outros motivos devido ao fato destes encontros serem 100% virtuais. Ver no item 4 deste Orientação Militante um resumo do regulamento, cuja íntegra está disponível no site do Partido. No item 5 deste Orientação Militante está o procedimento aprovado pela executiva da AE a respeito dos encontros setoriais.
4.Regulamento dos setoriais
O regulamento está disponível no site do PT. Destacamos o seguinte:
-os Encontros Setoriais abrangem as seguintes áreas temáticas, organizadas em Coordenações e Secretarias:
a) Coordenações Setoriais: Assistência Social; Assuntos Indígenas; C&T e TI; Comunitário; Direitos Animais; Direitos Humanos; Economia Solidária; Educação; Energia e Recursos Minerais; Esporte e Lazer; Interreligioso; Moradia; Pessoa Idosa; Pessoas com Deficiência; Saúde; Segurança Alimentar; Segurança Pública e Transportes;
b) Secretarias Setoriais: Agrário; Combate ao Racismo; Cultura; LGBT; Meio Ambiente e Desenvolvimento; Mulheres e Sindical.
-podem participar dos Encontros Setoriais, com direito a voz e voto, todos(as) os(as) filiados(as) que atendam às seguintes condições: a) Tenham se filiado ao PT até 13 de setembro de 2025; b) Tenham optado pelo respectivo setorial até 30 de setembro de 2025. c) Tenham feito o credenciado digital até 5 dias úteis, antes do respectivo Encontro;
-a adesão setorial pode ser feita das seguintes formas: a) Diretamente pelo(a) filiado(a), por meio da página do PT na internet, na Área PT; b) Por meio do diretório municipal, da Secretaria de Organização do Diretório Estadual ou do setorial estadual de militância, que deverão registrar a opção no Sisfil;
-cada filiado(a) pode optar por até dois setoriais de livre escolha. Além dessas duas opções, é permitido participar também dos setoriais de Combate ao Racismo, de Mulheres e LGBT, observadas as condições explicadas no regulamento;
setembro de 2025;
-o credenciamento digital deve ser feito por meio da Área-PT, sendo obrigatório informar endereço de e-mail e número de celular pessoais, que servirão como meio formal de comunicação durante os Encontros;
-os Encontros Setoriais Estaduais devem ser realizados preferencialmente aos finais de semana, conforme o calendário abaixo: a) Coordenações Setoriais: entre 10 e 19 de outubro de 2025; b) Secretarias Setoriais: entre 24 de outubro e 16 de novembro de 2025;
-os Encontros Setoriais Nacionais acontecem nas seguintes datas: a) Coordenações Setoriais e Secretarias Setoriais: 28, 29 e 30 de novembro de 2025; b) Secretaria Setorial LGBT: 24 e 25 de janeiro de 2026; c) Secretaria de Combate ao Racismo: 30 e 31 de janeiro de 2026. d) Secretaria de Mulheres: 31 de janeiro e 1º de fevereiro de 2026;
-as Comissões Executivas Estaduais devem definir o calendário de realização dos Encontros Estaduais;
-a critério de cada Comissão Executiva Estadual, poderão ser realizadas atividades presenciais complementares à realização do Encontro Setorial;
-fica facultado aos Diretórios Municipais realizar Encontros Municipais, entre os dias 10 de outubro e 23 de novembro, exclusivamente para eleição dos seus respectivos Coletivos Setoriais, observando-se no que couber, as normas previstas neste regulamento;
-a organização dos Encontros Setoriais, em todos os níveis, é de responsabilidade do respectivo coletivo setorial
-a chapa que não tiver representação no coletivo setorial, de acordo com os critérios deste Regulamento, pode indicar um(a) observador(a) para acompanhar os trabalhos;
-para compor chapas ou se candidatar aos cargos de Secretário(a) ou Coordenador(a), os(as) filiados(as) que ocupam cargo eletivo ou comissionado, ou cargos nas direções estaduais e nacionais do partido, devem estar em dia com suas contribuições financeiras junto ao SACE;
-as chapas para os Coletivos Setoriais, para as delegações e as candidaturas a Secretário(a) ou Coordenador(a) Setorial devem ser inscritas de acordo com o calendário abaixo e registradas diretamente no sistema específico disponível na Área PT:
