Por Página 13 (*)
A revista da Associação dos Docentes da USP (Adusp), de setembro de 2017, denunciou, por meio de diversos artigos e reportagens, a “gestão privatizante, antiacadêmica e violenta” de M.A. Zago na reitoria da USP (2014-2017). O reitor caracterizou-se por ser obediente ao governo Alckmin, que não titubeou em autorizar o uso da Polícia Militar paulista para reprimir brutalmente os movimentos estudantil, docente e dos funcionários da instituição, que colocaram-se em oposição às medidas autoritárias e de desmonte da universidade.
Em de 2017, a USP presenciou uma “batalha campal”. “A brutalidade e o desrespeito praticados pela Reitoria e pela Polícia Militar no dia 7 de março, para garantir a votação dos “Parâmetros” [um pacote de ajuste fiscal], chocaram parcela expressiva da comunidade universitária.” O andar térreo da reitoria chegou a ter um cárcere improvisado.
Uma das matérias da revista, assinada pelo jornalista Pedro Pomar, descreve assim os atos daquela dia: “Foi um “Dia de Cão” na Cidade Universitária do Butantã, em São Paulo. Uma data que ficará na memória da instituição não apenas em razão do sangue derramado e das inúmeras agressões infligidas a professores, funcionários e estudantes da USP, mas pela humilhação sofrida por toda a comunidade universitária nas mãos da Polícia Militar, a pedido do reitor que se elegera prometendo “diálogo” e jurando jamais chamar a PM.”
Nos anos anteriores, já havia acontecido episódios graves. Em 2016, a “Tropa de Choque da Polícia Militar agredira e prendera alunos dentro do Conjunto Residencial (Crusp), numa exibição de força totalmente desproporcional”.
Perguntamos aos leitores e leitoras do Página 13 se em algum momento Geraldo Alckmin fez uma autocrítica da violência, da repressão, do autoritarismo e do neoliberalismo que marcaram os seus governos?
A revista pode ser descarregada, na íntegra, aqui.
Abaixo, algumas imagens que constam na revista da repressão PM paulista na USP em 2017:
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