Está disponível aos nossos leitores e leitoras a edição mais recente do Jornal Página 13, de número 248. Para acessar na íntegra, basta clicar aqui . Abaixo, segue o editorial.
BOA LEITURA!
Editorial
Um vice participativo e uma instância paralisada
Esta edição de novembro do jornal Página 13 sai com várias semanas de atraso, por motivos alheios a nossa vontade. Ainda em 2022, pretendemos lançar mais uma edição de Página 13; depois voltaremos a circular em fevereiro de 2023.
Dezembro de 2022 será um mês carregado de atividades: reunião da coordenação sindical nacional da AE no dia 6/12; reunião de comunicadores da AE no dia 7/12, para fazer um balanço e indicar medidas para ampliar a qualidade e o alcance de nossos meios de comunicação durante o biênio 2023-2024; reunião para organizar o processo de balanço das eleições, no dia 13/12; reunião da direção nacional da AE, no dia 19/12. E, no dia 8 de dezembro, a primeira reunião do Diretório Nacional do PT desde o início da campanha!
Insistimos muito na reunião do Diretório Nacional, porque se nada for feito o PT (e, por tabela, a esquerda brasileira) perderá o conquistado. Quem alimenta qualquer dúvida a respeito, deveria prestar atenção na desenvoltura com que o vice-presidente eleito se movimenta. De figura declinante, derrotado em seu próprio partido (o PSDB), foi trazido para ser candidato a vice, supostamente por ter grande força eleitoral, especialmente no estado de São Paulo. Os fatos demonstraram outra coisa, bastante diferente das expectativas vendidas nos debates internos. Mas agora Inês é morta: Alckmin é vice-presidente eleito, foi nomeado coordenador da comissão de transição e vem se pronunciando – em tucanês – acerca de temas caríssimos à classe trabalhadora, como é o caso da reforma trabalhista e sindical.
A desenvoltura de Alckmin é um componente da ofensiva que os neoliberais estão fazendo para manter o governo Lula nos marcos do que o mercado considera aceitável; esta ofensiva utiliza, como fator de chantagem, a pressão dos neofascistas. E acima de tudo e de todos, está o imperialismo se mexendo para impedir que o Brasil reconstrua a integração regional e a aliança com os BRICS.
Para enfrentar esta complexa situação, será preciso fazer muito coisa. Mas pouco do que precisa ser feito terá êxito, se não houver partido. E partido inclui algo mínimo: que o Diretório Nacional do PT volte a se reunir presencialmente. A última vez que o fizemos foi em março de 2020. Por qual motivo a demora? Por qual motivo a resistência em reunir? As desrazões são várias, mas o preço é alto demais e será pago pelo povo brasileiro. Por isso, pauta mínima: que a instância dirigente nacional volte a existir.
Os editores