a) Em nível estadual: até 3 de outubro de 2025;
b) Em nível nacional: até 24 de novembro de 2025;
-as chapas devem indicar no mínimo 6 (seis) e no máximo 28 (vinte) nomes, que poderão assumir vagas no respectivo coletivo setorial;
-as chapas devem ser inscritas com a indicação de 3 (três) representantes, que ficarão responsáveis por coordenar a campanha durante o processo dos Encontros; e responder, ao longo de toda a gestão, pela indicação ou substituição dos(as) ocupantes das vagas a que a chapa tiver direito nas instâncias partidárias, a partir da relação de nomes inscritos;
-as candidaturas a Secretário(a) ou Coordenador(a) também devem indicar 3 representantes;
-as chapas para a eleição de delegados(as) ao Encontro Nacional são independentes das chapas para o coletivo setorial, e deverão ter no mínimo 6 (seis) nomes, sem limite máximo de inscrições;
-as chapas de delegados(as) podem ser complementadas no próprio Encontro, desde que o(a) filiado(a) tenha efetuado sua filiação, realizado a opção pelo setorial e quitado suas contribuições financeiras dentro dos prazos previstos;
-as chapas inscritas devem observar os seguintes critérios: a) É obrigatória a paridade de gênero, com exceção das chapas inscritas para o Encontro de Mulheres; b) Com exceção dos Encontros do Setorial de Combate ao Racismo, é obrigatório o cumprimento das cotas étnico-raciais previstas no Estatuto; c) Com exceção do Setorial de Pessoa Idosa, é obrigatório o cumprimento da cota de juventude, com a participação de filiados(as) com até 29 anos de idade. d) Nos casos em que houver participação de pessoas não binárias na composição das chapas, deve-se garantir que o número de integrantes do gênero feminino seja, no mínimo, igual ao dos demais membros;
-o(a) filiado(a) pode: a) inscrever-se em chapas de diferentes setoriais em que esteja apto(a); b) inscrever-se, ao mesmo tempo, em mais de uma chapa do mesmo setorial, desde que sejam de níveis distintos (estadual e nacional);
-não é permitido assumir cargos simultaneamente em diferentes Coletivos Setoriais do mesmo nível;
-as teses de cada chapa devem ser registradas no ato de inscrição, podendo ser atualizadas até a data do respectivo Encontro;
-com exceção da Secretaria de Mulheres, os demais Encontros das Secretarias e Coordenações Setoriais serão realizados de forma remota, com reuniões realizadas por meio de videoconferência;
-caberá à Secretaria Nacional de Organização, em conjunto com as Secretarias e as Coordenações Setoriais, providenciar as salas de vídeo conferências para a realização dos Encontros Setoriais;
-os coletivos setoriais terão a seguinte composição: a) coordenações estaduais dos coletivos e das secretarias setoriais serão compostas por 10 membros efetivos, além do(a) Secretário(a) ou Coordenador(a). b) coordenações nacionais dos coletivos setoriais serão compostas por 10 membros efetivos, além do(a) Secretário(a) ou Coordenador(a). c) coordenações nacionais das secretarias setoriais serão compostas por 14 membros efetivos, além do(a) Secretário(a) ou Coordenador(a). d) Os(as) demais integrantes da chapa inscrita para o coletivo, serão considerados(as) suplentes e poderão assumir as vagas em caso de vacância ou substituição temporária;
-a eleição do Coletivo, do(a) Secretário(a) ou Coordenador(a) e dos(as) delegados(as) ao Encontro Setorial Nacional correspondente, deve seguir os seguintes critérios: a) nas eleições para escolha de Secretário(a), Coordenador(a), dos Coletivos Estaduais, e das Delegações Nacionais quando houver consenso, a eleição pode ser realizada por aclamação dos participantes. b) não havendo consenso, a eleição será por meio de sistema de votação eletrônica, aberta para todos filiados que fizeram o credenciamento digital, durante o dia do respectivo Encontro Setorial e sempre das 10:00hs até às 20:00hs (horário de Brasília);
