Quaquá e o jumento

Por Valter Pomar (*)

Quaquá é um tigrão na hora de criticar a esquerda, mas quase um dandy no trato de figuras como Pazuelo

A self de Quaquá com Pazuelo gerou muitas críticas.

Mais detalhes sobre a self estão aqui: https://pagina13.org.br/quaqua-pisoteando-o-tumulo-de-mais-de-450-mil-mortos/

A reação de Quaquá foi subir o tom.

Num vídeo divulgado no instagram, ele defende as virtudes da “tolerância” e do “diálogo”.

Ao mesmo tempo, chama seus críticos de “esquerda classe média”, “UDN de sunguinha da zona sul”, “pseudomoralistas”, “esquerda stalinista”, “idiotas”, “fascistas igual os nazistas”.

O vídeo está aqui: https://www.instagram.com/reel/CoqS_eVg6cB/?igshid=YmMyMTA2M2Y=

Como podem ver, Quaquá é um tigrão na hora de criticar a esquerda, mas quase um dandy no trato de figuras como Pazuelo.

Além do vídeo, Quaquá também postou uma imagem no seu instagram.

A referida imagem segue abaixo.

É compreensível que Quaquá goste de alguns bolsonaristas, mas não goste de jumentos.

Afinal, como cantam os Saltimbancos, jumento não é o grande malandro da praça.

Ironias a parte, o caso é muito simples: Pazuelo (assim como Bolsonaro) tem o direito ao devido processo legal.

Mas não é preciso esperar a conclusão do devido processo legal para chegar à conclusão política de que Pazuelo (assim como Bolsonaro) são responsáveis por muitos crimes contra a vida do povo brasileiro.

Aliás, se em nome de esperar o veredito da justiça nós tratarmos estes cavernícolas com a cordialidade proposta por Quaquá, não haverá nem mesmo o devido processo legal contra os criminosos.

Memória, verdade e justiça. Anistia não!

(*) Valter Pomar é professor e membro do diretório nacional do PT

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