Por Valter Pomar (*)
Quem acompanha os Vingadores da Marvel conhece o truque: o super bandido é derrotado, todo mundo relaxa, mas logo em seguida ele reaparece mais forte do que antes.
É mais ou menos o que estamos assistindo agora com Arthur Lira, o “cobandido” do orçamento secreto, recebendo o apoio de parlamentares da Federação Brasil Esperança.
Qual o preço de fazer um acordo do tipo te-pago-agora-e-você-me-paga-depois com um superbandido? Isso se descobrirá logo, logo. Sabendo que, como a história inclui outros super-bandidos, podem ocorrer reviravoltas surpreendentes.
Havia alternativa? Exceto para quem desistiu, sempre há alternativa, embora elas de fato sejam todas muito difíceis.
Seja como for, a questão mais importante é como evitar que se instale um semi-parlamentarismo de fato?
Se essa questão não for respondida, o que nos ameaça é uma combinação perversa de tutela militar e de tutela do Centrão.
E aí só faltaria Artur Lira se converter, tipo um metamorfo, no Eduardo Cunha Segundo.
(*) Valter Pomar é professor e membro do diretório nacional do PT