-havendo, em determinado nível, mais de 2 candidatos(as) a Secretário(a) ou Coordenador(a), e nenhum deles(as) alcançar mais de 50% dos votos válidos, será realizado segundo turno no domingo imediatamente posterior ao Encontro Setorial;
-o mandato dos(as) Secretários(as) e Coordenadores(as) Setoriais Nacionais e Estaduais, dos membros dos Coletivos e respectivos suplentes será de quatro anos;
5.Participação da AE nos encontros setoriais
No dia 24 de setembro, as 19h00, faremos uma plenária nacional virtual em sala zoom, para discutir nossa participação nos setoriais. O endereço será enviado proximamente. No caso do setorial sindical, cabe à coordenação sindical nacional da AE coordenar o processo. No caso dos setoriais onde já existimos, a coordenação do processo cabe aos integrantes da AE que compõem o respectivo setorial nacional. Nos demais casos, indicaremos na reunião de 24/9 um dirigente nacional e/ou um militante indicado pela Dnae, encarregado de coordenar nossa participação no respectivo setorial. A princípio, nossa orientação é apresentar tese e chapa em todos os setoriais onde temos militantes. Entretanto, o processo aprovado pela CEN – a saber, encontros estaduais e nacionais virtuais, com exceção dos encontros de mulheres e juventude – contribui para desqualificar os encontros. Por esse motivo, participaremos dos encontros setoriais, mas com raras exceções devemos ter expectativas reduzidas.
6.Congresso da JPT
O companheiro Bonetti enviou o seguinte informe: no dia 16 de setembro (terça-feira) foi aprovada a proposta de regimento congressual para o ConJPT 2025. Toda a organização do ConJPT, assim como visualizado nas demais secretarias e setoriais, está sendo marcado por um grande atravessamento da nova presidência nacional do PT, desrespeitando decisões importantes deliberadas nas reuniões do conselho político da JPT, em especial no que refere-se ao calendário, como se sabe.
O calendário aprovado foi:
21 de setembro | inscrição das comissões eleitorais nacional, estaduais, municipais e envio das teses nacionais e estaduais.
26 de setembro à 02 de novembro | realização das etapas municipais (no mínimo um dia preferencialmente final de semana, feriado ou à noite)
07 de novembro à 30 de novembro | realização das etapas estaduais (dois dias e preferencialmente final de semana ou feriado)
12 à 14 de dezembro | realização da etapa nacional (ainda sem definição de local)
A Coordenação Nacional da Juventude da Articulação de Esquerda (CNJAE) criou um Grupo de Trabalho (GT) da JAE Nacional para facilitar a articulação com os estados e a organização do processo, que é composto por duas indicações por estado, preferencialmente de jovens, e não sendo possível, de integrantes de Direção Estadual da AE, para potencializar a organização no máximo de estados possíveis, visto a ampla extensão territorial onde houve votos da AE no PED. O processo de mobilização ainda está em curso, mas até o momento temos apenas 10 estados que deram retorno e estão inseridos:
Região Nordeste: RN, SE, BA, PI
Região Centro-Oeste: MT, MS
Região Sudeste: ES, RJ
Região Sul: RN, PR
Região Norte: nenhum.
Considerando nosso mapeamento no último ConJPT (2021), onde elegemos delegação em 13 estados, e a votação da AE expressa no PED em 2025, ainda estamos aquém da capacidade necessária e do potencial que podemos atingir neste congresso. Acreditamos que é completamente possível chegarmos a pelo menos 14 estados, considerando que ainda não obtivemos retornos positivos de estados como São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Maranhão e Distrito Federal, por exemplo.
Além disso, um fator importante é que a nesta edição a proporção de tiragem de delegação estadual e nacional nos prejudica, já que nesse congresso está apontada a proporção de “4 para eleger 1”, diferente de 2021, onde foi “3 para eleger 1”. Em 2021 conseguimos alcançar 52 delegadas e delegados nacionais (num cenário de cerca de quase 800), o que nos garantiu uma vaga na direção nacional da JPT.
Nossa estratégia é garantir uma ampla mobilização para que seja possível de fato incidirmos na política do congresso, mantendo no mínimo o tamanho da delegação eleita em 2021. Para somar a isso, incentivamos os municípios e estados para que, dentro de suas capacidades, apresentem candidaturas próprias, assim como teremos candidatura a secretaria nacional da JPT.
Desde a semana passada, os estados estão organizando seus mapas de projeção e trabalhando em cima das teses políticas, junto ao grupo nacional responsável. Até o momento, o único estado que já oficializou disputa da secretaria estadual da JPT foi o Rio Grande do Sul. No último (ConJPT 2021), havíamos eleito três secretarias: RS (Sul), RN (Nordeste), Mato Grosso do Sul (Centro-Oeste).
Ainda, já se tem certeza da necessidade de acompanhamento presencial de dirigentes da CNJAE em etapas congressuais de estados onde nossa atuação encontra-se fragilizada e com militantes jovens com pouca ou nenhuma experiência nesses processos, como é o caso da Bahia e do Paraná, até o momento.
Por fim, importante também destacar que foi organizada uma circular da JAE no dia 14 de setembro com as principais informações acerca do ConJPT.
6.Encaminhamento
Orientamos todas as direções estaduais da AE a realizar reuniões virtuais, com a participação do companheiro Boneti para organizar a participação no congresso da JPT.
Orientamos também a que as direções estaduais da AE que ainda não o fizeram, que indiquem um dirigente estadual para contribuir na mobilização de nossa militância para participar do congresso da JPT.
A Dnae vai contribuir financeiramente na presença do companheiro Boneti nos estados onde temos maior presença.
7.Calendário de reuniões da executiva e da direção nacional da AE
28 de setembro, 19h00, reunião virtual da executiva nacional;
26 de outubro, 19h00, reunião virtual da executiva nacional;
23 de novembro, 19h00, reunião virtual da executiva nacional;
28 de novembro, 17h00, última reunião presencial da atual direção nacional;
30 de novembro, concluído o congresso, primeira reunião presencial da nova direção nacional eleita no X congresso;
8.Providências políticas e organizativas referentes ao X Congresso
A companheira Jandyra deu um informe sobre conferência sindical nacional dias 27 e 28/11.
O companheiro Valter deu um informe sobre a logística e a programação do X congresso dias 28 a 30/11.
No grupo de zap da Dnae será feita a divisão de tarefas relativas ao envio de convites, composição da mesa, comissão de emendas, atualização da resolução antes do congresso.
As direções estaduais devem enviar para a Dnae a data dos congressos de base, para publicar no Orientação Militante.
9.Resolução sobre conjuntura nacional
A resolução abaixo foi debatida na reunião da executiva e está sendo debatida, neste momento, no grupo de zap da direção nacional da AE.
“Vencemos importante batalha, mas a guerra está longe do fim”
A condenação de Bolsonaro e de vários comandantes militares constitui uma grande vitória, entre outros motivos porque o Brasil é um país onde é raro acontecer uma punição contra os crimes praticados por integrantes das elites.
Bolsonaro e seus cúmplices merecem ser condenados e presos, não apenas pelo golpe que tentaram e deu errado, mas pelo conjunto da obra, com destaque para o assassinato de centenas de milhares de pessoas durante a pandemia.
Caso tivesse prevalecido no STF a absolvição proposta pelo ministro Fux, isso teria dado grande impulso para a extrema-direita na sua luta por tentar reconquistar o controle do governo federal. Nesse sentido, vencemos uma batalha muito importante, mas a guerra ainda está longe de terminar.
É preciso lembrar que a prisão ainda não ocorreu. Devemos pressionar pela prisão imediata dos condenados e pela condenação dos demais envolvidos. Mas para isso é preciso derrotar a proposta de anistia para os golpistas, proposta que tem grande apoio no Congresso Nacional.
Para impedir a aprovação da anistia para os golpistas, o caminho é intensificar a denúncia, a mobilização e a polarização.
Nesse sentido, condenamos a inaceitável a atitude dos doze deputados petistas que votaram a favor da chamada PEC das prerrogativas. No mérito e no contexto em que está sendo proposta, tal PEC não deveria nunca merecer nosso apoio. Pior ainda é votar a favor desta PEC, supostamente em troca de uma redução no alcance da anistia que a direita quer aprovar no Congresso. E mais grave ainda é ter votado a favor, contra a orientação da liderança da bancada, como parte de uma negociação paralela entre um setor da bancada e um setor da direita.
Lamentavelmente, a executiva nacional do Partido, reunida no mesmo dia em que os doze deputados votaram, não tomou posição a respeito da PEC. Mas o debate travado na CEN mostrou que há importantes dirigentes nacionais do Partido que consideram admissível fazer este tipo de acordo com a direita. Há quem fale até em negociar nosso voto a favor de uma anistia parcial, em troca da aprovação da isenção no Imposto de Renda.
A disposição para fazer este tipo de acordo revela que, em algumas bocas, o discurso “contra o fascismo” pode não passar de mera demagogia.
Revela, também, que uma parcela de nossa direção segue sem perceber a dimensão da operação que está em curso, na qual a anistia para os golpistas é parte importante da operação de um setor das direitas em favor da candidatura de Tarcísio.
Está evidente, ademais, que o conjunto da oposição está subindo o tom contra o governo e contra a esquerda em diferentes frentes de batalha. Partidos que participam do governo, estão sinalizando o desembarque. E, caso vençam as eleições presidenciais de 2026, as direitas tentarão indultar Bolsonaro, assim como trabalharão para alterar a composição do Supremo, o que pode levar a uma modificação nas decisões adotadas pelo STF no dia 11 de setembro de 2025. Isso já foi deixado claro pelo governador de São Paulo, o neofascista Tarcísio de Freitas, em discurso feito no dia 7 de setembro.
Está evidente, também, que o governo Donald Trump seguirá pressionando o Brasil. O objetivo de Trump não é elevar as tarifas, mas sim eleger um presidente submisso aos Estados Unidos. E não devemos subestimar a pressão do imperialismo, nem a postura subalterna das direitas e das elites brasileiras.
Neste contexto, o nosso caminho não pode ser, em hipótese alguma, o dos acordos espúrios com as direitas. Pelo contrário, devemos intensificar a denúncia, a polarização, a mobilização. E devemos, também, trabalhar para cassar o mandato de Eduardo Bolsonaro e tomar medidas diretas contra todos os traidores da pátria, inclusive Tarcísio. Devemos, também, aumentar a solidariedade prática com Cuba, com a Venezuela e com a Palestina, também vítimas da escalada trumpista.
É a polarização que nos permitirá vencer em 2026. As pesquisas de opinião confirmam que a situação melhorou, desde que o governo e o PT voltaram a polarizar. Mas se mudarmos de postura, se voltarmos a postura de acordos inaceitáveis e incompreensíveis, estaremos contribuindo para confundir nossa base social e eleitoral, ao mesmo tempo que o inimigo seguirá polarizando e influenciando grandes setores da população.
Nesse sentido, os doze que votaram a favor da PEC das prerrogativas – entre os quais um membro da executiva nacional, o presidente estadual do PT no estado de São Paulo e um ex-líder da bancada – na prática estão jogando água no moinho das direitas. Entre outros motivos porque uma anistia, mitigada ou não, contribuiria para o esforço de unificação da direita. Não admira, portanto, que o voto dos 12 tenha gerado ampla indignação na base partidária.
Entretanto, não basta travar a batalha no Congresso contra a anistia para os golpistas. É preciso atuar em inúmeras outras frentes. Entre elas, a política econômica. É preciso baixar os juros, mudar as metas de inflação e deixar de lado a meta do déficit zero. Se não fizermos isso, a economia não vai contar a nosso favor em 2026. Aqui, novamente, o debate travado na direção nacional do PT confirma que há setores que se dizem contra os juros altos, mas não querem publicizar isso; se dizem contra as atuais metas de inflação, mas omitem que elas foram definidas por um colegiado onde nosso governo é maioria; reclamam do déficit zero, mas nada fazem para pressionar o governo a mudar de rota.
Reiteramos que nossa vitória depende do povo, não das instituições. Os setores da classe dominante que ontem trabalharam pela condenação de Bolsonaro são os mesmos que, anteontem, trabalharam a favor do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e a favor da condenação, prisão e interdição eleitoral do presidente Lula. Afastado Bolsonaro, nada impede aqueles setores de novamente cerrar fileiras em favor da nossa derrota nas eleições presidenciais.
Rejeitamos, portanto, todas as ilusões nas “instituições”, no chamado “estado democrático de direito” e no suposto compromisso destas elites com a democracia.
Se queremos reeleger Lula, se queremos ampliar nossa presença nos parlamentos e governos estaduais, se queremos aprovar reformas populares, se queremos o fim da escala 6 por 1, se queremos reduzir a jornada de trabalho, se queremos que os ricos paguem impostos, só há um caminho: pela esquerda, conscientizando, organizando e mobilizando o povo.
A direção nacional da AE, 17 de setembro de 2025
10.Agenda atualizada
17 de setembro, reunião da executiva nacional da AE
20 de setembro, conferência sindical estadual AE, no Sindicato dos Bancários na Rua São Bento 413, em São Paulo (SP)
26 de setembro a 2 de novembro de 2025: etapas municipais do 6º Congresso da JPT
26 de setembro, reunião presencial da Deae RS
27 de setembro, reunião do diretório do PT/RS
27 de setembro, congresso distrital da AE Distrito Federal
27 de setembro, 9h00, curso sobre a história do PT e de suas tendências em Santos (SP)
27 de setembro, 15h00, congresso de base da AE Santos (SP)
30 de setembro, data final para fazer opção setorial
3 de outubro 2025: data limite para inscrição de chapas e candidaturas estaduais dos encontros setoriais estaduais
4 de outubro, congresso de base em Campinas (SP)
9 de outubro, plenária sindical da AE gaúcha
10 de outubro de 2025: data limite para ajustes na composição das chapas dos encontros setoriais estaduais
10 a 19 de outubro de 2025: encontros estaduais das coordenações setoriais
18 de outubro, congresso de base em Diadema (SP)
24 de outubro a 16 de novembro de 2025: encontros estaduais das secretarias setoriais
25 de outubro, congresso de base em São José dos Campos (SP), na Rua das Azaleias 57, sede do Sindipetro
25 de outubro, curso sobre História do PT e das tendências petistas, na Rua das Azaleias 57, sede do Sindipetro
1 de novembro, 9h00, curso História do PT e de suas tendências em São Paulo capital e as 13h30 congresso da AE de São Paulo capital
7 a 30 de novembro de 2025: etapas estaduais do 6º Congresso da JPT
7/11, sexta, às 19h00, congresso de base em Santo André (SP)
8/11, sábado, às 15h00, curso de formação em Santo André (SP) sobre a História do PT e de suas tendências
8 e 9/11 talvez atividades em Franca e Ribeirão Preto a confirmar
15/11 congresso da AE em São Bernardo do Campo (SP) e curso de formação
19/11 curso sobre Levante de 1935 na Casa Socialista em Natal (RN)
24 de novembro de 2025: data limite para inscrição de chapas e candidaturas nacionais dos encontros setoriais nacionais
26/11, congresso de base em São Caetano (SP)
27 e 28/11 conferência sindical nacional da AE, no auditório da Apeoesp na Praça da República, em São Paulo (SP)
28 de novembro de 2025: data limite para ajustes na composição das chapas dos encontros setoriais nacionais
28, 29 e 30 de novembro de 2025: encontros nacionais das coordenações setoriais e secretarias setoriais temáticas
28, 29 e 30/11 X Congresso nacional da AE, no auditório da Apeoesp na Praça da República, em São Paulo (SP)
29 de novembro, encontro estadual do PT/RS
30/11, congresso estadual da AE SP, no auditório da Apeoesp na Praça da República, em São Paulo (SP)
12 a 14 de dezembro de 2025: etapa nacional do 6º Congresso da JPT
24 e 25 de janeiro de 2026: encontro nacional do setorial LGBT
30 e 31 de janeiro de 2026: encontro nacional do setorial de combate ao racismo
31 de janeiro e 1º de fevereiro de 2026: encontro nacional do setorial de mulheres